Características morfológicas de frutos, sementes e plântulas de Luetzelburgia auriculata (Allemão) Ducke – Fabaceae
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6133Palavras-chave:
Biometria; Germinação; Pau-mocó.Resumo
A região Semiárida apresenta uma grande diversidade de espécies vegetais, dentre elas Luetzelburgia auriculata (Allemão) Ducke (pau-mocó) é uma árvore de médio porte, predominante no bioma Caatinga e que desempenha papel fundamental para o ecossistena local. Objetivou-se descrever e ilustrar as características morfológicas de frutos, sementes e plântulas dessa espécie. Os frutos/sementes foram colhidos de árvores matrizes no município de Boa Ventura - PB e 100 unidades utilizadas para a descrição biométrica. Quando a caracterização da germinação e morfologia de plântulas foram semeadas 100 sementes e as etapas acompanhadas durante 30 dias. O fruto é do tipo sâmara, seco, indeiscente, glabro e de coloração marrom, com uma única semente. O comprimento é de 71,28 mm; largura 26,76 mm; espessura de 1,24 mm e em média peso de 0,73 g. As sementes são exalbuminosas, de tegumento fino e hilo circular lateral, pequeno e esbranquiçado. O comprimento é de 17,62 mm; largura 9,89 mm; espessura de 4,37 mm e peso unitário de 0,36 g. A germinação é do tipo epígea, com a emissão da radícula no terceiro dia após a semeadura, rompendo o tegumento próximo ao hilo. As plântulas de pau-mocó caracterizam o desenvolvimento pós-seminal do tipo PER (epígea-fanerocotiledonar, com cotilédones de reserva). Os aspectos morfológicos descritos e ilustrados mostraram-se homogêneos e viabilizam informações para reconhecimento da espécie nos estágios iniciais de desenvolvimento.
Referências
Arango, H.G. (2005). Bioestatística – Teórica e Computacional. Editora Guanabara Koogan, 2ª edição, Rio de Janeiro/RJ.
Araújo, L. H. B., Pinto, M. G. C., Silva, A. C. F., Nóbrega, C. C & Souto, J. S. (2013). Biometria De Sementes E Frutos De Catingueira. Anais... IV CONEFLOR – III SEEFLOR, Vitória da Conquista (BA), 1-6.
Ayres, A. A. S. (2007). BioEstat: aplicações estatísticas nas áreas de ciências biométricas. Versão 5.3. Belém: Sociedade Civil Mamirauá, MCT-CNPq.
Barbosa, D. C. A. (2008). Estratégias de germinação e crescimento de espécies lenhosas da caatinga com germinação rápida. p. 625-656. In: LEAL, R.; TABARELLI, M.; SILVA, J. M. C. (Eds.). Ecologia e conservação da caatinga. Recife, Editora Universitária da UFPE.
Brasil (2009). Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para Análise de Sementes. Secretaria de Defesa Agropecuária. Brasília, DF: MAPA/ACS, 398p.
Bonner, F. T. (1984). Tolerance limits in measurement of tree moisture. Seed Science and Technology, 12, 789-794.
Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC). Disponível em: <http://www.cptec.inpe.br/> Acesso em: 28 de mai de 2020.
Córdula, E., Morin, M. P. & Alves. M. (2014). Morfologia de frutos e sementes de Fabaceae ocorrentes em uma área prioritária para a conservação da Caatinga em Pernambuco, Brasil. Rodriguésia, 65 (2), 605-616.
Cosmo, N. L., Nogueira, A. C., Lima, J. G. & Kuniyoshi, Y. S. (2010). Morfologia de fruto, semente e plântula de Sebastiania commersoniana, Euphorbiaceae. Floresta, 40 (2), 419-428.
Duke, J. A. & Polhill, R. M. (1981). Seedlings of Leguminosae. In: Polhill, R. M.; Raven, P. H. Advances in legumes systematics. Kew: Royal Botanic Garden, 941-949.
Garwood, N. C. (1996). Functional morphology of tropical tree seedlings. In: Swaine, M. D. (Ed.). The ecology of tropical forest tree seedlings. Paris, UNESCO, 59-129.
Guerra, M. E. C., Medeiros Filho, S. & Gallao, M. I. (2006). Morfologia de sementes, de plântulas e da germinação de Copaifera langsdorfii Desf. (Leguminosae - Caesalpinioideae). Cerne, 12 (4), 322-328.
Jankowska, B. M. & Daws, M. I. (2007). Impact of red: far red ratios on germination of temperate forest herbs in relation to shade tolerance, seed mass and persistence in the soil. Functional Ecology, 21, 1055-1062.
Lima, B. G. (2011). Caatinga: espécies lenhosas e herbáceas. Mossoró-RN: EdUfersa, 258p.
Lima, H. C. (1990). Tribo Dalbergieae (Leguminosae-Papilionoideae) – Morfologia dos frutos, sementes e plântulas e sua aplicação na sistemática. Arquivos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 30, 1-42.
Lorenzi, H. (2008). Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. São Paulo: Nova Odessa, Instituto Plantarum, 2, 352p.
Maia, G. N. (2004). Caatinga: árvores e arbustos e suas utilidades. 1.ed. São Paulo: Dez Computação Gráfica e Editora, 315-319.
Maia-Silva, C., Silva, C. I.; Hrncir, M., Queiroz, R. T. & Fonseca, V. L. (2012). Guia de Plantas: Visitadas por abelhas na Caatinga. Fortaleza, 196, 495p.
Nogueira, F. C., Medeiros-Filho, S. & Gallães, M. I. (2010). Caracterização da germinação e morfologia de frutos, sementes e plântulas de Dalbergia cearensis Ducke (pau-violeta) – Fabaceae. Acta Botânica Brasílica, 24 (4), 978-985.
Nogueira, F. C. B., Silva, J. W. L., Bezerra, A. M. E. & Filho, S. M. (2012). Efeito da temperatura e luz na germinação de sementes de Luetzelburgia auriculata (Alemão) Ducke – Fabaceae. Acta Botânica Brasílica, 26 (4), 772-778.
Oliveira, A. K. M., Schleder, E. D. & Favero, S. (2006). Caracterização morfológica, viabilidade e vigor de sementes de Tabebuia aurea (Silva manso) Benth. & Hook. F. ex. S. Moore. Revista Árvore, 30 (1), 25-32.
Oliveira, A. N., Queiroz, M. S. M. & Ramos, M. B. P. (2000). Estudo morfológico de frutos e sementes de tefrósia (Tephrosia candida DC. - Papilionoideae) na Amazônia Central. Revista Brasileira de Sementes, 22 (2), 193-199.
Paoli, A. A. S. & Bianconi, A. (2008). Caracterização morfológica de frutos, sementes e plântulas de Pseudima frutescens (Aubl.). Radlk. (Sapindaceae). Revista Brasileira de Sementes, 30, 146-155.
Parker, W. C., Noland, T. L. & Morneault, A. E. (2006). The effects of seedmass on germination, seedling emergence, and early seedling growth of eastern White pine (Pinus strobus L.). New Forests, 32, 33-49.
Puerta-Romero, J. (1961). Variedades de judias cultivadas em España. Madrid: Ministério de Agricultura/INIA, 798p. (Monografia, 11).
Roderjan, C. V. (1983). Morfologia do estádio juvenil de 24 espécies arbóreas de uma floresta com araucária. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal). Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 148p.
Santos, F. S., Paula, R. C., Sabonaro, D. Z. & Valadares, J. (2009). Biometria e qualidade fisiológica de sementes de diferentes matrizes de Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. DC.). Standl. Scientia Forestalis, 37 (82), 163-173.
Silva, L. M. M., Matos, V.P., Pereira, D. D. & Lima, A. A. (1995). Morfologia de frutos, sementes e plântulas de Luetzelburgia auriculata Ducke (Pau-Serrote) e Pterogyne nitens Tul (Madeira Nova do Brejo) - Leguminosae. Revista Brasileira de Semente, 17, 154-159.
Silva, R. S. M., Chaves, L. J. & Naves, R. V. (2001). Caracterização de frutos e árvores de cagaita (Eugenia Dysenterica DC.) no sudeste do estado de Goiás, Brasil. Revista Brasileira de Fruticultura, 2 (23), 330-334.
Souza, P. F., Nery, M. C., Pires, R. M. O., Pinto, N. A. V. D. & Soares, B. C. (2014). Caracterização morfológica e composição química de sementes de espécies florestais. Enciclopédia Biosfera, 10 (18), 875-884.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Danilo Dantas da Silva, Maria do Socorro de Caldas Pinto, Rayane Nunes Gomes, Angleib Justino Figueiredo de Freitas, Fabrício da Silva Aguiar, Marília Gabriela Caldas Pinto
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
