Análise das propriedades tecnológicas da cinza do caroço de açaí na cerâmica vermelha
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.6343Palavras-chave:
Argila; Cerâmica vermelha; Resíduo; Sustentabilidade.Resumo
Os materiais de construção civil têm ganhado cada vez mais exigências para se tornarem mais sustentáveis, tanto pela ciência como também pelo mercado, principalmente por se tratar de um ramo que consome grande quantidade de matérias primas, gerando também muito resíduo. A buscar por soluções que possibilitem o reuso ou a reciclagem de resíduos sólidos devem agregar soluções práticas e econômicas, que gerem benefícios para a sociedade e o meio ambiente. No presente estudo foi incorporada a cinza do caroço do açaí proveniente da queima dos produtos da própria indústria na massa da cerâmica vermelha para avaliar o melhor teor de substituição de cinzas (nos teores de 0%, 10%, 15% e 20%) na composição cerâmica, buscando subsidiar tecnicamente e ambientalmente o descarte desse resíduo sólido. Os resultados demonstraram que mesmo com a incorporação dos teores de Resíduos do Caroço de Açaí - RCA, as propriedades de resistência mecânica, porosidade aparente e absorção mantiveram-se dentro dos padrões mínimos. Destaca-se que o teor de 10% de cinza como substituto parcial da argila vermelha foi a que apresentou melhor desempenho nas propriedades tecnológicas avaliadas. Constatou-se que a cinza do caroço do açaí possui viabilidade técnica e ambiental quando inserido de forma parcial, possibilitando zerar o RCA através das indústrias cerâmicas, pois o resíduo da cinza que era gerado após a queima nos fornos, poderá ser incorporado como matéria prima nos próprios produtos cerâmicos.
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