As contribuições de Rogério Andrade Barbosa para a literatura afro-brasileira
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5679Palavras-chave:
Griots; Cultura africana; Tradição oral; Valorização; Ensino.Resumo
O presente artigo aborda as contribuições de Rogério Andrade Barbosa para a literatura Afro-brasileira, uma vez que ele, em seus contos, evidencia a história dos griots e, em seus livros “O Filho do Vento” e “Como as Histórias se Espalharam pelo Mundo”, esclarece como elas são trazidas para a literatura brasileira. O objetivo é destacar a representação dos griots na cultura africana e a maneira pela qual essa representação configura-se em narrativas de literatura brasileira, problematizando o uso da literatura europeia em detrimento da literatura afro-brasileira nas escolas. Identifica-se a demonstração do processo histórico dos negros e suas formas de preservar a tradição oral. Os griots são considerados como guardiões da história e, por meio da utilização da oralidade, transmitem seus conhecimentos de geração para geração. Assim, o autor utiliza esses contos com o intuito de distanciar a literatura lusitana, valorizando a literatura afro-brasileira, pois é relevante o educando conhecer a história de seus antepassados para valorizar e respeitar.
Referências
Agualusa, J. E. (2006). O filho do vento. Rio de Janeiro: Língua Geral.
Araujo, L. A. (2016). As Marcas da Diáspora na Oralidade do Candomblé Baiano. Revista de Estudos Linguísticos, Literários, Culturais e contemporaneidade Universidade de Pernambuco. Número Especial 18b – 03, p. 259-264
Bâ, A.H. (2010). A tradição viva. In. História geral da África, I: Metodologia e pré-história da África / editado por Ki –Zerbo, J. – 2.ed. – Brasília: UNESCO. Cap. 8, p. 167- 212.
Barbosa, R.A. (2001). Como as histórias espalham pelo mundo. São Paulo: DCL.
Barbosa, R.A. (2001). Filho do vento. São Paulo: DCL.
Barbosa, R.A. (2013). O filho do vento. 2.ED. São Paulo: DCL.
Bernat, I. (2013). Encontros com o griot Sotigui Kouyaté. 1 ed. Rio de Janeiro: Pallas.
Bosi, A. (1992). Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
Bogdan, R.; Biklen, S. (1994). Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Portugal: Porto Editora.
Candido, A. 1975. Formação da Literatura Brasileira: momentos decisivos. 5 ed. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1975.
Ferreira, A. C. (2012). “Recordar é preciso”: Considerações sobre a figura do griot e a importância de suas narrativas na formação da memória coletiva afro-brasileira. v. 18, n. 2.
Figueira, C. R.; Miranda, L. L. (2012). Educação patrimonial no ensino de História nos anos finais do Ensino Fundamental: conceitos e práticas. São Paulo: Edições SM.
Fonseca, J. J. S. (2002). Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila.
Geledes. A História da escravidão negra no Brasil. Disponível em:<https://www.geledes.org.br/historia-da-escravidao-negra-brasil/2012>. Acesso em: 19 mar. 2020.
Hansen, K. Entrevista: Rogério A. Barbosa, escritor e contador de histórias. 2004. Disponível em: <http://www.educacaopublica.rj.gov.br/jornal/materias/0202.html> Acesso em: 19 mar. 2020.
Hampaté Bâ, A. (1982). A tradição viva. In: Ki-Zerbo, J. (coord.) Metodologia e Pré-História da África, História Geral da África. São Paulo: Ática/Unesco,1982. v. 1, p. 182-183.
Júnior, T. (2001). Griot, conhecimento transmitido pela oralidade. Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=4ANPY3AS0AE> De 15 de Novembro de 2015. Acesso. 21de mar. 2020.
Le Goff, J. (1990). História e memória. Tradução Bernardo Leitão [et al]. Campinas, SP. Editora UNICAMP.
Medeiros, M. Autores > Rogério Andrade Barbosa. Editora Gaivota. Disponível em: <http://www.editoragaivota.com.br/autor/rogerio-andrade-barbosa>. Acesso em: 19 jan. 2020.
Melo, Marilene Carlos do Vale. (2009). A figura do griot e a relação memória e narrativa. In: Griots – culturas africanas: linguagem, memória, imaginário. 1 ed. Natal: Lucgraf.
Nascimento, A.; Semong (2006). É. Griot e as muralhas. Rio de Janeiro: Palla.
Nascimento, G. M. N. (2006). Feitio de viver: memórias de descendentes de escravos. Londrina. Editora Eduel.
Nascimento, L. A.; Ramos, M. M. (2011). A memória dos velhos e a valorização da tradição na literatura africana: algumas leituras. Crítica Cultural, v. 6, n.2. Palhoça, SC. p. 453-467.
Pereira, A. A. (2012). “Por uma autêntica democracia racial!”: os movimentos negros nas escolas e nos currículos de história. Revista de História, v. 1, n. 1, p.125.
Pereira, E. de A. (2007). Malungos na escola: Questões sobre culturas afrodescendentes e educação. São Paulo: Paulinas.
Postioma, A. (1968). Filosofia Africana. Luanda: Seminário de Luanda p. 29-30, 1968.
Santos, S. (2007). Coleção Percepções da Diferença. Negros e Brancos na Escola: Brincando e ouvindo histórias. Volume 9. Brasil.
Souza, F. (2007). Memória e performance nas culturas afro-brasileiras. In: Alexandre, Marcos Antônio. Representações performáticas brasileiras: teorias, práticas e suas interfaces. Belo Horizonte: Mazza Edições.
Spadoni, S. S. (s/d) Africanidade em O filho do vento. UFRGS. Disponível em: <http://www.pucrs.br/edipucrs/CILLIJ/do-texto-ao-leitor/Africanidade_em_O_filho_do_vento_pdf>. Acesso em: 10 jun. 2020.
Vancina, J. (1980). História geral da África. vol. I – Metodologia e pré-história africana. UNESCO. São Paulo: Ática, 1980.
Vansina, J.; Ki-Zerbo, J. (org.). (1982). “A tradição oral e sua metodologia História geral da África, volume 1- metodologia e pré-história na África”. São Paulo: Ática; Paris: UNESCO, 1982.
Von Simson, O. R. M. (2020). Memória, Cultura e poder na Sociedade do Esquecimento. Disponível em:<http://www.lite.fae.unicamp.br/revista/vonsimson.htm,>2006. Acesso em: 23 fev. 2020.
Wild, B. Jacques Le Goff-Memória. Só Resenhas. Disponível em:<http://recantodaresenha.blogspot.com.br/2016/04/jacques-le-goff-memoria.html>. Acesso em: 26 de jan. 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Roselina Aguiar, Rosenilde Nogueira Paniago, Luciana Aguiar, Vanilda Maria Campos, Marcela Italo Rodrigues e Silva, Álvaro Itaúna Schalcher Pereira

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.