Drogas e gravidez: efeitos na morfologia fetal
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4984Palavras-chave:
Fatores de risco; Desenvolvimento fetal; Gravidez; Anormalidades induzidas por medicamentos.Resumo
Objetivo: Determinar se o uso de drogas lícitas, ilícitas, uso de antibióticos, plantas medicinais e medicamentos de ação no sistema nervoso central são fatores de risco para alterações estruturais fetais. Métodos: Estudo do tipo caso-controle, realizado entre julho de 2017 e outubro de 2018, em um hospital público de medicina fetal. A população caso foi composta por 202 gestantes de fetos com malformações estruturais e a população controle por 80 gestantes. Aplicou-se um questionário antes da avaliação ultrassonográfica, com a finalidade de analisar os dados clínicos e epidemiológicos. Resultados: A ingestão de amoxicilina (OR: 0,35), espiramicina (OR: 0,05), passiflora (OR: 0,09) e sertralina (OR: 0,18) apresentaram associação negativa, com indicativo de proteção para malformações estruturais fetais. Houve o uso inadequado de ácido fólico e alto consumo de medicamentos. Conclusão: O uso de álcool, cigarro, drogas ilícitas, antibióticos, plantas medicinais e medicamentos de ação no sistema nervoso central, não definiu aumento de risco para malformações estruturais fetais. Porém, demonstra a falta de conscientização sobre a importância do planejamento familiar e os perigos do uso de medicamentos na gravidez.
Referências
Andrade, A.M., Ramalho, A.A., Koifman, R.J., Dotto, L.M.G., Cunha, M.A., & Opitz, S.P. (2014). Fatores associados ao uso de medicamentos na gestação em primigestas no município de Rio Branco, Acre, Brasil. Cad Saúde Pública, 30 (5), 1-6. doi: /10.1590/0102-311X00172412.
Andrade, J.V., Resende, C.T.A., Correia, J.C.F.N.S.C., Martins, C.M.B.S.C., Faria, C.C.F., Figueiredo, M.C.M., Bastos, V.M.N., Andrade, N.J.S., & Andrade, I.G.M.V. (2018). Recém-nascidos com risco de toxoplasmose congênita, revisão de 16 anos. Sci Med, 28 (4), ID32169. doi: 10.15448/1980-6108.2018.4.32169
Bhuiyan, M., Petropoulos, S., Gibb, W., & Matthew, S. (2012). Sertraline Alters Multidrug Resistance Phosphoglycoprotein Activity in the Mouse Placenta and Fetal Blood–Brain Barrier. Reproductive Sciences, 19 (4), 407-415. doi: 10.1177/1933719111424438
Boll, K.M., Bortolasci, C.C., Zaminelli, T., Veríssimo, L.F., Bacchi, A.D., & Higachi, L. (2014). Passiflora incarnata treatment during gestation and lactation: toxicological and antioxidante evaluation in Wister dams. Braz J Pharm Sciences, 50, 353-359. doi: doi.org/10.1590/S1984-82502014000200015
Borges, V.M., Moura, F., Cerdeira, C.D., & Barros, G.B.S. (2018). Uso de medicamentos entre gestantes de um município no sul de Minas Gerais, Brasil. Infarma Ciências Farmacêuticas, 30 (1), 30-43. doi: /10.14450/2318-9312.v30.e1.a2018.pp30-43
Brasil. (2019). Ministério da Saúde. Data SUS. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/cnv/fet10uf.def. Acesso em 20 de janeiro de 2020
Cosme, H.W., Lima, L.S., & Barbosa, L.G. (2017). Prevalência de anomalias congênitas e fatores associados em recém-nascidos do município de São Paulo no período de 2010 a 2014. Rev Paul Pediatr, 35 (1), 33-38. doi: 10.1590/1984-0462/;2017;35;1;00002
Costa, D.B., Coelho, H.L.L., & Santos, D.B. (2017). Use of medicines before and during pregnancy: prevalence and associated factors. Cad Saúde Pública, 33 (2), e00126215. doi: /10.1590/0102-311x00126215
Daniel, S., Doron, M., Fishman, B., Koren, G., Lunenfeld, E., & Levy, A. (2019).The safety of using amoxicillin and clavulanic acid during the first trimester of pregnancy. Br J Clin Pharmacol, 5. doi: 10.1111 / bcp.14118
Gilbert, R.E., Gras, L., Wallon, M., Peyron, F., Ades, A.E., & Dunn, DT. (2001). Effect of prenatal treatment on mother to child transmission of toxoplasma gondii: retrospective cohort study of 554 mother-child pairs in Lyon, France. Int J Epidemiol, 30, 1303-8. doi: 10.1093 / ije / 30.6.1303
Holness, H. (2018). High-Risk Pregnancy. North American Nursing Clinics, 53 (2), 241-51. doi: 10.1016 / j.cnur.2018.01.010.
Huybrechts, K.F., Palmsten, K., Avorn, J., Cohen, L.S., Holmes, L.B., Franklin, J.M., Mogun, H., Levin, R., Kowal, M., Setoguchi, S., & Hernandez-diaz, S. (2014). Use of antidepressants in pregnancy and risk of heart defects. N Engl J Med, 370, 2397-2407. doi: 10.1056 / NEJMoa1312828
Kapoor, A., Iqbal, M., Petropoulos, S., Ho, H.L., Gibb, W., & Mattheus, S.G. (2013). Effects of Sertraline and Fluoxetine on P-Glycoprotein at Barrier Sites: In Vivo and In Vitro Approaches. Plos One, 8(2), e56525. doi: 10.1371/journal.pone.0056525
Khan, H. & Nabavi, S.M. (2019). Passiflora (Passiflora incarnata). Nonvitamin and Nonmineral Nutritional Supplements, 361-366. doi: https://doi.org/10.1016/B978-0-12-812491-8.00049-7
Lin, K.J., Mitchell, A.A., Yau, W.P., Louik, C., & Hernandez-Dias, S. (2012). Maternal Exposure to Amoxicillin and the Risk of Oral Clefts. Epidemiology, 23 (5), 699-705. doi: 10.1097/EDE.0b013e318258cb05
Liu, J., Li, Z., Ye, R., Ren, A., & Liu, J. Folic acid supplementation and risk for congenital limb reduction defects in China. Int J Epidemiol. 2019; 1, dyz130. doi: doi.org/10.1093/ije/dyz130
Mandelbrot, L, Kieffer, F., Sitta, R., Laurichesse-Delmas, H., Winer, N., Mesnard, L., Berrebi, A., Le Bouar, G.L., Bory, J.P., Cordier, A.G., Ville, Y., Perrotin, F., Jouannic, J.M., Biquard, F., D’Ercole, C., Houfflin-Debarge, V., Villena, I, & Thiebaut, R. (2018). Prenatal pyrimethamine + sulfadiazine vs spiramycin therapy to reduce placental transmission of toxoplasmosis: a randomized multicenter study. Am J Obstet Gynecol, 219 (4), 386. doi: 10.1016 / j.ajog.2018.05.031
Muanda, F.T., Sheehy, O., & Bérard, A. (2017). Use of antibiotics during pregnancy and the risk of major congenital malformations: a population based cohort study. British Journal of Clinical, 83 (11), 2557-2571. doi: 10.1111 / bcp.13364
Paquet, C., Yudin, M.H., & Sociedade de Obstetras e Ginecologistas do Canadá. (2013). Toxoplasmosis in pregnancy: prevention, screening and treatment. J Obstet Gynaecol Can, 35 (1), 78-81. doi: 10.1016/S1701-2163(15)31053-7
Petuco, L., Lohmann, P.M., & Marchese, C. (2020). Perfil epidemiológico das malformações fetais das regiões 29 e 30 da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul. Research, Society and Development, v. 9, n. 6, e130962702. doi: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i6.2702
Silva, J.H., Terças, A.C.P., Pinheiro, L.C.B., França, G.V.A., Atanaka, M., & Schuller-Faccini, L. (2018). Perfil das anomalias congênitas em nascidos vivos de Tangará da Serra, Mato Grosso, 2006-2016. Epidemiol Serv Saúde, 27 (3), e2018008. doi: 10.5123/s1679-49742018000300017
Um, B., Zhao, J.P., & Sheehy, O. (2015). Sertraline use during pregnancy and the risk of serious malformations. Am J Obstet Gynecol, 212 (6), 795.e1-795.e12. doi: 10.1016 / j.ajog.2015.01.034.
Um, K., Nelke, K., Pawlas, K., & Gerber, H. (2015). Risk factors involved in orofacial cleft predisposition - review. Open Med (Guerras), 10 (1), 163-75. doi: 10.1515 / med-2015-0027
Westhphal, F., Fustinoni, S.M., Pinto, V.L., Melo, P.S., & Abrahão, A.R. (2016). Association of gestational age with the option of pregnancy termination for fetal abnormalities incompatible with neonatal survival. Einstein, 14 (3), 1-8. doi: 10.1590/S1679-45082016AO3721.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.