Impacto da hidroterapia na qualidade de vida de mulheres menopáusicas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5292Palavras-chave:
Menopausa; Hidroterapia; Qualidade de Vida; Depressão.Resumo
Introdução: A intensidade dos sintomas sintomatológicos no período da menopausa pode afetar diretamente a qualidade de vida das mulheres e a atividade física nessa fase oferece diversos benefícios. Programas de hidroterapia nessa população têm recebido pouca atenção e há a necessidade de estabelecer um protocolo para imersão na água. Objetivo: analisar os benefícios de um programa de exercícios terapêuticos aquáticos sob aspectos físicos, emocionais, psicológicos e qualidade de vida. Métodos: Trata-se de um estudo quase-experimental, comparativo, longitudinal. Foram inseridas no estudo mulheres menopáusicas com idade entre 45 e 70 anos atendidas no serviço na Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade Federal da Paraíba. O protocolo de hidroterapia foi aplicado durante 90 minutos, 2 vezes por semana ao longo de 9 meses. A coleta de dados aconteceu por meio de uma avaliação inicial e final, utilizando-se os seguintes instrumentos: Ficha com dados sociodemográficos e clínicos; o Índice de Kupperman; Escala de Depressão Geriátrica e o questionário de Perfil de Qualidade de Vida para Enfermos Crônicos (PECVEC). Resultados: No que diz respeito à sintomatologia menopáusica, observou-se uma diferença significativa (p=0,008). Quanto aos sintomas de depressão, não foi observado mudanças significativas (p=0,308). Em relação à qualidade de vida observamos um aumento no escore, com uma diferença significativa (p=0,008). Conclusão: O protocolo de hidroterapia aplicado proporcionou melhora nos sintomas menopáusicos, proporcionando benefícios físicos e funcionais, além de auxiliar na melhora do estado emocional e na qualidade de vida das mulheres.
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