Aplicação da lei de Newcomb-Benford no auxílio à detecção de fraudes
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5276Palavras-chave:
Newcomb-Benford; Modelo contabilométrico; Teste-Z; Teste-x2.Resumo
A lei de Newcomb-Benford estabelece que as frequências esperadas para os primeiros dígitos dos valores que compõem determinados conjuntos de dados não seguem uma distribuição uniforme. Satisfeitos os pressupostos da lei de Newcomb-Benford, a probabilidade de ocorrência dos dígitos de 1 a 9 é decrescente, sendo igual a 30,1% para o dígito 1, 17,6% para o dígito 2 e de apenas 4,6% para o dígito 9, por exemplo. Neste artigo, apresenta-se a lei de Newcomb-Benford como uma possível ferramenta a ser utilizada no campo da auditoria contábil. O modelo contabilométrico utilizado fundamenta-se na relação entre a lei de Newcomb-Benford e os testes estatísticos de hipóteses: Teste-Z e o Teste-x2. Em uma aplicação prática, analisaram-se 589 valores de notas de empenho da Academia Militar das Agulhas Negras no período de 01 de janeiro de 2017 a 30 de junho de 2017. Concluiu-se que os dados apresentaram conformidade com o modelo proposto em relação aos dígitos líderes dos valores analisados e que o modelo contabilométrico pode ser usado por auditores na detecção de desvios contábeis.
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