Vínculo mãe-bebê em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: Tecnologia Interativa de Cuidado

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5610

Palavras-chave:

Unidade de Terapia Intensiva Neonatal; Recém-nascido; Relação mãe-filho; Vínculos emocionais; Equipe de assistência ao paciente.

Resumo

Objetivo: Desenvolver tecnologia interativa de cuidado para o fortalecimento do vínculo mãe-bebê no processo de internação em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, a partir da literatura científica e com base nas percepções de mães e equipe de saúde. Método: Trata-se de uma pesquisa exploratório-descritiva, de caráter qualitativo, realizada entre outubro/2016 e junho/2017, por meio de entrevistas individuais com um grupo de 16 profissionais da equipe multiprofissional de saúde e um grupo de 22 mães com filhos internados em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de um hospital de grande porte localizado na região central do Rio Grande do Sul. Resultados: O processo de pesquisa qualitativo, aliado à revisão de literatura, resultou no desenvolvimento de uma tecnologia interativa de cuidado, denominado “Vínculo mãe-bebê: uma história de cuidado”, com o propósito de fortalecer o vínculo mãe-bebê no processo de internação em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Considerações finais: A concepção de vínculo mãe-bebê em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal transcende o cuidado técnico da equipe multiprofissional. O vínculo foi compreendido como processo singular e interativo que se amplia e fortalece na medida em que as mães são acolhidas e incluídas pela equipe multiprofissional no processo de cuidado intensivo.

Biografia do Autor

Janaina Cervo Pilecco, Universidade Franciscana

Área da Saúde - Terapia Ocupacional

Dirce Stein Backes, Universidade Franciscana

Área da Saúde - Enfermagem

Referências

Aguiar, R. S., et al., (2013). Percepção de mulheres sobre o acolhimento oferecido pelo enfermeiro no pré-natal. Cogitare enferm. 18(4),756-760.

Baldini, S. M., & Krebs, V. L. J. (2010). Humanização em UTI pediátrica e neonatal: estratégias de intervenção junto ao paciente, aos familiares e à equipe. São Paulo: Atheneu.

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Broca, P. V., & Ferreira, M. A. (2012). Equipe de enfermagem e comunicação: contribuições para o cuidado de enfermagem. Rev. Bras. Enferm. Online. 65(1),97-103.

Carmona, E. V., et al., (2014). Percepção materna quanto aos filhos recém-nascidos hospitalizados. Rev Bras Enferm. 67(5),788-793.

Cartaxo, L. S., et al., (2014). Vivência de mães na unidade de terapia intensiva neonatal. Rev. enferm. UERJ. 22(4),551-557.

Costa, M. C. G., Arantes, M. Q., Brito, M. D. C. (2010). A UTI Neonatal sob a ótica das mães Rev. Eletr. Enf. Online. 12(4),698-704.

Cruz, D. C. S., Sumam, N. S., Spíndola, T. (2007). Os cuidados imediatos prestados ao recém-nascido e a promoção do vínculo mãe-bebê. Rev. Esc. Enferm. USP. 41(4),690-7.

De Carlo, M. M. R. P., Bartalotti, C. C., Palm, R. D. C. M. A. Terapia Ocupacional em Reabilitação Física e Contextos Hospitalares: Fundamentos para a Prática. In: De Carlo, M. M. R. P., Luzo, M. C. M. (2004). Terapia Ocupacional: Reabilitação Física e Contextos Hospitalares. São Paulo: Roca.

Dittz, E. S., Melo, D. C. C., Pinheiro, Z. M. M. (2006). A terapia ocupacional no contexto da assistência à mãe e à família de recém-nascidos internados em unidade de terapia intensiva. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo. 17(1):42-47.

Ferecini, G. M., et al., (2009). Percepções de mães de prematuros acerca da vivência em um programa educativo. Acta. Paul. Enferm. Online. 22(3),250-256.

Ferreira, A. B. H. (2010). Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 5ª Edição. Curitiba: Positivo.

Gerstein, E. D., Poehlmann-Tynan, J., Clark R. (2015). Mother-child interactions in the NICU: relevance and implications for later parenting. J Pediatr Psychol. 40(1),33-44.

Gomes, A. L. H. (2004). A relação mãe-bebê na situação de prematuridade extrema: possibilidades de intervenção da equipe multiprofissional. Psicol. hosp. (São Paulo). 2(2). [Acesso em 15 de maio 2017]. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-74092004000200004

Gomes, M. C. P. A., Pinheiro, R. (2005). Acolhimento e vínculo: práticas de integralidade na gestão do cuidado em saúde em grandes centros urbanos. Interface – Comunic., Saúde, Educ. 9(17):287-301.

Gonçalves, D. M., et al., (2006). O vínculo mãe-bebê na atualidade. Boletim de Iniciação Científica em Psicologia. 7(1),112-122.

Koerich, M. S., et al., (2006). Tecnologias de cuidado em saúde e enfermagem e suas perspectivas filosóficas. Texto Contexto Enferm. 15(spe),178-85.

Marciano, R. P., & Amaral, W. N. A. (2015). O vínculo mãe-bebê da gestação ao pós-parto: uma revisão sistemática de artigos empíricos publicados na língua portuguesa. Femina. 43(4),155-159.

Melo, R. C. J., Souza, I. E. O., Paula, C. C. (2013). Enfermagem neonatal: o sentido existencial do cuidado na unidade de terapia intensiva. Rev Bras Enferm. 66(5),656-62.

Melo, K. L., et al., (2014). O comportamento expresso pela parturiente durante o trabalho de parto: reflexos da assistência do pré-natal. Rev. pesqui. cuid. Fundam. 6(3),1007-1020.

Montanholi, L. L., Merighi, M. A. B., Jesus, M. C. P. (2011). Atuação da enfermeira na unidade de terapia intensiva neonatal: entre o ide¬al, o real e o possível. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 19(2):[8 telas].

Moura., S. G, et al., (2015). Assistência pré-natal realizada pelo enfermeiro (a): um olhar da mulher gestante. Rev. pesqui. cuid. fundam. 7(3):2930-2938.

Nietsche, E. A., et al., (2012). Educação em saúde: planejamento e execução da alta em uma Unidade de Terapia Intensiva neonatal. Esc Anna Nery R Enferm. 16(4):809-816.

Pinto, J. P., et al., (2010). Cuidado centrado na família e sua aplicação na enfermagem pediátrica. Rev. Bras. Enferm. Online. 63(1):132-135.

Pommé, E. L. (2008). O vínculo mãe–bebê: primeiros contatos e a importância do holding. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC, São Paulo. [Acesso em 18 de maio 2017]. Disponível em: http://livros01.livrosgratis.com.br/cp066178.pdf

Pilecco, J. C. (2017). Tecnologia interativa de cuidado para o fortalecimento do vínculo mãe-bebê em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. 79f. Dissertação (Mestrado Profissional em Saúde Materno Infantil) - Centro Universitário Franciscano, Santa Maria – Rio Grande do Sul. [Acesso em 19 janeiro 2018]. Disponível em: http://www.tede.universidadefranciscana.edu.br:8080/handle/UFN-BDTD/636

Ramalho, M. A. M., et al., (2010). A mãe vivenciando o risco de vida do recém-nascido prematuro na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Rev. Soc. Bras. Enferm. Ped. 10(1):7-14.

Reis-Queiroz, J., Akiko K., H., L., Gonçalves, B. G. (2016). When to search for birth care: mothers narratives. Invest Educ Enferm. 34(1),162-170.

Rocha, M. C. P., et al., (2015). Assistência humanizada na terapia intensiva neonatal: ações e limitações do enfermeiro. Saúde em Revista. 15(40),67-84.

Rosa, J., et al., (2012). Ações educativas de assistência em enfermagem em ambiente hospitalar: a atenção a pais e familiares de neonatos em fototerapia. Revista de Enfermagem FW. 8(8):154-165.

Samra, H. A., et al., (2015). Effect of Skin-to-Skin Holding on Stress in Mothers of Late-Preterm Infants: A Randomized Controlled Trial. Adv Neonatal Care. 15(5),354-64.

Neto, J. A. S., & Rodrigues, B. M. R. D. (2010). Tecnologia como fundamento do cuidar em Neonatologia. Texto Contexto Enferm. 19(2),372-377.

Santo, C. S. O. E., Araújo, M. A. N. (2016). Vínculo afetivo materno: processo fundamental à saúde mental. Revista Psicologia, Diversidade e Saúde. 5(1),65-73.

Santos, T. A. S., Dittz, E. S., Costa, P. R. (2012). Práticas favorecedoras do aleitamento materno ao recém-nascido prematuro internado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. R. Enferm. Cent. O. Min. 2(3)438-450.

Scochi, C. G. S., et al., (2003). Incentivando o vínculo mãe-filho em situação de prematuridade: as intervenções de enfermagem no hospital das clínicas de Ribeirão Preto. Rev. Latino-am. Enfermagem. 11(4),539-43.

Silva, R. M. M., et al., (2016). Vivências de famílias de neonatos prematuros hospitalizados em unidade de terapia intensiva neonatal: revisão integrativa. Rev. enferm. Cent.-Oeste Min. 6(2),2258-2270.

Silva, M. C. M., Sousa, R. M. C., Padilha, K. G. (2010). Destino do paciente após alta da unidade de terapia intensiva: unidade de internação ou intermediária? Rev. Latino-Am. Enfermagem. 18(2),88-96.

Soares, L. O., Santos, R. F., Gasparino, R. C. (2010). Necessidades de familiares de pacientes internados em unidade de terapia intensiva neonatal. Texto & Contexto Enfermagem. 19(4),644-650.

Souza, K. M. O., & Ferreira, S. D. (2010). Assistência humanizada em UTI neonatal: os sentidos e as limitações identificadas pelos profissionais de saúde. Ciência & Saúde Coletiva. 15(2),471-480.

Spinelli, M., et al., (2016). 'I still have difficulties feeling like a mother': The transition to motherhood of preterm infants mothers. Psychol Health. 31(2),184-204.

Tragante, C. R., Falcão, M. C., Ceccon, M. E. J. (2010). Desenvolvimento dos cuidados neonatais ao longo do tempo. Pediatria São Paulo. 32(2),121-130.

Tronco, C. S., et al., (2015). Manutenção da lactação de recém-nascido pré-termo: rotina assistencial, relação mãe-filho e apoio. Esc. Anna Nery Rev. Enferm. 19(4),635-640.

Downloads

Publicado

29/06/2020

Como Citar

PILECCO, J. C.; BACKES, D. S. Vínculo mãe-bebê em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: Tecnologia Interativa de Cuidado. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 8, p. e198985610, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i8.5610. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/5610. Acesso em: 5 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde