Sistema Prisional do Brasil e o Papel do CNJ na Promoção da Eficácia dos Direitos Humanos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v8i2.550Palavras-chave:
Direitos humanos; Sistema prisional; Eficácia; Estado.Resumo
Analisa-se, criticamente, a dinâmica dos direitos humanos, a partir da plataforma democrática brasileira instaurada com a Constituição Federal de 1988. Com isso, aponta-se os limites do regime democrático como campo para o reconhecimento e a afirmação dos direitos humanos, no Brasil, em aplicação concomitante com a legislação penal vigente. Para tanto, a investigação parte da crítica à teoria dos Direitos Humanos em relação à efetividade, no que se refere à política criminal. Conforme muitas vezes é apresentado pelos veículos de comunicação, os direitos humanos são tidos como “direitos do bandido”. Esta deturpação ocorre talvez pela falha na legislação penal onde os direitos humanos, pela sua própria natureza, são talvez mais bem elaborados e definidos do que a legislação penal brasileira. Problemas estruturais talvez sejam a resposta para tal distorção. O CNJ vem realizando um trabalho de mobilização para solucionar a problemática nos presídios brasileiros. Neste cenário, em que muitos acham que os Direitos Humanos comprometem a eficiência da penal, o presente trabalho será realizado pelo método dedutivo, através de pesquisas bibliográficas, artigos científicos e periódicos especializados, para identificar a verdadeira causa do problema. Para tanto, o presente trabalho objetiva refletir sobre esses aspectos e apontar possíveis soluções para a harmonização da efetivação dos direitos humanos em concomitância com a aplicação efetiva da pena. Os resultados obtidos na pesquisa demonstram a necessidade de políticas públicas e de justiça restaurativa de concientização da população acerca da necessidade de ressocialização do apenado e do Estado garantidor de direitos fundamentais do apenado, como uma forma efetiva de promoção de justiça e bem estar social.
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