Avaliação cicatrizante de plantas medicinais frente lesões dérmicas em modelo murino: uma análise comparativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.4967Palavras-chave:
Plantas medicinais; Cicatrização; Terapêutica.Resumo
A pele é um dos mais importantes órgãos do corpo humano, e isto faz com que a cicatrização seja um evento de fundamental importância. Desse modo, as plantas medicinais têm ganhado espaço no manejo de lesões por demonstrarem ótimos resultados clínico, trazendo rápido e efetivo reparo tecidual e reduzindo complicações. Avaliar o efeito do tratamento tópico de duas formulações contendo o extrato hidroalcoólico de Anacardium occidentale L. e do extrato in-natura da Aloe Vera L. sobre a cicatrização de feridas excisionais em camundongos Swiss. Foi utilizado o extrato hidroalcoólico das cascas do cajueiro-roxo obtido através de um processo de maceração dinâmica durante 10 dias e o extrato in natura da babosa. No experimento foram utilizados 40 camundongos. Para avaliação da atividade cicatrizante os camundongos foram distribuídos em quatro grupos de dez animais cada (n=10): GCP- Grupo Controle Positivo utilizando Fibrinase®, GCN- Grupo Controle Negativo utilizando o creme base sem extrato, GT-Ao Grupo Tratamento Anacardium occidentale L e GT-Av Grupo tratamento Aloe Vera L. O GT-Ao apresentou crosta fibrino leucocitária espessa durante o tratamento, não interferindo no reparo cicatricial. O GT-Av expressou melhores dados, como 100% do grupo cicatrizado ao 14° dia e melhores índices de contração durante todo estudo. Ambos os grupos tratamento não apresentaram eventos que interferissem na cicatrização. Os resultados demonstram que o uso tópico das plantas supracitadas utilizadas em feridas excisionais em camundongos apresenta resultados promissores para a cicatrização de lesões.
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