A pintura como uma ferramenta para retratar a esquizofrenia e promover a humanização dos profissionais médicos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i3.48500Palavras-chave:
Esquizofrenia; Artes; Humanização.Resumo
A esquizofrenia é um transtorno psicótico crônico, de origem multifatorial, envolvendo fatores genéticos e ambientais. O conceito surgiu no final do século XIX com Emil Kraepelin, que a chamou de "demência precoce". Mais tarde, Bleuler introduziu o termo "esquizofrenia", enfatizando a divisão entre emoções e comportamento. Historicamente, o tratamento era primitivo, com práticas violentas como a trepanação e a lobotomia. A mudança começou com Leo Navratil, que percebeu a relação entre arte e esquizofrenia, incentivando a expressão artística. No Brasil, a 8ª Conferência Nacional de Saúde (1986) impulsionou a reforma psiquiátrica, promovendo a desinstitucionalização e criando os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). A arte passou a ser vista como ferramenta terapêutica, contribuindo para a humanização do tratamento e dos profissionais da saúde. O objetivo deste estudo é apresentar o projeto de pesquisa que adota uma abordagem narrativa para analisar pinturas que retratam esquizofrênicos, levando em consideração aspectos artísticos, anatômicos, semiológicos e culturais. A análise foi baseada em artigos de plataformas como Scielo, Google Acadêmico e PubMed. A pesquisa discute como a pintura pode ser uma forma de expressão para indivíduos esquizofrênicos, especialmente devido aos sintomas negativos da doença, como a dificuldade de comunicação. A análise das obras de artistas como Edvard Munch, Richard Dadd e August Natterer revela como suas pinturas refletem sintomas típicos da esquizofrenia. Conclui-se que a arte é uma ferramenta importante para entender a esquizofrenia e pode ajudar a humanizar o atendimento médico, destacando a importância das artes no ensino de Medicina.
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