Repercussões glicêmicas do banho no leito de doentes oncológicos graves: ensaio clínico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5353

Palavras-chave:

Banhos; Enfermagem oncológica; Unidades de Terapia Intensiva.

Resumo

Objetivo: comparar a diferença da glicemia de doentes oncológicos internados na UTI antes e após o banho no leito com lenços umedecidos. Método: Ensaio clínico não controlado realizado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) e Unidade Pós-Operatória (UPO) de um único serviço de saúde, referência em tratamento oncológico na América Latina. Amostra composta por 30 doentes oncológicos consecutivamente internados. Todas as amostras de sangue para mensuração da glicemia foram coletadas dos cateteres de pressão invasiva cinco minutos antes e cinco minutos após o banho no leito com lenços umedecidos, sendo considerado hiperglicemia valores acima de 180 mg/dL. Para comparar as medianas das glicemias pré e pós banho foi utilizado o teste de Wilcoxon com nível de significância pré-estabelecido de 5%. Resultados: No momento pré-banho, obteve-se uma glicemia mediana de 141 mg/dL, e no momento pós-banho a mediana foi de 135 mg/dL. Observou-seque no momento pós-banho houve redução de 7,05% na glicemia, sendo esta queda estatisticamente significativa (p < 0,01). Conclusão: O banho no leito com uso de lenços umedecidos do tipo higienizador e protetor cutâneo realizado em doentes oncológicos internados em unidades de terapia intensiva clínica e cirúrgica reduz significativamente a glicemia destes indivíduos.

Biografia do Autor

Aretha Pereira de Oliveira, Instituto Nacional de Câncer

Enfermeira. Mestre em Ciências do Cuidado em Saúde (UFF). Plantonista do Centro de Terapia Intensiva/Unidade Pós-Operatória (CTI/UPO) do Instituto Nacional de Câncer (INCa).

Dalmo Valério Machado de Lima, Universidade Federal Fluminense

Enfermeiro. Doutor em Enfermagem. Professor Associado da Universidade Federal Fluminense.

Referências

Bos, M. M. E. M., Verburg, I. W. M., Dumaij, I., Stouthard, J., Nortier, W. R., Richel, D., Zwan, E. P. A. Van Der, Keizer, N. F. & Jonge, E. (2015). Intensive care admission of cancer patients: a comparative analysis. Cancer Medicine, 4(7), 966–976. https://doi.org/10.1002/cam4.430

Caccialanza, R., Pedrazzoli, P., Cereda, E., Gavazzi, C., Pinto, C., Beretta, G. D., Nardi, M. & Laviano, A. (2016). Nutritional Support in Cancer Patients: A Position Paper from the Italian Society of Medical Oncology (AIOM) and the Italian Society of Artificial Nutrition and Metabolism (SINPE). Journal of Cancer, 7(2), 131–135. https://doi.org/10.7150/jca.13818

Camerini, F. G., Silva, L. D. & Mira, A. J. M. (2014). Ações de enfermagem para administração segura de medicamentos: uma revisão integrativa. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, 6(4), 1655–1665. https://doi.org/10.9789/2175-5361.2014.v6i4.1655-1665

Diener, J. R. C. (1997). Calorimetria indireta. Revista Da Associação Médica Brasileira, 43(3), 245–253. https://doi.org/10.1590/s0104-42301997000300013

Ferreira, D., Guimarães, T. G. & Marcadenti, A. (2013). Acceptance of hospital diets and nutritional status among inpatients with cancer. Einstein, 11(1), 41–46. https://doi.org/10.1590/s1679-45082013000100008

Finfer, S., Chittock, D. R., Su, S. Y., Blair, D., Foster, D., Dhingra, V., Bellomo, R., Cook, D., Dodek, P., Henderson, W. R., Hébert, P. C., Heritier, S., Heyland, D. K., McArthur, C., McDonald, E., Mitchell, I., Myburgh J. A., Norton, R., Potter, J., Robinson, B. G. & Ronco, J. J. (2009). Intensive versus Conventional Glucose Control in Critically Ill Patients. The New England Journal of Medicine, 360(13), 1283–1297.

Güemes, M., Rahman, S. A. & Hussain, K. (2016). What is a normal blood glucose? Archives of Disease in Childhood, 101(6), 569–574. https://doi.org/10.1136/archdischild-2015-308336

Henrique, D. de M., Silva, L. D., Camerini, F. G., Andrade, K. B. S., Pereira, S. R. M. & Fassarela, C. S. (2017). Aprazamento seguro da terapia analgésica com opioides no paciente queimado: um estudo transversal. Revista Enfermagem UERJ, 25(e28082), 1–7.

Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. (2020). Estimativa 2020: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro, Brasil: INCA.

Kaptoge, S., Pennells, L., De Bacquer, D., Cooney, M. T., Kavousi, M., Stevens, G., Riley, L. M., Savin, S., Khan, T., Altay, S., Amouyel, P., Assmann, G., Bell, S., Ben-Shlomo, Y., Berkman, L., Beulens, J. W., Björkelund, C., Blaha, M., Blazer, D. G. & Angelantonio, E. (2019). World Health Organization cardiovascular disease risk charts: revised models to estimate risk in 21 global regions. The Lancet Global Health, 7(10), e1332–e1345. https://doi.org/10.1016/S2214-109X(19)30318-3

Lima, D. V. M. & Lacerda, R. A. (2010). Hemodynamic oxygenation effects during the bathing of hospitalized adult patients critically ill: Systematic review. ACTA Paulista de Enfermagem, 23(2), 278–285. https://doi.org/10.1590/S0103-21002010000200020

Machado, F. D. S., Souza, R. C. S., Poveda, V. B. & Costa, A. L. S. (2017). Non-pharmacological interventions to promote the sleep of patients after cardiac surgery: a systematic review 1. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 25(e2926). https://doi.org/10.1590/1518-8345.1917.2926

Mota, G. D. C. P. & Cunha, M. L. C. (2014). Prevention and non-pharmacological management of pain in newborns. Revista Brasileira de Enfermagem, 68(1), 123–127.

Oliveira, A. P. & Lima, D. V. M. (2010). Evaluation of bedbath in critically ill patients: impact of water temperature on the pulse oximetry variation. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 44(4), 1039–1045. https://doi.org/10.1590/s0080-62342010000400026

Rocha, A. F. P., Sposito, A. M. P., Bortoli P. S., Silva-Rodrigues, F. M., Lima, R. A. G. & Nascimento, L. C. (2015). O alívio da dor oncológica: estratégias contadas por adolescentes com câncer. Texto & Contexto – Enfermagem, 24(1), 96–104.

Schleder, J. C., Suzumura, D. N., Matioski, A. C., Filho, W. W., Henrique, J. & Wasilewski, S. (2013). Relation between nutritional status and dependency on mechanical ventilation in critical oncologic patients. Fisioterapia e Pesquisa, 19(4), 1–6.

Silva, L. D., Matos, G. C., Barreto, B. G. & Albuquerque, D. C. (2013). Drug scheduling for nurses in prescriptions at sentinel hospital. Texto & Contexto - Enfermagem, 8(3), 722–730.

Silva, C. J. B., Silva, M. É. S., Reis, F. F., Miranda, G. C. O., Santos, L. & Lima, D. V. M. (2016). Bed bath for infarcted patients: crossover of the hydrothermal. Online Brazilian Journal of Nursing, 15(3), 341–350.

World Health Organization. (2014). Global Status Report on Noncommunicable Diseases 2014. Geneva, Switzerland.

Downloads

Publicado

19/06/2020

Como Citar

OLIVEIRA, A. P. de; LIMA, D. V. M. de. Repercussões glicêmicas do banho no leito de doentes oncológicos graves: ensaio clínico. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 8, p. e08985353, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i8.5353. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/5353. Acesso em: 6 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde