Filosofia da libertação - sinais de decolonialidade em Dussel

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4793

Palavras-chave:

Filosofia da libertação; Epistemologia; Decolonialidade.

Resumo

O presente artigo tem como objetivo identificar os sinais de decolonialidade na obra ‘Filosofia da libertação’de Enrique Dussel, onde propõe um fazer filosófico libertador de um pensar e de um fazer epistêmico colonial, partindo da práxis e tendo como fundamento material a vida humana. Para tal nos utilizamos da pesquisa bibliográfica de obras pertinentes à abordagem temática. Desse modo, contracenamos o filosofar europeu com o latino americano para a organização destas ideias. Observamos que o discurso filosófico de libertação volta-se para uma vivência prática e que parte de uma realidade concreta, no sentido de evidenciar projetos e Programas de transformação do cotidiano. Ao propor esse fazer filosófico que toma como referência a práxis humana, Dussel, aponta às premissas do discurso decolonial, que mesmo se tratando de um conceito atual fora devidamente tratado e vivenciado, como libertação de toda a vitimização e negação de toda fórmula paradigmática que negue a vida.

Biografia do Autor

Simone Conceição de Moura Rabelo, Universidade Federal do Pará

Simone Conceição de Moura Rabelo, bacharel e licenciada plena em ciências sociais com ênfase em antropologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA) em 2005; especialista em História Contemporânea pela Faculdade Integrada Brasil Amazônia (FIBRA), 2008; mestranda do Programa de Pós graduação em estudos antrópicos na Amazônia, 2019.

Natasha Fernandes de Sousa, Universidade Federal do Pará

Natasha Fernandes de Sousa graduada em Letras, com habilitação em Língua potuguesa (UFPA), licenciada em Pedagogia (UFPA), especialista em eduacação para as relações étnico raciais (IFPA). Mestranda no programa de Pós-graduação em Estudos Antrópicos na Amazônia (PPGEAA/UFPA).

Eduardo Rabelo Ramos, Universidade Federal do Pará

Eduardo Rabelo Ramos, formado em Engenharia de Minas e meio ambiente na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), em 2018. Mestrando no programa de pós-graduação em Estudos Antrópicos na Amazônia com previsão de formação em 2021.

João Batista Santiago Ramos, Universidade Federal do Pará

Doutor em filosofia pela Universidade do Porto – Portugal –; especialista em História da Educação na Amazônia; graduado em Filosofia pela Fundação Educacional de Brusque (1992). É Professor Adjunto IV da Universidade Federal do Pará (UFPA) e do Programa de Pós-graduação em Estudos Antrópicos na Amazônia (PPGEAA) da (UFPA). Integrante do Grupo de Estudo e Pesquisa sobre Educação, Infância e Filosofia (GEPEIF/UFPA) e da Sociedade de Filosofia da Educação de Língua Portuguesa (SOFELP/UP). Autor dos livros “Por uma Utopia do Humano: Olhares a partir da ética da libertação de Enrique Dussel” (2012/ Edições Afrontamento) e “Filosofia e Ética da Libertação de Enrique Dussel” (2020/ Diálogos Freireanos).

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Publicado

08/06/2020

Como Citar

RABELO, S. C. de M.; SOUSA, N. F. de; RAMOS, E. R.; RAMOS, J. B. S. Filosofia da libertação - sinais de decolonialidade em Dussel. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 7, p. e742974793, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.4793. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4793. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais