Normas Brasileiras e a recomendação de eficiência energética para a elaboração do projeto de estação elevatória de esgoto sanitário
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6143Palavras-chave:
Projeto; Energia elétrica; Eficiência; Norma; Esgoto sanitário.Resumo
Análise das orientações de eficiência energética constantes das normas brasileiras utilizadas em projetos de estações elevatórias de esgoto sanitário (EEE). A pesquisa foi desenvolvida em três etapas. Inicialmente foi realizada revisão bibliográfica, com caráter analítico, da concepção e das partes componentes de EEE. Na etapa II foram identificadas as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) relacionadas ao sistema de esgotamento sanitário, verificando os itens com orientação de eficiência energética para o projeto da EEE. Na última etapa foram analisadas as orientações de companhias de saneamento para a elaboração de projetos de EEE. Foi constatado que as informações de eficiência energética são deficientes nas 12 normas analisadas. Também foram identificados documentos de companhias de saneamento para orientar a elaboração dos projetos de EEE. Com a pesquisa foi constatada a necessidade dos projetistas avaliarem o aumento do tempo de detenção do esgoto no poço úmido, a instalação de medidores de parâmetros hidráulicos e elétricos e o dimensionamento dos conjuntos motor e bomba da EEE, observando o horário de ponta estabelecido pelo setor elétrico, entre outros. Assim, é oportuna a revisão e a atualização da NBR12208/1992 “Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário-Procedimento” e das normas complementares, para disponibilizar recomendações que atendam à evolução tecnológica com a consideração da eficiência energética ainda na etapa de projeto da EEE.
Referências
Almeida, P. L. C. (2010). Optimização da operação de uma estação elevatória, minimização do custo da energia respeitando critérios de qualidade da água. 2010. Dissertação (Mestrado). Departamento de Engenharia Civil, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Porto, Portugal.
Basrawi, F. (2017). Techno-economic performance of biogas-fueled micro gas turbine cogeneration systems in sewage treatment plants: Effect of prime mover generation capacity. Energy, 124, 238-248.
Brasil. (1993). Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. Lei nº 8.666, 1993. Acesso em: 22 de maio de 2020, em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm
Barreto, G. C. (2010). Avaliação da operação e estimativa das perdas de água e de energia elétrica no 3º setor de abastecimento de água da Região Metropolitana de Belém. 2006, 151. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Pará, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da UFPA, Belém, PA.
Castellanelli, C. A. Autosuficiência energética no horário de ponta: Análise técnico-econômica de geradores operados com diesel e biodiesel obtido através do óleo de fritura usado. Revista ESPACIOS, 36(19), 2015.
Campos, J. R. (1999). Projeto Executivo da Estação de Tratamento de Esgoto – ETE Tavares Bastos do Município de Belém - Pará. São Carlos, SP: [s. n].
Dutra, J. (2016). Efetividade dos investimentos em saneamento no Brasil: da disponibilidade dos recursos financeiros à implantação dos sistemas de abastecimento de água e esgoto sanitário. São Paulo: FGV - Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura.
Freitas, L. C. F. F.; Santiago, Y. C.; Ribeiro, N. S. (2019). Avaliação econômica e do potencial energético do biogás de aterro em Campinas-SP. Res. Soc. Dev. 2019; 8 (6): e4286788. doi: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v8i6.788
Gong, C. Lingling, Z. Hu, D. X. (2012). Energy Saving And Reducing Consumption Approach For Urban Sewage Treatment Plant [J]. Technology of Water Treatment. (04), 12-15.
Gomes, H. P. (2012). Sistema de Bombeamento: Eficiência Energética. 2ª edição. 460 p. João Pessoa. Editora Universitária/UFPB.
Leoneti, A. B., Oliveira, S. V. W. B., & Pires, E. C. (2013). Método baseado em indicadores de sustentabilidade para escolha de estações de tratamento de esgoto. Revista Brasileira de Ciências Ambientais, 30, 56-67.
Mahar, P. S., & Singh, R. P. (2014). Optimal design of pumping mains considering pump characteristics. Journal of Pipeline Systems Engineering and Practice, Arlington, 5(1), 40130101-40130106.
Marchi, A., & Simpson, A. R. (2013). Correction of the EPANET inaccuracy in computing the efficiency of variable speed pumps. Journal of Water Resources Planning and Management, Reston, 139(4), 456-459.
Nitatori, D. H. (2016). Avaliação operacional de estação elevatória de esgoto utilizando eficiência energética: estudo de caso na cidade de Itaí/São Paulo. 1 recurso online (144 p.). Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, Campinas, SP.
Park, K., Lee, H., Phelan, S., Liyanaarachchi, S., Marleni, N., Navaratna, D., Jegatheesan, V., & Shu, L. (2014). Mitigation strategies of hydrogen sulphide emission in sewer networks: a review. International Biodeterioration e Biodegradation, 95, Part A, p. 251-261.
Pereira, J. A. R., & Soares, J. M. (2018). Rede coletora de esgoto sanitário: projeto, construção e operação. 3 ed. Belém: EDUFPA. ver. e ampl. 310 p.
Pereira, J. A., & Condurú, M. (2014). Abastecimento de água: informação para eficiência hidroenergética. João Pessoa: UFPB.
Pereira, J. A., & Silva, J. M. S. (2018). Rede Coletora de Esgoto Sanitário: Projeto, Construção e Operação. 3. ed. rev. e ampl. 310 p. Belém, PA.
Ramos, H. M., Costa L. H. M., & Gonçalves F. V. (2012). “Energy Efficiency in Water Supply Systems: GA for Pump Schedule Optimization and ANN for Hybrid Energy Prediction, Water Supply System Analysis” - Selected Topics, Dr. Avi Ostfeld (Ed).
Ronga, Q., Yanpeng, C., & Chend, B. (2017). Field management of a drinking water reservoir basin based on the investigation of multiple agricultural nonpoint source pollution indicators in north China. Ecological Indicators.
Silva, M. J. S., Araújo, C. S., Bezerra, S. T. M., Arnaud, S., Souto, C. R., & Gomes, H. P. (2015). Sistema de controle adaptativo aplicado a um sistema de distribuição de água com ênfase na eficiência energética. Revista de Eng Sanit Ambient, 20(3), 405-413.
Simpson, A. R., & Marchi, A. (2013). Evaluating the approximation of the affinity laws and improving the efficiency estimate for variable speed pumps. Journal of Hydraulic Engineering, New York, 139(12), 1314-1317.
Shokri, A., Bozorg, O., & Mariño, M. A. (2014). Multi-objective quantity-quality reservoir operation in sudden pollution. Water Resour. Manag. 28, 567-586.
Tsutiya, M. T. (2006). Abastecimento de água: Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 4 ed., 643p, São Paulo.
Wallace, K. J., Wagner, C., & Smith, M. J. (2016). Eliciting human values for conservation planning and decisions: a global issue. J. Environ. Manag. 170, 160-168.
Zeng, X. T., Zhang, S. J., Huang, G. H., & Zhang, P. (2017). A multi-reservoir based water-hydroenergy management model for identifying the risk horizon of regional resources-energy policy under uncertainties. Energy Conversion and Management, 143, 66-84.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Francisca Nara Conceição Moreira, Jorge Fernando Hungria Ferreira, José Almir Rodrigues Pereira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
