Miocardite pós Faringoamigdalite Estreptocócica: Um relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i1.48089Palavras-chave:
Miocardite; Faringite; Amigdalite; Estreptococos.Resumo
Estreptococos são bactérias Gram-positivas que causam várias infecções na pele, boca, pulmões e válvulas cardíacas. A faringite estreptocócica é caracterizada por edema, epiglote e abscessos puntiformes nas amígdalas, frequentemente acompanhada de linfoadenopatia cervical, sendo o patógeno mais comum o estreptococo β-hemolítico do grupo A (GAS). Miocardite é um grupo de entidades patológicas onde microrganismos infecciosos ou inflamação causam danos cardíacos. Amigdalite estreptocócica do grupo A (GAS) é uma causa incomum de miocardite não reumático. A maioria dos pacientes são tratados com antibióticos, e alguns receberam medicamentos anti-inflamatórios. O objetivo geral do presente estudo é elucidar os achados clínicos, diagnósticos e histopatológicos de uma paciente com diagnóstico de miocardite pós faringoamigdalite estreptocócica. O presente estudo relatou um caso de miocardite pós faringoamigdalite estreptocócica. O estudo mostrou um caso em que o paciente foi tratado com sucesso e as consequências a longo prazo foram minimizadas, o funcionamento cardíaco foi preservado e o paciente não desenvolveu a febre reumática, porém, nem sempre é o que ocorrem em casos similares. Para prevenir complicações graves ocasionas pelas infecções respiratórias altas por bactérias são: atividades educativas para os profissionais e para a comunidade; treinamento dos profissionais nos seus campos de atuação; melhorias no acesso aos serviços de saúde no âmbito do SUS; investimentos em recursos materiais que visem ao diagnóstico e ao tratamento adequado da miocardite; além de investimentos em atividades de pesquisa relacionadas ao tema.
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