Estudo da qualidade das águas superficiais na foz do rio Lucaia, Salvador (BA), Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6287Palavras-chave:
Rios urbanos; Qualidade das águas superficiais; Índice de Qualidade das Águas (IQA); Índice do Estado Trófico (IET); Análise dos Componentes Principais (PCA).Resumo
Este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade das águas superficiais na foz do rio Lucaia em Salvador (BA), Brasil, através da análise de parâmetros físico-químicos e microbiológicos, considerando a influência dos períodos de maré baixa e maré alta. Os valores obtidos foram comparados aos padrões estabelecidos pela Resolução CONAMA n°357/05 para águas doces, classe 2. As concentrações de OD estiveram abaixo do limite estabelecido, sendo a maior no período de estiagem de 3,3 mg/L na maré alta e a menor de 0,42 mg/L no período chuvoso na maré alta. Esses resultados corroboraram com os valores da DBO, que estiveram no intervalo de 166,00 mg/L no período chuvoso na maré baixa e de 134 mg/L no período de estiagem, na maré baixa e alta. Nas análises de coliformes termotolerantes e E. coli foram encontrados valores > 8 NMP/100mL para o período chuvoso e de estiagem, tanto na maré baixa quanto na maré alta. O IQA classificou as águas superficiais como ruim na maré baixa do período chuvoso e na maré alta do período de estiagem. Contudo, classificou como regular na maré baixa do período de estiagem e na maré alta do período chuvoso. O IET classificou as águas superficiais como ultraoligotróficas na maré baixa e como oligotróficas na maré alta do período chuvoso. Já para o período de estiagem, as águas foram classificadas como ultraoligotróficas nas marés baixa e alta. A PCA confirmou a alta variabilidade dos dados, influência temporal e dos regimes de marés avaliados sobre os parâmetros analisados.
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