Parâmetros morfo-agronômicos, composição química e divergência genética entre acessos de Manihot sp

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4864

Palavras-chave:

Manihot sp.; Morfologia; Valor nutricional.

Resumo

Objetivou-se avaliar a caracterização morfo-agronômica composição química e divergência genética entre acessos de maniçoba (Manihot sp) coletados nas microrregiões do Curimataú e Cariri do Estado da Paraíba. O experimento foi conduzido em um delineamento inteiramente casualizado com 10 acessos e 8 repetições. As caracterizações morfo-agronômicas foram avaliadas através de 16 caracteres agronômicos e 12 caracteres morfológicos. Para a avaliação química foram discriminados 11 caracteres. De acordo com os resultados, o acesso 2 (Monteiro-PB) foi considerado uma planta alta, com maior área de copa com folhas de menor tamanho. Os acessos apresentam-se como plantas cilíndricas com folha apical verde escuro e lóbulo central obovada-lanceolada, crescimento reto ou zig zag, nervura verde e com a presença de cinco lóbulos e ramos terminais nas plantas adultas de cor verde. Os níveis de ramificação variam de 1 a 4, o pecíolo inclinado para cima ou horizontal e cor do pecíolo verde avermelhado. As estípulas são curtas e a sinuosidade de lóbulo foliar liso. Das variáveis químicas avaliadas nos acessos de maniçoba as que mais contribuíram para diferenciações entre genótipos foram os teores de fibra em detergente neutro, carboidratos não-fibrosos e carboidratos totais. As características morfo-agronômicas juntamente com os dados de composição química servem de parâmetro para indicar os possíveis acessos a serem utilizados nos processos de beneficiamento da forragem, com melhor valor nutricional.

Referências

Aoac. (2016). Association of Official Analytical Chemists. Official methods of analysis of AOAC International. 20th, Ed., Latimer Jr, GW. Washington (D.C.). 3100 p.

Araújo Filho JT, Paes RA, Amorim PL, Comassetto FF & Silva SC. (2013). Características morfológicas e produtivas da maniçoba cultivada sob lâminas hídricas e doses de nitrogênio. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, 14 (4), 609-23.

Ayetigbo O, Latif S, Abass, A & Müller J. (2018). Comparing characteristics of root, flour and starch of biofortified yellow-flesh and white-flesh cassava variants, and sustainability considerations: A review. Sustainability, 10 (9), 1-32.

Carmona PAO, Peixoto JR, Amaro GB & Mendonça MA. (2015). Divergência genética entre acessos de batata-doce utilizando descritores morfoagronômicos das raízes. Horticultura Brasileira, 33 (2), 241-250.

Costa NL, Monteiro ALG, Silva ALP, Moraes A, Giostri AF, Stivari TSS, Gilaverte S, Baldissera TC & Pin EA. (2015). Considerações sobre a degradação da fibra em forragens tropicais associada com suplementos energéticos ou nitrogenados. Archivos de Zootecnia, 64 (R), 31-41.

Derso C & Mahamud A. (2018). Study on morphological characters of four cassava (Manihot esculenta Crantz) varieties as cultivated in Fafen District, Ethiopian Somali regional state. Asian Journal of Biotechnology and Bioresource Technology, 4 (1), 1-13.

Fioreze SL, Lara-Fioreze ACC, Pivetta LG, Rodrigues JD & Zanotto MD. (2018). Influence of the limitation of axillary bud growth on grain and oil yield of castor bean hybrids. Revista Ceres, 65 (2), 127-134.

Fukuda WMG, Guevara CL, Kawuki R & Ferguson ME. (2010). Selected morphological and agronomic descriptors for the characterization of cassava. International Institute of Tropical Agriculture (IITA), Ibadan, Nigeria. 19 p.

Hall MB. (2000). Calculation of non-structural carbohydrate content of feeds that contain non-protein nitrogen. Gainesville: University of Florida, (Bulletin 339). 25 p.

Haworth M, Belcher CM, Killi D, Dewhirst RA, Materassi A, Raschi A & Centritto M. (2018). Impaired photosynthesis and increased leaf construction costs may induce foral stress during episodes of global warming over macro evolutionary timescales. Scientific Reports, 8 (6206), 1-14.

Machado LC, Oliveira VC, Paraventi MD, Cardoso RNR, Martins DS & Ambrósio CE. (2016). Maintenance of brazilian biodiversity by germplasm bank. Pesquisa Veterinária Brasileira, 36 (1), 62-66.

Marowa P, Ding A & Kong Y. (2016). Expansins: Roles in plant growth and potential applications in crop improvement. Plant Cell Reports, 35 (1), 949–965.

Medina CC., Neves CSVJ, Aita C, Bordin I, Preti E, Zaccheo PVC, Aguiar RS & Urquiaga S. (2013). Aporte de matéria seca por raízes e parte aérea de plantas de cobertura de verão. Semina: Ciências Agrárias, 34 (2), 675-682.

Mendonça Júnior AF, Braga AP, Campos MCC & Andrade RB. (2008). Avaliação da composição química, consumo voluntario e digestibilidade in vivo de dietas com diferentes níveis de feno de maniçoba (Manihot glaziovii Muell. Arg.), fornecidas a ovinos. Revista Biológica e Ciências da Terra, 8 (1), 32 – 40.

Santos HG, Jacomine PKT, Anjos LHC, Oliveira VA, Lumbreras JF, Coelho MR, Almeida JA, Araújo Filho JC, Oliveira JB, Cunha TJF. (2018). Sistema brasileiro de classificação de solos. 5th, Ed. Embrapa. Brasília. 353 p.

Silva DJ & Queiroz AC. (2006). Análise de alimentos: métodos químicos e biológicos. 3th. Ed. UFV. Viçosa. 235 p.

Singh D. (1981). The relative importance of characters affecting genetic divergence. Indian Journal of Gene and Plant Breeding, 41 (2), 237-245.

Sniffen CJ, O'Connor JD, Van Soest PJ, Fox DG & Russell JB. (1992). A net carbohydrate and optimal protein system for evaluating cattle diets. II. Carbohydrate and protein availability. Journal of Animal Science, 70 (11), 3562-3577.

Slavov G, Allison G & Bosch M. (2013). Advances in the genetic dissection of plant cell walls: Tools and resources available in Miscanthus. Frontiers in Plant Science, 4 (4), 1-21.

Van Soest PJ. (1994). Nutritional ecology of the ruminant. 2nd. Ed. Cornell University Press. Ithaca, 476p.

Downloads

Publicado

09/06/2020

Como Citar

CAMPOS, F. S.; GOIS, G. C.; RÊGO, M. M. do; SILVA, A. P. G. da; SILVA, D. S. da; ANDRADE, A. P. de; RÊGO, E. R. do; SANTOS, E. M.; MAGALHÃES, A. L. R. Parâmetros morfo-agronômicos, composição química e divergência genética entre acessos de Manihot sp. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 7, p. e748974864, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.4864. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4864. Acesso em: 5 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas