Avaliação do perfil epidemiológico e indicadores de resultado do Programa de Controle de Tuberculose

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6212

Palavras-chave:

Serviços de Saúde Comunitária; Estudos de Coortes; Sistemas de Informação em Saúde.

Resumo

Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico e indicadores de resultado do Programa de Controle de Tuberculose no município de Guanambi, Bahia, entre 2010 e 2018. Métodos: Estudo epidemiológico analítico, do tipo coorte retrospectivo. A coleta de dados foi realizada no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN) e no departamento do Programa de Controle de Tuberculose do município. Foram realizadas análises descritivas com frequências relativas e absolutas para as variáveis categórica e média e desvio padrão para a idade. A seguir foram calculados indicadores de resultado do programa. Resultados: No período de 2010 a 2018 foram notificados 88 casos de tuberculose, destacando a prevalência em homens com idade média de 49,9 anos, baixa escolaridade, raça parda, sendo que 89,7% dos casos foram curados, 2,3% foram transferidos, 1,1% teve mudança de diagnóstico, 1,1% veio a óbito, 8,0% estavam em andamento no momento da coleta dos dados e 2,3% não tinha informação. Os melhores índices do Município no período foram: casos encerrados (0,96), casos curados (0,91), casos novos confirmados bacteriologicamente (0,86), contatos de casos examinados entre os registrados (0,86), casos novos testados para o HIV (0,85), abandono de casos novos (0,00), casos encerrados com óbito (0,01) e casos de retratamento (0,08). Conclusão: Evidenciou-se que os números de casos de tuberculose estão estabilizados nos últimos anos, e que o tratamento vem sendo eficaz.

Biografia do Autor

Fabiana Alves Pereira, Faculdade São Leopoldo Mandic

Farmacêutica e Bioquímica, Mestra em Saúde Coletiva - Faculdade São Leopoldo Mandic, Docente Centro Universitário UNIFG.

Luciane Zanin, Faculdade São Leopoldo Mandic

Doutora em Odontologia pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba, UNICAMP. Professora na Faculdade São Leopoldo Mandic.

Flávia Martão Flório, Faculdade São Leopoldo Mandic

Doutora em Odontologia pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba, UNICAMP. Professora na Faculdade São Leopoldo Mandic.

Referências

Barbosa, I. R., Pereira, L. M. S., Medeiros, P. F. M., Valentim, R. S., Brito, J. M., & Costa, Í. C. C. (2013). Análise da distribuição espacial da tuberculose na região Nordeste do Brasil, 2005-2010. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 22(4), 687-695. https://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742013000400015

Brasil (2011). Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica; Recuperado de http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm /TB/mat_tec/manuais/MS11_Manual_Recom.pdf

Brasil (2017). Boletim Epidemiológico Boletim Epidemiológico Indicadores prioritários para o monitoramento do Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública no Brasil. Secretaria de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde, 48(8), 1-11. Recuperado de http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/marco/23/2017-V-48-N-8-Indicadores-priorit--rios-para-o-monitoramento-do-Plano-Nacional-pelo-Fim-da-Tuberculose-como-Problema-de-Sa--de-P--blica-no-Brasil.pdf.

Brasil (2018). Boletim Epidemiológico Implantação do Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública no Brasil: primeiros passos rumo ao alcance das metas. Secretaria de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde, 49(11), 1-18. Recuperado de http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/marco/26/2018-009.pdf Acesso em 31/05/2018

Brasil (2019). Vigilância em saúde no Brasil 2003|2019: da criação da Secretaria de Vigilância em Saúde aos dias atuais. Bol Epidemiol [Internet]. set [data da citação]; 50(n.esp.):1-154. Recuperado de http://www.saude.gov.br/boletins-epidemiologicos .

Brasil (2019). Boletim Epidemiológico Brasil Livre da Tuberculose: evolução dos cenários epidemiológicos e operacionais da doença. Secretaria de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde, 50(9), 1-18. Recuperado de: http://portalarquivos2 .saude.gov.br/images/pdf/2019/marco/22/2019-009.pdf.

Brasil (2019). Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Recuperado de http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_recomendacoes_controle_tuberculose_brasil_2_ed.pdf.

Fernandes, G. C. P., Pereira, J. R., Lacerda, L. M., & Cardoso, T. V. (2018). Perfil epidemiológico da tuberculose em Guanambi-BA. Doc Player. [Guanambi], 1-11. Recuperado de https://docplayer.com.br/49929780-Perfil-epidemiologico-da-tuberculose-em-guanambi-ba.html .

Freitas, W. M. T. M., Santos, C. C., Silva, M. M., & Rocha, G. A. (2016). Perfil clínico-epidemiológico de pacientes portadores de tuberculose atendidos em uma unidade municipal de saúde de Belém, Estado do Pará, Brasil. Revista Pan-Amazônica de Saúde, 7(2), 45-50. https://dx.doi.org/10.5123/S2176-62232016000200005

Furlan, M. C. R., & Marcon, S. S. (2017). Avaliação do acesso ao tratamento de tuberculose sob a perspectiva de usuários. Cadernos Saúde Coletiva, 25(3), 339-347. Epub October 09, 2017. https://doi.org/10.1590/1414-462x201700030139

IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2019). Recuperado de https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/ba/guanambi.html.

Macedo, L. R., Maciel, E. L. N., & Struchiner, C. J. (2017). Tuberculose na população privada de liberdade do Brasil, 2007-2013. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 26(4), 783-794. https://doi.org/10.5123/s1679-49742017000400010

Mendonça, S. A., & Franco, S. C. (2015). Avaliação do risco epidemiológico e do desempenho dos programas de controle de tuberculose nas Regiões de Saúde do estado de Santa Catarina, 2003 a 2010. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 24(1), 59-70. https://doi.org/10.5123/S1679-49742015000100007

WHO - World Health Organization. Global Tuberculosis Report, 2019. (2019). Recuperado de https://www.who.int/tb/publications/factsheet_global.pdf?ua=1.

Pinto, P. F. P. S., Silveira, C., Rujula, M. J. P., Chiaravalloti N. F., & Ribeiro, M. C. S. de A, (2017). Perfil epidemiológico da tuberculose no município de São Paulo de 2006 a 2013. Revista Brasileira de Epidemiologia, 20(3), 549-557. https://doi.org/10.1590/1980-5497201700030016

Freitas Quintero, M. C., Figueiredo Vendramini, S. H., Sperli Geraldes Santos, M. L., Rocha Dos Santos, M., Gazetta, C. E., Garcia Lourenção, L., Sperli Geraldes Soler, Z. A., da Cruz Oliveira, S. A., Geraldes Marin Dos Santos Sasaki, N. S., Zanon Ponce, M. A., Domingues Wysocki, A., Scatena, L. M., & Scatena Villa, T. C. (2018). Acesso ao diagnóstico da tuberculose em município brasileiro de médio porte [Access to diagnosis of tuberculosis in Brazilian medium-sized municipality]. Revista de salud publica (Bogota, Colombia), 20(1), 103–109. https://doi.org/10.15446/rsap.V20n1.64177

Rodrigues, A. M., Scatena, L. M., Vendramini, S. H., Canini, S. R., Villa, T. C., & Gir, E. (2012). Avaliação do acesso ao tratamento de tuberculose por coinfectados ou não pelo vírus da imunodeficiência humana [Assessment of tuberculosis treatment accessibility for patients co-infected or not with the human immunodeficiency virus]. Revista da Escola de Enfermagem da U S P, 46(5), 1163–1169. https://doi.org/10.1590/s0080-62342012000500018

Silva, C. C. A. V., Andrade, M. S., & Cardoso, M. D. (2013). Fatores associados ao abandono do tratamento de tuberculose em indivíduos acompanhados em unidades de saúde de referência na cidade do Recife, Estado de Pernambuco, Brasil, entre 2005 e 2010. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 22(1), 77-85. https://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742013000100008

Silva, T. C., Matsuoka, P., Aquino, D., & Caldas, A. (2017). Factors associated with tuberculosis retreatment in priority districts of Maranhão, Brazil. Fatores associados ao retratamento da tuberculose nos municípios prioritários do Maranhão, Brasil. Ciencia & saude coletiva, 22(12), 4095–4104. https://doi.org/10.1590/1413-812320172212.20612015

SISNAN- Sistema De Informação De Agravos De Notificação. Ficha de notificação / investigação tuberculose: ficha de notificação / investigação tuberculose. Brasilia: Ministério da Saúde República Federativa do Brasil, 2006. 2. Recuperado de www.saude.mt.gov.br/arquivo/778 .

Soares, M. L. M., Amaral, N. A. C. do, Zacarias, A. C. P., & Ribeiro, L. K. N. P. (2017). Aspectos sociodemográficos e clínico-epidemiológicos do abandono do tratamento de tuberculose em Pernambuco, Brasil, 2001-2014. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 26(2), 369-378. https://doi.org/10.5123/s1679-49742017000200014

Downloads

Publicado

02/08/2020

Como Citar

PEREIRA, F. A.; ZANIN, L.; FLÓRIO, F. M. Avaliação do perfil epidemiológico e indicadores de resultado do Programa de Controle de Tuberculose. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 8, p. e908986212, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i8.6212. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/6212. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde