Padrões de defeitos dos doentes pós-críticos para avaliação de desempenho no controle de qualidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5400

Palavras-chave:

Controle de qualidade; Cuidado transicional; Administração em saúde pública; Pesquisa em administração de enfermagem; Enfermagem.

Resumo

Este estudo tem como objetivo organizar as características observáveis dos doentes pós-críticos com intuito de formar padrões de conformidade ou não conformidade para ser usados nas avaliações de desempenho no controle de qualidade da produção de assistência à saúde nas unidades de terapia intensiva. Tendo como hipótese que a existência de diferentes características observáveis dos doentes pós-críticos determina padrões de intensidade de defeitos de doentes, pela progressão da deterioração da doença, mesmo após os cuidados críticos, que vão demandar a elaboração de diferentes serviços de enfermagem em longo prazo. Trata-se de um estudo do tipo descritivo-exploratório, de abordagem qualitativa, realizado em três fases: revisão de literatura, construção dos atributos e seus subníveis e organização dos atributos e seus níveis. Da literatura científica foi elaborada a classificação das características observáveis dos doentes pós-críticos, ponderada pela intensidade do “defeito” da deterioração clínica. Logo em seguida, foi elaborado o diagrama em árvore da dimensão clínica usado para organizar os atributos e seus níveis, e, posteriormente, extraiu-se um atributo como exemplo para ilustrar a aplicação do diagrama de árvore na prática. Diante disso, foram elaborados 9 atributos com estratificação de 3 a 8 níveis, perfazendo um total de 39 níveis. Evidenciou-se que é possível agrupar as características observáveis dos doentes pós-críticos por diferentes intensidades de padrões de defeitos pela progressão da deterioração da doença, mesmo após os doentes terem passado pelos cuidados críticos, que vão demandar a elaboração de diferentes serviços de enfermagem em longo prazo.

Referências

Balbino, C., Silvino, Z., Joaquim, F., Souza, C., & Santos, L. (2020). Technological innovation: dialogical perspective from the view of Joseph Schumpeter. Research, Society and Development, 9(6), e198963593. doi:10.33448/rsd-v9i6.3593.

Barros, A. P. B., Portas, J. G., & Queija, D.S. (2009). Implicações da traqueostomia na comunicação e na deglutição. Rev Bras Cir Cabeça Pescoço, 38(3),202–7. http://www.sbccp.org.br/wp-content/uploads/2014/11/art_172.pdf.

Brasil. (2017). Portaria nº 895 de 31 de março de 2017. Institui o cuidado progressivo ao paciente crítico ou grave com os critérios de elegibilidade para admissão e alta, de classificação e de habilitação de leitos de Terapia Intensiva Adulto, Pediátrico, Unidade Coronariana, Queimados e Cuidados Intermediários Adulto e Pediátrico no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília, Ministério da Saúde. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt0895_26_04_2017.html.

Brown, K. N., Leigh, J. P., Kamran, H., Bagshaw, S. M., Fowler, R. A., Dodek, P. M., Turgeon, A. F., Forster, A. J., Lamontagne, F., Soo, A., & Stelfox, H. T. (2018). Transfers from intensive care unit to hospital ward: a multicentre textual analysis of physician progress notes. Critical care, 22(1), doi: 10.1186/s13054-018-1941-0.

Campos, V.F. (1994). Gerenciamento da rotina do trabalho do dia a dia. Nova Lima: INDG.

Carpinetti, L.C. R (2012). Gestão de qualidade. 2 ed. São Paulo: Atlas.

Coombs, M. A., Addington-Hall, J., & Long-Sutehall, T. (2012). Challenges in transition from intervention to end of life care in intensive care: a qualitative study. International journal of nursing studies, 49(5), 519–527. doi: 10.1016/j.ijnurstu.2011.10.019.

Daly, B. J., Douglas, S. L., Gordon, N. H., Kelley, C. G., O'Toole, E., Montenegro, H., & Higgins, P. (2009). Composite outcomes of chronically critically ill patients 4 months after hospital discharge. American journal of critical care : an official publication.American Association of Critical-Care Nurses, 18(5), 456–465. doi: 10.4037/ajcc2009580.

Davidson, J. E., Powers, K., Hedayat, K. M., Tieszen, M., Kon, A. A., Shepard, E., Spuhler, V., Todres, I. D., Levy, M., Barr, J., Ghandi, R., Hirsch, G., Armstrong, D., & American College of Critical Care Medicine Task Force 2004-2005, Society of Critical Care Medicine (2007). Clinical practice guidelines for support of the family in the patient-centered intensive care unit: American College of Critical Care Medicine Task Force 2004-2005. Critical care medicine, 35(2), 605–622. doi: 10.1097/01.CCM.0000254067.14607.EB.

Dias, A., & Santana, S. (2009). Cuidados integrados: um novo paradigma na prestação de cuidados de saúde. Revista de Gestão dos Países de Língua Portuguesa, 8(1), 12-20. http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-44642009000100003&lng=pt&tlng=pt.

Fernandes, L. C. L., Bertoldi, A.D., Barros, A.J. D. Health service use in a population covered by the Estratégia de Saúde da Família (Family Health Strategy) (2009). Rev Saúde Pública, 43(4), 595–603. doi: 10.1590/S0034-89102009005000040.

Grap, M.J., Munro, C.L., Wetzel. P.A., Schubert, C.M., Pepperl, A., Burk, R.S., et al. Tissue interface pressure and skin integrity in critically ill, mechanically ventilated patients. Intensive Crit Care Nurs, 38,1–9. doi: 10.1016/j.iccn.2016.07.004.

Halpern, N. A., & Pastores, S. M. (2010). Critical care medicine in the United States 2000-2005: an analysis of bed numbers, occupancy rates, payer mix, and costs. Critical care medicine, 38(1), 65–71. doi: 10.1097/CCM.0b013e3181b090d0

Haines, K. J., Kelly, P., Fitzgerald, P., Skinner, E. H.,& Iwashyna, T. J.,(2017).The untapped potential of patient and family engagement in the organization of critical care. Crit Care Med, 45(5),899–906. https://doi.org/10.1097/CCM.0000000000002282.

Hermans, G., Van Mechelen, H.,Clerckx, B., Vanhullebusch, T., Mesotten, D., Wilmer, A.,& et al. (2014). Acute outcomes and 1-year mortality of intensive care unit-acquired weakness: A cohort study and propensity-matched analysis. Am J Respir Crit Care Med, 190(4),410–20. doi:10.1164 / rccm.201312-2257OC.

Holt-Lunstad J, Smith TB, Layton JB. (2010). Social Relationships and Mortality Risk: A Meta-analytic Review Brayne C. PLoS Med, 7(7),e1000316.doi:10.1371/journal.pmed.1000316.

Jesus, F. S., Paim, D. M., Brito, J. O., Barros, I. A., Nogueira, T. B., Martinez, B. P., et al. (2016).Mobility decline in patients hospitalized in an intensive care unit. Rev Bras Ter Intensiva, 8(2),114. doi:10.5935/0103-507X.20160025.

Kangovi, S., Barg, F. K., Carter, T., Levy, K., Sellman, J., Long, J. A, et al. Challenges faced by patients with low socioeconomic status during the post-hospital transition. (2014). J Gen Intern Med, 29(2), 283–9. Available from: doi: 10.1007 / s11606-013-2571-5.

Kløjgaard, M. E., Bech, M., Søgaard, R (2012): Designing a stated choice experiment: The value of a qualitative process, Journal of Choice Modelling, 5(2), 1-18. doi: 10.1016/S1755-5345(13)70050-2.

Lopes, A. L M., & Fracolli, L. A. (2008). Revisão sistemática de literatura e metassíntese qualitativa: considerações sobre sua aplicação na pesquisa em enfermagem. Texto & Contexto - Enfermagem, 17(4), 771-778. doi: 10.1590/S0104-07072008000400020.

Mani, Z. A., & Ibrahim, M. A. (2017). Intensive care unit nurses' perceptions of the obstacles to the end of life care in Saudi Arabia. Saudi medical journal, 38(7), 715–720. doi: 10.15537/smj.2017.7.18454.

Marconi, M.A., & Lakatos, E. M. Fundamentos de metodologia da científica. 5. ed. - São Paulo: Atlas 2003.

Mello, C. H. P. (2011). Gestão da qualidade. São Paulo: Pearson Education do Brasil

Nogueira, L. S., Sousa, R. M. C., Padilha, K.G., & Koike, K.M. (2012). Características clínicas e gravidade de pacientes internados em UTIs públicas e privadas. Texto & Contexto - Enfermagem, 21(1), 59-67. doi: 10.1590/S0104-07072012000100007.

Nordon-Craft A, Schenkman M, Ridgeway K, Benson A, Moss M. (2011). Physical therapy management and patient outcomes following ICU-acquired weakness: a case series. J Neurol Phys Ther. 35(3):133‐140. doi:10.1097/NPT.0b013e3182275905

Pattison, N., O’Gara, G., Rattray, J.,(2015). After critical care: Patient support after critical care. A mixed method longitudinal study using email interviews and questionnaires. Intensive Crit Care Nurs, 31(4),213-22. doi:10.1016/j.iccn.2014.12.002.

Pereira, S. R, M., Coelho, M. J., Mesquita, A. M. F., Teixeira, A.O., Graciano, S.A., Causes for the unplanned removal of the feeding tube in intensive care. Acta paul enferm, 26(4),338–44. doi: 10.1590/S0103-21002013000400007.

Petitgout, J. M. Implementation and Evaluation of a Unit-Based Discharge Coordinator to Improve the Patient Discharge Experience. (2015) J Pediatr Heal Care, 29(6):509–17.doi: 10.1016/j.pedhc.2015.02.004.

Ramos, E. M. L.S., Almeida, S. S., & Araújo, A. R. (2013). Controle de estastíco da qualidade. Porto Alegre : Bookman.

Rose, L., & Fraser, I. M. (2012). Patient characteristics and outcomes of a provincial prolonged-ventilation weaning centre: a retrospective cohort study. Canadian respiratory journal, 19(3), 216–220. doi: 10.1155/2012/358265.

Rowley, H. V., Peters, G. M., Lundie, S., & Moore, S. J. (2012). Aggregating sustainability indicators: beyond the weighted sum. Journal of environmental management, 111, 24–33. doi: 10.1016/j.jenvman.2012.05.004.

Silva, M. C., Sousa, R. M., Padilha, K. G. (2010). Patient destination after discharge from intensive care units: wards or intermediate care units? Rev Lat Am Enfermagem. 18(2):224‐232. doi:10.1590/s0104-11692010000200013.

Tigre, P. B. Gestão da inovação: aeconomia da tecnologia no Brasil. Rio de Janeiro:Elsevier Inc.

Ullman, A. J., Aitken, L. M., Rattray, J.,Kenardy, J., Le Brocque, R., MacGillivray S., & et. al. (2015). Intensive care diaries to promote recovery for patients and families after critical illness: A Cochrane Systematic Review. Int J NursStud, 52(7)1243-53. doi:10.1016/j.ijnurstu.2015.03.020.

Van Sluisveld, N., Oerlemans,A., Westert, G., Van der Hoeven, J. G., Wollersheim, H., Zegers, M. (2017). Barriers and facilitators to improve safety and efficiency of the ICU discharge process: a mixed methods study. BMC Health Serv Res, (17)1–12.doi: 10.1186/s12913-017-2139-x.

Veras, R. P., Caldas, C. P., Motta, L. B., Lima, K. C., Siqueira, R. C., Rodrigues, R. T., Santos, L. M., & Guerra, A. C. (2014). Integration and continuityof Care in healthcare network models for frail older adults. Revista de saúde pública, 48(2), 357–365. https://doi.org/10.1590/s0034-8910.2014048004941

Zajic, P., Bauer, P., Rhodes, A., Moreno, R., Fellinger, T., Metnitz, B., et al.,Weekends affect mortality risk and chance of discharge in critically ill patients: a retrospective study in the Austrian registry for intensive care (2017). Crit Care, 21, 223.doi: 10.1186/s13054-017-1812-0

Downloads

Publicado

08/07/2020

Como Citar

FERREIRA, A. de O. M.; SILVINO, Z. R. Padrões de defeitos dos doentes pós-críticos para avaliação de desempenho no controle de qualidade. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 8, p. e357985400, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i8.5400. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/5400. Acesso em: 20 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde