Finitude humana e a Enfermagem: reflexões hermenêuticas a luz do pensamento de Gadamer
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5766Palavras-chave:
Morte; Filosofia; Enfermagem; Ensino.Resumo
Este manuscrito apresenta reflexões sobre os aspectos da finitude da vida sob a hermenêutica de Gadamer e a relação da enfermagem frente a experiência de morte de pacientes sob seus cuidados. Trata-se de um estudo descritivo, tipo análise reflexiva da literatura. A morte é um tema presente nas discussões em várias áreas do saber e repercute diretamente na maneira de viver e morrer dos homens. Somente o ser humano possui a consciência sobre a própria morte e este entendimento acaba gerando angústias, medo e dor. A finitude da vida é vista sob diferentes aspectos, tanto pelos pacientes como pelo enfermeiro que assiste ao paciente, sendo que esse profissional tende a limitar sua discussão aos aspectos meramente técnicos. No cuidado de enfermagem é preciso considerar essas questões, aproximando uma assistência mais humanizada, com uma escuta de qualidade e minimizando o impacto que a morte traz para familiares. Também há necessidade de se pensar na lacuna desta abordagem durante a formação acadêmica destes profissionais, e assim espera-se com esse estudo contribuir para a reflexão das práticas e cuidados dos enfermeiros no processo de morte.
Referências
Azeredo, N. S. G.; Rocha, C. F. & Carvalho, P. R. A. (2011). O enfrentamento da morte e do morrer na formação de acadêmicos de medicina. Revista Brasileira de Educação Médica, 35(1), 37-43. Recuperado de https://doi.org/10.1590/S0100-55022011000100006.
Costa, S. A.; Back, I. R.; Lino, I. G. T.; Marquete, V. F.; Miguel, M. E. G. B. & Marcon, S. S. (2019). Ansiedade e percepções de morte e morrer entre graduandos de enfermagem. Advances in Nursing and Health, vol 1, 67-84. Recuperado de http://dx.doi.org/10.5433/anh.2019v1.id38067
Dastur, F. (2009). La question philosophique de la finitude. Cahiers de Gestalt-thérapie, 23(1), 7-16. Recuperado de https://www.cairn.info/revue-cahiers-de-gestalt-therapie-2009-1-page-7.htm. doi:10.3917/cges.023.0007.
Freud, S. (1915). De guerra y muerte. Temas de actualidad. En Obras completas. Vol. XIV. Buenos Aires: Amorrortu, 1976.
Gadamer, H.G. (2006). O caráter oculto da saúde. Tradução de Antônio Luz Costa. - Petrópolis, RJ: Vozes.
Gadamer, H.G. (2005). Verdade e método I: traços fundamentais de uma hermenêutica filosófica. 7. Ed. Petrópolis: Vozes; São Paulo: Editora Universitária São Francisco.
Heidegger, M. (2012). Ser e tempo. Tradução de Fausto Castilho. Rio de Janeiro, RJ: Vozes.
Klüber-Ross, E. (2008). Sobre a morte e o morrer: o que os doentes terminais têm para ensinar a médicos, enfermeiras, religiosos e aos seus próprios parentes. 9ª ed. São Paulo: Martins Fontes.
Mattos, T. D. A. D.; Lange, C.; Cecagno, D.; Amestoy, S. C.; Thofehrn, M. B. & Milbrath, V. M. (2009). Profissionais de enfermagem e o processo de morrer e morte em uma unidade de terapia intensiva. Revista Mineira de Enfermagem,13(3), 337-342. Recuperado de https://cdn.publisher.gn1.link/reme.org.br/pdf/v13n3a04.pdf
Mons, S.C.; Pereira, G.S.; Lima, L.L.M.; Leite, C.N. & Fernandes, R.T.P. (2020). Estratégias de defesa no processo de morte e morrer: um desafio aos profissionais da enfermagem. Research, Society and Development, 9 (2), 1-13. Recuperado de http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i2.2139
Nietzsche, F. (2001). A Gaia Ciência. Tradução: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras.
Nogueira, A. C. C.; Oliveira, L. M. & Pimentel, V. (2006). O Profissional da Saúde e a Finitude Humana. A negação da morte no cotidiano profissional da assistência hospitalar. Textos & Contextos (Porto Alegre), 5(2), 1-11.
Oliveira, S. G.; Quintana, A. M. & Bertolino, K. C. O. (2010). Reflexões acerca da morte: um desafio para a enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, 63(6), 1077-1080. Recuperado de https://doi.org/10.1590/S0034-71672010000600033
Pegoraro, E. & Souza, J. D. (2010). Concepção e imortalidade da alma em Platão. Mirabilia, (11), 18-59.Recuperado de https://www.revistamirabilia.com/sites/default/files/pdfs/2010_02_02.pdf
Pereira A.S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Acesso em 12 de julho de 2020, em https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.
Santana, J. C. B.; Santos, A. V. D.; Silva, B. R. D.; Oliveira, D. C. D. A.; Caminha, E. M., Peres, F. S. & Viana, M. B. D. O. (2013). Docentes de enfermagem e terminalidade em condições dignas. Revista Bioética, 21(2), 298-307. Recuperado de https://doi.org/10.1590/S1983-80422013000200013
Santana, J. C. B.; Rigueira, A. D. M. & Dutra, B. S. (2010). Distanásia: reflexões sobre até quando prolongar a vida em uma Unidade de Terapia Intensiva na percepção dos enfermeiros. Revista bioethikos, São Camilo, 4(4), 402-411. Recuperado de http://www.saocamilo-sp.br/pdf/bioethikos/80/Bioethikos_402-411_.pdf
Silva, C. S. (2007). Contribuições da Psicologia Existencial no enfrentamento das perdas e da morte. Monografia (Bacharelado em Psicologia) - Universidade do Vale do Itajaí, Santa Catarina Recuperado de http://siaibib01.univali.br/pdf/cristiane%20soleto%20da%20silva.pdf
Schopenhauer, A. (2005). O mundo como vontade e como representação (Vol. 1). Unesp.
Vargas, D. D. (2010). Morte e morrer: sentimentos e condutas de estudantes de enfermagem. Acta Paulista de Enfermagem, 23(3), 404-410. Recuperado de https://doi.org/10.1590/S0103-21002010000300015
Veras, L., & Soares, J.C. (2016). Aqui se jaz, aqui se paga: a mercantilização da morte, do morrer e do luto. Psicologia & Sociedade, 28(2), 226-236. Recuperado de https://doi.org/10.1590/1807-03102016v28n2p226
Werle, M. A. (2003). A angústia, o nada e a morte em Heidegger. Trans/Form/Ação, 26(1), 97-113. Recuperado de https://doi.org/10.1590/S0101-31732003000100004
Yalom, I. D. (2006). Os desafios da terapia. Tradução: Vera de Paula Assis. Rio de Janeiro: Ediouro.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Eliana Brugin Serra, Helder Machado Passos, Isaura Leticia Tavares Palmeira Rolim, Santana de Maria Alves de Sousa, Raquel de Aguiar Portela
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.