Prevalência de defeitos de esmalte em crianças atendidas em uma clínica de odontopediatria

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4951

Palavras-chave:

Prevalência; Hipoplasia do Esmalte Dentário; Fluorose Dentária.

Resumo

O objetivo desse trabalho foi avaliar a prevalência de defeitos de desenvolvimento do esmalte (DDE) em crianças atendidas na disciplina de Clínica Infantil II do curso de Odontologia da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), em Patos, Paraíba, Brasil. Esse estudo foi do tipo transversal, observacional e de caráter retrospectivo usando prontuários clínicos, de onde foram retiradas informações sobre o tipo de DDE, número de dentes afetados, queixa clínica e variáveis demográficas. Os dados obtidos foram analisados com o auxílio do software IBM SPSS Statistics, trabalhados por estatística descritiva e submetidos ao teste estatístico Qui-quadrado e Exato de Fisher considerado significativo ao nível de 5% (p<0,05). Foram avaliados 273 prontuários, desses 36 reportavam algum defeito de esmalte nos pacientes, com média de 3,16 dentes afetados por criança. Os defeitos estavam presentes em infantis de 3-12 anos de idade com média de 8,28 anos (± 2,35), em sua maioria do gênero feminino (61,1%) e residente da cidade de Patos, Paraíba (88,9%). Suas queixas principais foram, principalmente, dor de dente (36,1%) e a procura por tratamento (25%). Os defeitos encontrados foram hipomineralização incisivo-molar (HMI), hipomineralizações isoladas, hipoplasia e fluorose dentária. Quando associado a presença ou ausência de defeitos de desenvolvimento fluorose dentária e hipoplasia de esmalte com o gênero das crianças não houve diferença estatística significativa (p>0,05). O presente estudo aponta uma prevalência de DDE de 13,1%, e uma maior frequência de hipoplasia (55,6%) e fluorose dentária (30,6%).

Referências

Armas-Vega, A. C., González-Martínez, F. D., Rivera-Martínez, M. S., Mayorga-Solórzano, M. F., Banderas-Benítez, V. E., & Guevara-Cabrera, O. F. (2019). Factors associated with dental fluorosis in three zones of Ecuador. Journal of Clinical and Experimental Dentistry, 11(1), 42–48.

Barbosa, D., Lemos, L., Banzi, E., & Myaki, S. (2008). Prevalência de hipoplasia do esmalte em dentes decíduos de crianças nascidas prematuras. Revista de Odontologia Da UNESP, 37(3), 261–265.

Biondi, A. M., Cortese, S. G., Babino, L., & Fridman, D. E. (2017). Comparison of Mineral Density in Molar Incisor Hypomineralization applying fluoride varnishes and casein phosphopeptideamorphous calcium phosphate. Acta Odontol. Latinoam, 30(3), 118–123.

Biondi, A. M., Cortese, S. G., Babino, L., & Toscano, M. A. (2019). Molar incisor hypomineralization: Analysis of asymmetry of lesions. Acta Odontologica Latinoamericana : AOL, 32(1), 44–48.

Braga, M. M., Jarroug, K. E., & Mendes, F. M. (2010). Presence of developmental defects of enamel (DDE) by the modified DDE visual index and laser fluorescence (DIAGNOdent). Pesquisa Brasileira Em Odontopediatria e Clinica Integrada, 10(1), 95–100.

Corrêa-Faria, P., Paixão-Gonçalves, S., Ramos-Jorge, M. L., Paiva, S. M., & Pordeus, I. A. (2019). Developmental enamel defects are associated with early childhood caries: Case-control study. International Journal of Paediatric Dentistry, 30, 11–17.

Costa, F. S., Silveira, E. R., Pinto, G. S., Nascimento, G. G., Thomson, W. M., & Demarco, F. F. (2017). Developmental defects of enamel and dental caries in the primary dentition: A systematic review and meta-analysis. Journal of Dentistry, 60, 1–7.

Glodkowska, N., & Emerich, K. (2019). Molar Incisor Hypomineralization: Prevalence and severity among children from Nothern Poland. European Journal of Paediatric Dentistry, 20(1), 59–66.

Gonçalves Filho, A. J., Moda, L. B., Oliveira, R. P., Ribeiro, A. L., Pinheiro, J. J., & Alver-Júnior, S. M. (2014). Prevalence of dental anomalies on panoramic radiographs in a population of the state of Pará, Brazil Antonio. Indian Journal of Dental Research, 25(5), 648–652.

Hoffmann, R. H. S., De Sousa, M. D. L. R., & Cypriano, S. (2007). Prevalência de defeitos de esmalte e sua relação com cárie dentária nas dentições decídua e permanente, Indaiatuba, São Paulo, Brasil. Cadernos de Saude Publica, 23(2), 435–444.

Hubbard, M. J., Mangum, J. E., Perez, V. A., Nervo, G. J., & Hall, R. K. (2017). Molar hypomineralisation: A call to arms for enamel researchers. Frontiers in Physiology, 8(AUG), 1–6.

López Jordi, M. del C., Cortese, S. G., Álvarez, L., Salveraglio, I., Ortolani, A. M., & Biondi, A. M. (2014). Comparación de la prevalencia de hipomineralización molar incisiva en niños con diferente cobertura asistencial en las ciudades de Buenos Aires (Argentina) y Montevideo (Uruguay). Salud Colectiva, 10(2), 243–251.

Kim, J. W., Zhang, H., Seymen, F., Koruyucu, M., Hu, Y., Kang, J., Kim, Y. J., Ikeda, A., Kasimoglu, Y., Bayram, M., Zhang, C., Kawasaki, K., Bartlett, J. D., Saunders, T. L., Simmer, J. P., & Hu, J. C. C. (2019). Mutations in RELT cause autosomal recessive amelogenesis imperfecta. Clinical Genetics, 95(3), 375–383.

Lacruz, R. S., Habelitz, S., Wright, J. T., & Paine, M. L. (2017). Dental enamel formation and implications for oral health and disease. Physiological Reviews, 97(3), 939–993.

Lunardelli, S. E., & Peres, M. A. (2005). Prevalence and distribution of developmental enamel defects in the primary dentition of pre-school children. Pesquisa Odontológica Brasileira = Brazilian Oral Research, 19(2), 144–149.

Machado, A. A. C., Costa, B. R., Gomes, L. R. G., & Fragalli, C. M. B. (2013). Prevalência e etiologia de defeitos de desenvolvimento de esmalte em dentes decíduos e permanentes. UNINGÁ Review, 15(1), 48–54.

Martinhão, L. D., Guadagnin, V., Mantovani, M., & Fracalossi, C. (2015). Hipoplasia De Esmalte: Uma Abordagem Clínica Conservadora. Revista Uningá, 24(1), 27–32.

Mejía, J. D., Restrepo, M., González, S., Álvarez, L. G., Santos-Pinto, L., & Escobar, A. (2019). Molar incisor hypomineralization in Colombia: Prevalence, severity and associated risk factors. Journal of Clinical Pediatric Dentistry. 43(3), 185-189.

Patel, A., Aghababaie, S., & Parekh, S. (2019). Hypomineralisation or hypoplasia? British Dental Journal, 227(8), 683–686.

Pinho, J. R. O., Thomaz, E. B. A. F., Ribeiro, C. C. C., Alves, C. M. C., & Silva, A. A. M. da. (2019). Factors associated with the development of dental defects acquired in the extrauterine environment. Brazilian Oral Research, 33, e094.

Pinho, J. R. O., Filho, F. L., Thomaz, É. B. A. F., Lamy, Z. C., Cruz, M. C. F. N. da, & Libério, S. A. (2011). Prevalência de defeitos de desenvolvimento de esmalte na dentição decídua adquiridos na vida intrauterina. Revista Brasileira Odontológica, 68(1), 118–123.

Portella, P. D., Fraiz, F. C., Soares, R. C., Nagata, A. G., Tomaz, C. de O., & Assunção, L. R. da S. (2018). Molar-incisor hypomineralization and associated factors: A case-control study. Pesquisa Brasileira Em Odontopediatria e Clinica Integrada, 18(1), 1–10.

Ramesh, M., Narasimhan, M., Krishnan, R., Aruna, R. M., & Kuruvilla, S. (2017). The effect of fluorosis on human teeth under light microscopy: A cross-sectional study. Journal of oral and maxillofacial pathology: JOMFP, 21(3), 345–350

Ramos, L. P., Suárez, V. O. R., Rodríguez, S. G., & Soler, D. B. (2019). Anomalías estructurales del esmalte y afectación estética en escolares de 6-17 años de Cojímar Structural. Revista Electrónica Medimay, 26(1), 453–462.

Raposo, F., De Carvalho Rodrigues, A. C., Lia, É. N., & Leal, S. C. (2019). Prevalence of Hypersensitivity in Teeth Affected by Molar-Incisor Hypomineralization (MIH). Caries Research, 53(4), 424–430.

Sales, M. M. S., Chisini, L. A., Castanheira, V. D. S., Castro, I. S., Teixeira, L. S., & Demarco, F. F. (2016). Defeitos de esmalte não fluoróticos em crianças: aspectos clínicos e epidemiológicos. Revista Da Faculdade de Odontologia - UPF, 21(2), 251–259.

Scheidt, L., Sanabe, M. E., Collares, F. M., Leitune, V. C., Bresciani, E., & Diniz, M. B. (2016). Assessment of Enamel Bond Strength of Hypoplastic Primary Teeth. Pediatric dentistry, 38(5), 432–436.

Seow W. K. (2014). Developmental defects of enamel and dentine: challenges for basic science research and clinical management. Australian dental journal, 59 Suppl 1, 143–154.

Seow WK. Effects of preterm birth on oral growth and development. Aust Dent J. 1997;42(2):85‐91.

Strauch, S., & Hahnel, S. (2018). Restorative Treatment in Patients with Amelogenesis Imperfecta: A Review. Journal of Prosthodontics, 27(7), 618–623.

The D3 Group. (2020). Prevalence of Molar Hypomineralisation. Disponível em: https://thed3group.org/prevalence.html. Acesso em: 21 fev. 2020.

Tourino, L. F. P., Zarzar, P. M., Corrêa-Faria, P., Paiva, S. M., & do Vale, M. P. P. (2018). Prevalence and factors associated with enamel defects among preschool children from a southeastern city in Brazil. Ciencia e Saude Coletiva, 23(5), 1667–1674.

Ullah, R., Zafar, M. S., & Shahani, N. (2017). Potential fluoride toxicity from oral medicaments: A review. Iranian journal of basic medical sciences, 20(8), 841–848.

Wagner Y. (2016). Developmental defects of enamel in primary teeth - findings of a regional German birth cohort study. BMC oral health, 17(1), 10.

Downloads

Publicado

16/06/2020

Como Citar

SILVA, I. L.; ALENCAR, L. B. B. de; BARBOSA, L. F. de L.; COSTA, L. R. N. C.; PENHA, E. S. da; ALVES, M. A. S. G.; GUÊNES, G. M. T.; MEDEIROS, L. A. D. M. de; ALMEIDA, M. S. C.; FIGUEIREDO, C. H. M. da C. Prevalência de defeitos de esmalte em crianças atendidas em uma clínica de odontopediatria. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 7, p. e816974951, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.4951. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4951. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde