A saúde mental em um município do Estado do Paraná a partir de um viés subjetivo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.5081

Palavras-chave:

Saúde Mental; Saúde Pública; Serviços de Saúde Mental

Resumo

Devido ao alto índice de procura em saúde mental, psiquiatra e psicólogo, este estudo traz para pauta um levantamento realizado do número de encaminhamentos em saúde mental, no ano de 2018, no município de Guaíra, no Estado do Paraná. Busca-se discutir a complexidade de vida do sujeito que procura por esse serviço de atendimento do ponto de vista subjetivo, e como perspectiva para tratar a dinâmica deste sujeito que é acometido por adoecimento mental, desconstruindo o modelo tradicional biomédico pautado exclusivamente na doença. Entende-se que o sujeito deve ser considerado na sua singularidade, porém o meio em que vive, suas relações familiares, sociais e afetivas, repercutem significativamente em sua vida e são construídas no decorrer de todo seu processo de desenvolvimento, de forma dinâmica e singular. A partir de uma pesquisa de campo, de natureza quantitativa, como resultado, constatou-se que a média total de idade da amostra foi 30,5 (DP=20,3) do sexo masculino e 37,7 (DP=18,2) do feminino. Representando 71,5% do sexo feminino e 28,4% do masculino, o que indica que os maiores índices de encaminhamentos para estas especialidades são em mulheres adultas (31-40 anos) e em homens, o maior número é em jovens e adolescentes (11-20 anos). Observou-se também, um número significativo em mulheres jovens e adolescentes (17,4%), o segundo maior índice de encaminhamentos. De acordo com os autores que tratam desse assunto e o levantamento realizado, as mulheres têm maior tendência a depressão e ansiedade, e o adoecimento mental pode estar vinculado a situações traumáticas na infância, como violência e educação, se estendendo na vida adulta mediante frustrações.

Biografia do Autor

Fabrício Duim Rufato, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Formado em Psicologia, mestre em Ciências Ambientais pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná e doutorando em Educação Pela Unioeste-PR

Elisabeth Rossetto, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Formação em Psicologia pela Universidade Estadual de Maringá/UEM, Professora Associada do Centro de Educação, Comunicação e Artes/CECA e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná/UNIOESTE, Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul/UFRGS. http://lattes.cnpq.br/9680222435474093 

Geovane dos Santos da Rocha, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Formado em Psicologia pela PUC-PR, especialista em Psicanálise Clinica e mestrando em Educação pela Unioeste-PR

Referências

Albuquerque, Fernando Pessoa de, Barros, Claudia Renata dos Santos, &Schraiber, Lilia Blima. (2013). Violência e sofrimento mental em homens na atenção primária à saúde. Revista de Saúde Pública, 47(3), 531-539. https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2013047004324

Almeida, Filho Naomar de., Mari, Jesus Jair de, Coutinho, Evandro. et al. (1997). Brazilianmulticentricstudyofpsychiatricmorbidity. Methodologicalfeaturesandprevalenceestimates. The British JournalofPsychiatry, 171(6), pp. 524-529. doi: https://doi.org/10.1192/bjp.171.6.524

Araújo, Tânia Maria de, Pinho, Paloma de Sousa, & Almeida, Maura Maria Guimarães de. (2005). Prevalência de transtornos mentais comuns em mulheres e sua relação com as características sociodemográficas e o trabalho doméstico. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 5(3), 337-348. https://doi.org/10.1590/S1519-38292005000300010

Assis, Simone Gonçalves de, Avanci, JovianaQuintes, Pesce, Renata Pires, & Ximenes, Liana Furtado. (2009). Situação de crianças e adolescentes brasileiros em relação à saúde mental e à violência. Ciência & Saúde Coletiva, 14(2), 349-361. https://doi.org/10.1590/S1413-81232009000200002

BNCC - Base Nacional Comum Curricular. (2019). Governo Federal do Brasil. Retiredfromhttp://basenacionalcomum.mec.gov.br/

Barrios, L. C., Everett, S. A., Simon, T. R., & Brener, N. D. (2000). Suicide ideationamong US collegestudents: associationswithotherinjuryriskbehaviors. Journalof American College Health,48(5), pp. 229-33. doi: 10.1080/07448480009599309

Barros, A. J. S. & Lehfeld, N. A. S. (2007). Fundamentos de metodologia científica. Person, 3ª ed.

Barros, M. V. M. (2018). Análise da mortalidade por suicídio no Brasil 1996 a 2015. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva) Instituto Aggeu Magalhães - Fundação Oswaldo Cruz, Recife. Retired from https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/29894

Cohen, Rachel, John, Toby Newton, & Slater, Amy. (2017). The relationshipbetweenFacebookandInstagranappearance-focusedactivitiesandbodyimageconcerns in Young women. Elsevier in BodyImage, 23, p. 183-187. doi: 10.1016/j.bodyim.2017.10.002

ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente (2019). Retired from <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm>

Flechner, S. (2000). Psicoanálisis y cultura: la clínica actual de pacientes adolescentes em riesgo. Um nuevodesafío? Revista Latino-Americana de Psicanálise, 4, pp. 467-482. Retired from https://www.apuruguay.org/apurevista/2000/1688724720009210.pdf

Filho, M. C.; Zerbini, T. (2016). Epidemiologia do suicídio no Brasil entre os anos de 2000 e 2010. Revista Saúde, Ética & Justiça, 21(2), pp. 45 51. doi: https://dx.doi.org/10.11606/issn.2317-2770.v21i2p45-51

Garrison, C. Z., Addy, C. L., Jackson, K. L., Mckeown, R. E., &Waller, J. L. (1991). A longitudinal studyofsuicidalideation in youngadolescents. Journalof American AcademicChildandAdolescentPsychiatry, 30(4), pp. 597-603. Retired from https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1890093

González-Forteza, C., Berenzon-Gorn, S., Tello-Granados, A. M., Facio-Florez, D., & Medina-Mora Icaza, M. E. (1998). Suicidalideationandassociatedcharacteristics in adolescentwomen. Salud Pública de México, 40(5), pp. 430-437. Retired from https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9842281

Günther, Hartmut. (2006). Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa: esta é a questão?. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 22(2), 201-209. doi: https://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722006000200010

Hirdes, Alice. (2008). Reforma psiquiátrica e reabilitação psicossocial: uma leitura a partir do materialismo dialético. Revista Saúde em Debate, 32(78), p. 9-17. Retired from https://www.redalyc.org/pdf/4063/406341773001.pdf

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2019). Retired from https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pr/guaira/panorama

Kessler, R. C., Berglund, P., Borges, G., Nock, M., & Wang, P. S. (2005). Trends in suicide ideation, plans, gestures, andattempts in the United States, 1990-1992 to 2001-2003. Jama, 293 (20), pp. 2487 2495. Retired from http://nocklab.fas.harvard.edu/files/nocklab/files/kessler_2005_suicidetrends_1990-92_2001-03_jama.pdf

Lei nº 10.216. (2005). Ministério da Saúde do Brasil, Secretaria de Atenção à Saúde, 2001 Brasília (DF). Retired from http://www.saude.gov.br.

Lima, Aline Pereira & Amaral, Jeferson Falcão do. (2018). A afetividade como ferramenta nas práticas de saúde mental. Monografia Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. Retired from http://www.repositorio.unilab.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1512/1/2018_mono_aplima.pdf

Lira, Ariana Galhardi, Ganen, Aline de Piano, Lodi, Aline Sinhorini, & Alvarenga, Marle dos Santos. (2017). Uso de redes sociais, influência da mídia e insatisfação com a imagem corporal de adolescentes brasileiras. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 66(3), 164-171. https://doi.org/10.1590/0047-2085000000166

Mann JJ, Apter A, Bertolote J, Beautrais A, Currier D, Haas A, Hegerl U, Lonnqvist J, Malone K, Marusic A, Mehlum L, Patton G, Phillips M, Rutz W, Rihmer Z, Schmidtke A, Shaffer D, Silverman M, Takahashi Y, Varnik A, Wasserman D, &Yip P, Hendin H. (2005). Suicide PreventionStrategies: A SystematicReview. Jama, 294(16), pp. 2064 2074. Retired from https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16249421

Silva, Ideson Rafael da, Lira, Maria Nathaly Couto, Costa, Samara de Oliveira Silva, et al. (s/a). A perspectiva sócio histórica do desenvolvimento – Lev Semenovitch Vygotsky: A influência do contexto familiar no desenvolvimento da adolescência a partir da visão do enfermeiro. Retired from https://even3.azureedge.net/anais/44659.pdf

Maragno, Luciana, Goldbaum, Moisés, Gianini, Reinaldo José, Novaes, Hillegonda Maria Dutilh, & César, Chester Luiz Galvão. (2006). Prevalência de transtornos mentais comuns em populações atendidas pelo Programa Saúde da Família (QUALIS) no Município de São Paulo, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 22(8), 1639-1648. doi: https://doi.org/10.1590/S0102-311X2006000800012

Pinto, Agnes Caroline Souza, Luna, Izaildo Tavares, Sivla, Adna de Araújo, Pinheiro, Patrícia Neyva da Costa, Braga, Violante Augusta Batista, & Souza, Ângela Maria Alves e. (2014). Fatores de risco associados a problemas de saúde mental em adolescentes: revisão integrativa. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 48(3), 555-564. doi: https://doi.org/10.1590/S0080-623420140000300022

Pinto, E. A., Gonçalves, R. A., Guedes, R. S., Saccol, A. L., & Colomé, S. (2019). Concepções de uma equipe pedagógica acerca das ações de educação em saúde no ambiente escolar designs of a pedagogical team about health education in the school environment. Sajebtt, 6 (2), pp. 451-460. Retired from https://periodicos.ufac.br/index.php/sajebtt/article/view/3005/2068

Rocha, Saulo Vasconcelos, Almeida, Maura Maria Guimarães de, Araújo, Tânia Maria de, & Virtuoso Júnior, Jair Sindra. (2010). Prevalência de transtornos mentais comuns entre residentes em áreas urbanas de Feira de Santana, Bahia. Revista Brasileira de Epidemiologia, 13(4), 630-640. doi: https://doi.org/10.1590/S1415-790X2010000400008

Roudinesco, E. (2000). Por que a Psicanálise? Editora Zahar.

Souza, Aline de Jesus Fontineli, Matias, Gina Nogueira, Gomes, Kenia de Fátima Alencar, & Parente, Adriana da Cunha Menezes. (2007). A saúde mental no Programa de Saúde da Família. Revista Brasileira de Enfermagem, 60(4), 391-395. https://doi.org/10.1590/S0034-71672007000400006

Souza, E. R., Minayo, M. C. S., & Malaquias, J. V. (2002). Suicide among Young people in selected Brazilian state capitals. Cadernos de Saúde Pública, 18(3), pp. 673-683. doi: 10.1590/S0102-311X2002000300016

Vecchia, Marcelo Dalla, & Martins, Sueli Terezinha Ferreira. (2009). Concepções dos cuidados em saúde mental por uma equipe de saúde da família, em perspectiva histórico-cultural. Ciência & Saúde Coletiva, 14(1), 183-193. https://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232009000100024

Vidal, Carlos Eduardo Leal, Yañez, Bárbara de Freitas Pereira, Chaves, CamilleVillefort Silva, Yañez, Carolina de Freitas Pereira, Michalaros, Isabela Assis, & Almeida, Lubiana Aparecida Sousa. (2013). Transtornos mentais comuns e uso de psicofármacos em mulheres. Cadernos Saúde Coletiva, 21(4), 457-464. https://doi.org/10.1590/S1414-462X2013000400015

Vigotsky, L. S. (2000). A Construção do Pensamento e da Linguagem. Tradução Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes.

Vitolo, Ymara Lúcia Camargo, Fleitlich-Bilyk, Bacy, Goodman, Robert, & Bordin, Isabel Altenfelder Santos. (2005). Crenças e atitudes educativas dos pais e problemas de saúde mental em escolares. Revista de Saúde Pública, 39(5), 716-724. doi: https://doi.org/10.1590/S0034-89102005000500004

Downloads

Publicado

16/06/2020

Como Citar

RUFATO, F. D.; ROSSETTO, E.; ROCHA, G. dos S. da. A saúde mental em um município do Estado do Paraná a partir de um viés subjetivo. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 7, p. e933975081, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.5081. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/5081. Acesso em: 27 set. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde