A disciplina de fisioterapia do trabalho nas universidades públicas do Brasil: Análise documental e agenda de pesquisa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v14i5.48892

Palavras-chave:

Fisioterapia; Ensino; Universidades; Saúde Ocupacional; Ergonomia.

Resumo

Este trabalho tem como objetivo analisar a matriz curricular dos cursos de fisioterapia em universidades públicas do Brasil, com foco nas disciplinas que tratam de temas da fisioterapia do trabalho. O estudo é uma pesquisa documental de fonte direta. A análise abrangeu os nomes das disciplinas, cargas horárias e áreas temáticas associadas, evidenciando grande heterogeneidade entre as instituições quanto à organização curricular. Embora a formação em fisioterapia do trabalho envolva conteúdos como ergonomia, prevenção de doenças ocupacionais e reabilitação, a distribuição e profundidade desses temas variam significativamente. O estudo também destaca a necessidade de integrar, de forma sistemática, os riscos psicossociais à matriz curricular, ampliando a atuação do fisioterapeuta na promoção da saúde mental e física em ambientes laborais. Tal abordagem é essencial frente às novas exigências do mundo do trabalho, que demandam profissionais capazes de atuar de maneira interdisciplinar e preventiva. O artigo propõe uma agenda de pesquisa voltada ao fortalecimento do ensino da fisioterapia do trabalho, envolvendo temas como efetividade da formação, inovação pedagógica, integração curricular e uso de tecnologias educacionais. Os achados oferecem subsídios iniciais para orientar a qualificação curricular e incentivar políticas acadêmicas que valorizem a fisioterapia do trabalho como área estratégica de atuação profissional.

Biografia do Autor

Dennis Soares Leite, Universidade Federal de São Paulo

Professor de Ergonomia e Segurança do Trabalho

Mestre em Ciência, Tecnologia e Gestão

Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

Referências

ABRAFIT (2023). Abrafit - Página inicial. Website da Associação Brasileira de Fisioterapia em Fisioterapia (ABRAFIT). https://www.abrafit.com.br/.

Akamine, C. T. & Yamamoto, R. K. (2009). Estudo dirigido: estatística descritiva. (3ed). Editora Érica.

Almeida, F. R. & Costa, L. M. A. (2020). formação em fisioterapia do trabalho na graduação: desafios e perspectivas. Revista Brasileira de Ensino de Fisioterapia. 12(3), 45-52.

Brasil. (2018). Fisioterapia do Trabalho: conceitos, ações e estratégias. Brasília: Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.

Brown, M. T. (2017). Ergonomics and occupational health: a comprehensive review. Occupational Medicine. 22(2), 134-42.

Costa, L. M. & Almeida, F. R. (2019). Prevenção de lesões por esforços repetitivos em ambientes laborais: uma abordagem fisioterapêutica. Revista de Saúde do Trabalhador. 8(3), 45-52.

Dias, S. M. & Pacheco, M. S. (2020). Intervenções fisioterapêuticas na reabilitação de trabalhadores com lombalgia ocupacional. Revista Saúde em Foco. 10(2), 78-85.

Fernandes, T. S. & Lima, C. A. (2021). Avaliação ergonômica e fisioterapia do trabalho: uma revisão integrativa. Revista de Saúde do Trabalhador. 9(1), 15-22.

Garcia, A. R. & Pereira, S. L. (2020). Physiotherapy strategies for rehabilitation after ergonomic injuries. Rehabilitation Journal. 7(2), 78-85.

Gil, A. C. (2017). Como elaborar projetos de pesquisa. (6ed). Editora Atlas.

Gomes, R. A. & Silva, M. A. S. (2022). Prevenção de doenças ocupacionais por meio de fisioterapia preventiva. Revista Brasileira de Fisioterapia do Trabalho. 18(3), 200-8.

Gonçalves, A. C. M. & Silva, M. A. S. (2015). Fisioterapia do Trabalho: prevenção e reabilitação de doenças ocupacionais. Editora Atheneu.

Harris, L. M. (2019). Ergonomic assessment tools for workplace evaluation. Workplace Health & Safety. 65(5), 234-40.

Johnson, E. R. & Lee, M. T. (2019). The role of physiotherapy in musculoskeletal disorder management. International Journal of Physiotherapy. 12(2), 89-97.

Moraes, P. R. & Gonçalves, A. C. M. (2020). Formação de fisioterapeutas na área de saúde do trabalhador: uma análise das diretrizes curriculares. Revista de Educação em Saúde. 16(1), 40-7.

Oliveira, M. A. & Pereira, L. M. de. (2017). Reabilitação em Fisioterapia do Trabalho. Editora Guanabara Koogan.

Oliveira, M. A. & Pereira, L. M. de. (2021). Ensino de fisioterapia do trabalho na graduação: desafios e possibilidades. Revista Brasileira de Ensino de Fisioterapia. 13(2), 112-9.

Pacheco, M. S. & Gonçalves, R. S. (2021). Avaliação postural e ergonomia na fisioterapia do trabalho. Revista Brasileira de Fisioterapia. 25(4), 300-6.

Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [Free e-book]. Editora daUAB/NTE/UFSM.

Shitsuka et al. (2014). Matemática fundamental para a tecnologia. Editora Érica.

Silva, R. M. & Costa, P. R. (2019). Fisioterapia na Saúde do Trabalhador. Editora da UFMG.

Smith, J. D. (2020). The impact of ergonomic interventions on workplace health. Journal of Occupational Health. 45(3), 30. 1:123-30. doi: 10.56294/hl2022123.

Williams, S. K. (2018). Ergonomic design principles for office workers. Ergonomics in Practice, 8(4), 210-218.

Downloads

Publicado

31/05/2025

Como Citar

LEITE, D. S.; SIGAHI, T. F. A. C. . A disciplina de fisioterapia do trabalho nas universidades públicas do Brasil: Análise documental e agenda de pesquisa. Research, Society and Development, [S. l.], v. 14, n. 5, p. e12014548892, 2025. DOI: 10.33448/rsd-v14i5.48892. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/48892. Acesso em: 6 jul. 2025.

Edição

Seção

Ciências da Saúde