Perfil sociodemográfico, clínico e obstétrico de puérperas em um alojamento conjunto: um estudo descritivo
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5450Palavras-chave:
Perfil de saúde; Mulheres; Período pós-parto; Feto; Cesárea.Resumo
Objetivo: descrever o perfil sociodemográfico, clínico e obstétrico de puérperas internadas em um alojamento conjunto. Método: estudo descritivo, transversal sedimentada em pesquisa documental com 227 prontuários. A coleta de dados ocorreu entre maio e outubro de 2016 em uma maternidade escola federal. Foi realizada análise descritiva para variáveis sociodemográficas e clínicas, além de teste Qui-quadrado de Pearson e exato de Fischer. Resultados: constatou-se uma média de 2,1 gestações e 0,3 abortos; 97,4% puérperas realizaram pré-natal, das quais 79,8% compareceram a 6 consultas. Predominou o parto cirúrgico (51,9%), associado a diagnósticos de trabalho de parto e parto, cesárea eletiva, síndromes hipertensivas da gravidez (p<0.001), diabetes mellitus na gravidez (0.040), iteratividade (0.002) e a ruptura prematura de membranas (0.021). Conclusão: a caracterização de puérperas em um alojamento conjunto, pode apontar fatores maternos e fetais a fim de subsidiar a implementação de ações específicas durante o parto ou ainda na gestação a partir da identificação precoce de situações de risco.
Referências
Araújo, K. R. S., Calácio, I. A., Ribeiro, J. F., Fontenele, P. M., & Morais, T. V. (2015). Perfil sociodemográfico de puérperas em uma maternidade pública de referência do nordeste brasileiro. Revista Eletrônica Gestão & Saúde, 6(3), 2739-50.
Brandão, M. A. S., Domingues, A. P. R., Fonseca, E. M. F., Miranda, T. M. A., Belo, A., & Moura, J. P. A. S. (2015). Parto pré-termo com e sem rotura prematura de membranas: características maternas, obstétricas e neonatais. Rev. Bras. Ginecol. Obstet, 37 (9), 428-433.
Brandão PZ, da Silva TB & de Siqueira EC. (2019). Obesidade e gestação: a importância da correlação na avaliação dos riscos materno-fetais. Revista Pró-UniverSUS, 10(2), 18-23.
Brasil IBGE. (2015). Instituto Brasileiro de geografia e Estatística. Pesquisa nacional por amostra de domicílios: síntese de indicadores 2013. IBGE, Coordenação de Trabalho e Rendimento, 2015.
Brasil, M. (2006). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Área técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e puerpério: Atenção humanizada e qualificada. Manual Técnico. Brasília, DF: Ministério da Saúde.
da Luz Gonçalves, J. C., Lima, P. A., da Silva Balieiro, K. K., Pereira, F. M., de Freitas Farias, L. S. F., de Souza Pereira, J., & Marcena, J. C. (2019). Sistematização da assistência de enfermagem em uma gestante com Ruptura Prematura das Membranas Ovulares (RPMO): um relato de experiência. Revista Eletrônica Acervo Saúde, (22), e282-e282.
da Silva, M. L. C., Prates, L. A., da Rosa Gonzalez, P., de Lima Escobal, A. P., Lipinski, J. M., & Alves, C. N. (2020). “First-time mother knew nothing”: the experiences of primiparous women in childbirth and puerperium. Research, Society and Development, 9(7).
de Alencar Moura, V., & de Lucena Feitosa, F. E. (2017). Avaliação de cesáreas na Maternidade Escola Assis Chateaubriand utilizando o sistema de classificação de Robson em dez grupos. Revista de Medicina da UFC, 57(1), 25-29.
Diniz, D., Medeiros, M., & Madeiro, A. (2017). National Abortion Survey 2016. Ciênc. saúde coletiva, 22(2), 653-660.
do Brasil, G., Neves, D. C., Maciel, D. M. V. L., & de Figueredo, R. C. (2018). Parto no Brasil: intervenção médica ou protagonismo da mulher?. Scire Salutis, 8(2), 9-23.
dos Reis, T. D. R., Zanberlan, C., de Quadros, J. S., Grasel, J. T., & dos Santos Moro, A. S. (2015). Enfermagem obstétrica: contribuições às metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Revista Gaúcha de Enfermagem, 36, 94-101.
Franciscatto, L. G., Pasqua, M. D., Tolotti, G., Rossetto, C., Argenta, C., & Pinheiro, J. M. (2014). Outlining the epidemiological profile of puerperal women and newborn infants. Journal of Nursing UFPE on line, 8(5), 1149-56.
Gomes, G. F., & Dos Santos, A. P. V. (2017). Assistência de enfermagem no puerpério. Revista Enfermagem Contemporânea, 6(2), 211-220.
Lavado, M. M., Silveira, C. D., Carniel, D., Souza Hopf, F., Dutra, F. W., Rigon, M. L., & Barros, M. L. B. A. (2016). Fatores associados à via de parto atual em mulheres com cesariana prévia. Arquivos Catarinenses de Medicina, 44(3), 11-22.
Leal, M. D. C., Esteves-Pereira, A. P., Nakamura-Pereira, M., Torres, J. A., Domingues, R. M. S. M., Dias, M. A. B., & da Gama, S. G. N. (2016). Provider-initiated late preterm births in Brazil: differences between public and private health services. PLoS One, 11(5), e0155511.
Malm, H., Sourander, A., Gissler, M., Gyllenberg, D., Hinkka-Yli-Salomäki, S., McKeague, I. W., & Brown, A. S. (2015). Pregnancy complications following prenatal exposure to SSRIs or maternal psychiatric disorders: results from population-based national register data. American Journal of Psychiatry, 172(12), 1224-1232.
Malta, M., Cardoso, L. O., Bastos, F. I., Magnanini, M. M. F., & Silva, C. M. F. P. D. (2010). Iniciativa STROBE: subsídios para a comunicação de estudos observacionais. Revista de Saúde Pública, 44(3), 559-565.
Melo CMD, Aquino TIS, Soares MQ & Bevilacqua PD (2017). Vigilância do óbito como indicador da qualidade da atenção à saúde da mulher e da criança. Ciência & Saúde Coletiva, 22, 3457-3465.
Ministério da Saúde. (2012) Secretaria de Atenção à Saúde. Gestação de alto risco: manual técnico.
Pedraza, D. F. (2016). Assistência ao pré-natal, parto e pós-parto no município de Campina Grande, Paraíba. Cadernos Saúde Coletiva, 24(4), 460-467.
Resende, M. C., Santos, L., & Silva, I. S (2015). Neonatal morbidity in term newborns born by elective cesarean section. Acta Med Port, 28 (5), 601-7.
Serviço de Apoio às Empresas (SEBRAE). (2015). Painel regional: Rio de Janeiro e bairros / Observatório Sebrae/RJ. Rio de Janeiro: SEBRAE/RJ.
Silva, B. G. C. D., Lima, N. P., Silva, S. G. D., Antúnez, S. F., Seerig, L. M., Restrepo-Méndez, M. C., & Wehrmeister, F. C. (2016). Maternal mortality in Brazil from 2001 to 2012: time trends and regional differences. Revista Brasileira de Epidemiologia, 19, 484-493.
Sousa, E. Z. T., da Silva, C. A. S., Guimarães, F. M., Barroso, I. D., da Silva Sousa, K. L., Gomes, M. C., & Gonçalves, S. R. (2020). Qualidade de vida de adolescentes grávidas. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 12(6), e3161-e3161.
Teixeira, E., Gurgel, H., Monteiro, D., Barmpas, D., Trajano, A., & Rodrigues, N. (2015). Gravidez em mulheres acima de 34 anos no Brasil – análise da frequência entre 2006 e 2012. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, 14 (1).
Viana, T. G. F. V., Martins, E. F. M., Sousa, A. M. M., Souza, K. V., Rezende, E. M., & Matozinhos, F. P. (2018). Reasons for performing a cesarean section according to the puerperal women reports and the registry of medical records in maternity hospitals in Belo Horizonte. Rev Min Enferm, 22, e-1073.
World Health Organization. WHO statement on cesarean section rates. Geneva, Switzerland 2015.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.