Infecção do trato urinário: etiologia, perfil de sensibilidade e resistência aos antimicrobianos em hospital pediátrico
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5807Palavras-chave:
Bexiga urinária; Etiologia; Agentes antimicrobianos; Pediatria; Resistência microbiana a medicamentos; Sistema urinário; Patologia.Resumo
Este estudo foi desenvolvido com o objetivo de identificar os agentes etiológicos da ITU, na faixa etária pediátrica, em Hospital Infantil da Serra Catarinense, além de distinguir a incidência da ITU entre os sexos, bem como analisar o perfil de sensibilidade e resistência dos antimicrobianos. Metodologicamente caracteriza-se por estudo transversal e retrospectivo, mediante consulta no banco de dados do Hospital utilizando código de procedimento: “tratamento de outras doenças do aparelho urinário” de pacientes internados no ano de 2018. Foram avaliados: etiologia microbiana; sensibilidade e resistência aos antibióticos. Como resultado, foram selecionados 52 pacientes que tiveram vinte e quatro uroculturas positivas, sendo vinte do sexo feminino e quatro do sexo masculino. O uropatógeno mais frequente foi Escherichia coli (70,8%) e seu perfil de resistência demonstrou-se elevado para cinco antimicrobianos. Concluindo, observou-se compatibilidade dos dados da pesquisa e da literatura em relação ao sexo mais acometido, e divergências quanto à agente etiológico e faixa etária. Há maior prevalência de Proteus em sexo feminino; e maior número de casos na faixa etária de lactentes. A pesquisa aponta maior resistência quanto ao uso oral de amoxicilina com clavulanato, sulfametoxazol+trimetropim (SMT-TMP) e nitrofurantoína. É de fundamental importância conhecer a flora recorrente para direcionar ao possível tratamento mais eficiente.
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