Efetividade oxi-hemodinâmica de três tipos de banho no leito de pacientes cardiopatas graves: crossover
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6249Palavras-chave:
Banhos; Cuidados de enfermagem; Unidades de terapia intensiva; Hemodinâmica.Resumo
Objetivo: identificar alterações hemodinâmicas e/ou oximétricas decorrentes de três técnicas de banho no leito em pacientes cardiopatas internados em uma Unidade de Terapia Intensiva Cirúrgica. Método: Ensaio clínico tipo crossover 3 X 3 no qual foram aplicadas três tecnologias de banho no leito, no mesmo indivíduo, em três momentos diferentes. As intervenções consideradas foram: banho tradicional a 42,5ºC com temperatura da água monitorada e constante; Banho com frasco-ampola de 1L de água destilada aquecido por 1 minuto no forno de micro-ondas em potência máxima sem controle da temperatura; Banho com lenços umedecidos aquecidos por 20 segundos no forno de micro-ondas em potência máxima. Amostra composta por 18 pacientes em pós-operatório de cirurgias cardíacas. Foram analisadas as variáveis frequência cardíaca, frequência respiratória, Pressão arterial (sistólica, diastólica e média), temperatura axilar e saturação de oxigênio por meio de oximetria de pulso. Para comparação das médias, foi utilizado o teste ANOVA Two-way de medidas repetidas com nível de significância pré-estabelecido de 5%. Resultados: Amostra predominantemente masculina, parda e não fumante, submetida majoritariamente à cirurgia de revascularização do miocárdio. Não houve nenhuma alteração significativa nas variáveis estudadas (p > 0,05), considerando os diversos tipos de banho nos diferentes momentos (antes, durante e após o procedimento). Conclusão: Os banhos no leito com água a 42,5°C, com frasco-ampola de água destilada aquecido e com lenços umedecidos, em pacientes pós-cirurgia cardíaca e internados em UTI, não acarretam nenhuma alteração significativa sobre as variáveis oxi-hemodinâmicas.
Referências
Ambrozin, A. R. P. & Cataneo, A. J. M. (2005). Pulmonary function aspects after myocardial revascularization related to preoperative risk. Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery, 20(4), 408–415. https://doi.org/10.1590/s1678-97412005000400009
Collins, F. & Hampton, S. (2003). The cost-effective use of BagBath: a new concept in patient hygiene. British Journal of Nursing (Mark Allen Publishing), 12(16).
Diener, J. R. C. (1997). Calorimetria indireta. Revista Da Associação Médica Brasileira, 43(3), 245–253. https://doi.org/10.1590/s0104-42301997000300013
González-Alonso, J. (2012). Human thermoregulation and the cardiovascular system. Experimental Physiology, 97(3), 340–346. https://doi.org/10.1113/expphysiol.2011.058701
Landeiro, M. J. L., Peres, H. H. C. & Martins, T. V. (2016). Avaliação da tecnologia educacional “Cuidar de pessoas dependentes” por familiares cuidadores na mudança e transferência de paciente e alimentação por sonda. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 24, e2774. https://doi.org/10.1590/1518-8345.0846.2774
Larson, B. E. L., Ciliberti, T., Chantler, C., Abraham, J., Lazaro, E. M., Venturanza, M. & Pancholi, P. (2004). Comparison of traditional and disposable bed baths in critically ill patients. American Journal of Critical Care, 13(3), 235–242.
Lima, D. V. M. & Lacerda, R. A. (2010). Hemodynamic oxygenation effects during the bathing of hospitalized adult patients critically ill: Systematic review. ACTA Paulista de Enfermagem, 23(2), 278–285. https://doi.org/10.1590/S0103-21002010000200020
LoBiondo-Wood, G. & Haber, J. (2010). Nursing research: methods and critical appraisal for evidence-based practice. (7th ed.). Evolve.
Lopes, J. L., Nogueira-Martins, L. A., Andrade, A. L. & Barros, A. L. B. L. (2011). Semantic differential scale for assessing perceptions of hospitalized patients about bathing. ACTA Paulista de Enfermagem, 24(6), 815–820. https://doi.org/10.1590/S0103-21002011000600015
Martin, E. T., Haider, S., Palleschi, M., Eagle, S., Crisostomo, D. V., Haddox, P., Harmon, L., Mazur, R., Moshos, J., Marchain, D. & Kaye, K. S. (2017). Bathing Hospitalized Dependent Patients with Pre-packaged Disposable Washcloths Instead of Traditional Bath Basins: A Case-Crossover Study. American Journal of Infection Control, 45(9), 990–994. https://doi.org/10.1016/j.ajic.2017.03.023.Bathing
Moraes, V. C. D. S., Sobreira, B. C. U., Pinto, T. A. S., Correia, Â. D. F. & Santos, A. A. S. (2013). Avaliação da ansiedade cardíaca no pós- operatório de cirurgia cardíaca. Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria, 7(3), 91–102.
Oliveira, A. P. & Lima, D. V. M. (2020). Repercussões glicêmicas do banho no leito de doentes oncológicos graves: ensaio clínico. Research, Society and Development, 9(8), e08985353.
Oliveira, A. P. & Lima, D. V. M. (2010). Evaluation of bedbath in critically ill patients: impact of water temperature on the pulse oximetry variation. Revista Da Escola de Enfermagem Da USP, 44(4), 1039–1045. https://doi.org/10.1590/s0080-62342010000400026
Oliveira, A. P., Lima, D. V. M., Lacerda, R. A. & Nascimento, M. A. D. L. (2009). O banho do doente crítico: correlacionando temperatura ambiente e parâmetros oxihemodinâmicos. Revista de Enfermagem Referência, II(11), 61–68.
Schulz, K. F., Altman, D. G. & Moher, D. (2010). CONSORT 2010 Statement: updated guidelines for reporting parallel group randomised trials. BMC Medicine, 8–18. https://doi.org/10.24963/ijcai.2017/95
Silva, C. J. B., Silva, M. E. S., Reis, F. F., Miranda, G. C. O., Santos, L. & Lima, D. V. M. Bed bath for infarcted patients : crossover of the hydrothermal. 15(3), 341–350.
World Health Organization. (2013). Health 2020: A European policy framework and strategy for the 21st century.
Zinn, W. J. & Warnock, E. H. (1960). Safe Hypothermia. JAMA, 174(3), 284–286.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Anna Beatriz Alves Pereira Lôbo, Silvia Regina Martins dos Santos, Luiz Cesar de Mesquita Júnior, Ramon Monteiro Fernandes, Mariana Pereira Santos, Fernanda Faria Reis, Monyque Evelyn dos Santos Silva, Aretha Pereira de Oliveira, Dalmo Valério Machado de Lima
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.