O câncer de pele na população branca e preta no Brasil: Prevalência e morbimortalidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v14i2.48164

Palavras-chave:

População preta; População branca; Fototipo cutâneo; Raios ultravioletas; Filtro solar; Diagnóstico precoce.

Resumo

O câncer de pele constitui um importante problema de saúde pública no Brasil, com taxas de incidência em constante crescimento, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer. A literatura científica demonstra que o fototipo cutâneo, ou seja, a cor da pele, é um fator de risco significativo, com indivíduos de pele clara apresentando maior susceptibilidade ao desenvolvimento da doença. No entanto, a mortalidade por câncer de pele é proporcionalmente maior em indivíduos negros, possivelmente devido ao diagnóstico tardio, agravado por fatores socioeconômicos, culturais e históricos. Além disso, a exposição aos raios ultravioleta (UVA e UVB) é o principal fator ambiental associado ao desenvolvimento do câncer de pele. A análise dos estudos disponíveis revela que a prevenção primária, por meio de medidas como a utilização adequada de protetor solar e a adoção de estratégias para minimizar a exposição direta ao sol, é fundamental para reduzir a incidência da doença. Diante disso, o objetivo desse estudo foi comparar os diferentes prognósticos do câncer de pele das populações branca e preta além de descrever os principais fatores que acarretam o aumento dos índices dessa doença no Brasil. Por fim, destacamos que a promoção do diagnóstico precoce, através de campanhas educativas e o acesso a exames dermatológicos periódicos, especialmente para populações vulneráveis, é essencial para melhorar o prognóstico e reduzir a mortalidade por câncer de pele.

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Publicado

04/02/2025

Como Citar

VALLE, L. F. do .; SANTOS, L. O. .; FALCÃO, M. A. .; ROSA, M. B. .; FIGUEIREDO , H. L. M. .; RANGEL, M. A. R. B. .; KAMINSKI, V. de L. . O câncer de pele na população branca e preta no Brasil: Prevalência e morbimortalidade . Research, Society and Development, [S. l.], v. 14, n. 2, p. e1114248164, 2025. DOI: 10.33448/rsd-v14i2.48164. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/48164. Acesso em: 7 abr. 2025.

Edição

Seção

Ciências da Saúde