Transformações no mercado de trabalho e a experiência brasileira pós reforma trabalhista de 2017
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v7i12.639Palavras-chave:
Mercado de trabalho; Reforma Trabalhista; Flexibilização; Brasil.Resumo
O movimento de reconfiguração do capitalismo, em um contexto de fortalecimento de sua dimensão financeira e dos avanços em direção a uma maior flexibilização das relações e da regulação do trabalho, tem provocado mudanças significativas sobre o mundo do trabalho, especialmente quanto à sua organização e sua dinâmica. Nesse sentido, o artigo procura apresentar algumas reflexões sobre os impactos das transformações do capitalismo contemporâneo para o mundo do trabalho, trazendo para o debate a experiência recente brasileira a partir da entrada em vigor da Reforma Trabalhista de 2017. Para tanto, serão explorados os dados referentes ao fluxo de contratações disponíveis no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED do Ministério do Trabalho. A principal conclusão é que a Reforma Trabalhista implementada não se mostrou capaz de proporcionar uma recuperação do mercado de trabalho. O que se pretende evidenciar é que a solução para os problemas do emprego e da renda passa pela elevação da atividade econômica associada a mecanismos de regulação que protejam e não retirem direitos dos trabalhadores.
Referências
ARAUJO, T. B. Brasil nos anos noventa: opções estratégicas e dinâmica regional. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, nº 2, novembro 1999.
BARBOSA, A. F. A formação do mercado de trabalho no Brasil: da escravidão ao assalariamento. Tese de Doutorado. Instituto de Economia da Unicamp, Campinas, 2003.
DEDECCA, C. S. Racionalização econômica e trabalho no capitalismo avançado. Campinas: UNICAMP/IE, 2005.
DEDECCA, C. S. Notas sobre a Evolução do Mercado de Trabalho no Brasil. Revista de Economia Política, vol. 25, nº 1 (97), pp. 94-111, janeiro-março de 2005b.
DEDECCA, C. S. As desigualdades na sociedade brasileira. Campinas: IE/UNICAMP, 2010 (mimeo).
ESPING-ANDERSEN, G. Fundamentos sociales de las economias postindustriales. Barcelona: Ed. Ariel, 2000.
GILL, S. Neo-Liberalism and the shift towards a US-centered transnational hegemony. In: OVERBEEK, H. (ed.). Restructuring Hegemony in the Global Political Economy: the rise of transnational neo-liberalism in the 1980’s. New York: Routledge, 1993.
HARVEY, David. Condição Pós-Moderna. São Paulo: Loyola, 2008 [1992]. 17ª edição.
KREIN, J. D. Debates contemporâneos economia social e do trabalho, 8: as relações de trabalho na era do neoliberalismo no Brasil. São Paulo: LTr, 2013.
KREIN, J. D. e BIAVASCHI, M. de B. Brasil: os movimentos contraditórios da regulação do trabalho dos anos 2000. Cuadernos del CENDES, ano 32, v. 89, p. 47-82, maio-agosto de 2015.
MATTOS, F. A. S. Transformações nos mercados de trabalho dos países capitalistas desenvolvidos a partir da retomada da hegemonia americana. Tese de doutoramento. Campinas: UNICAMP/IE, 2001.
OVERBEEK, H. e PIJL, K.van der. Restructuring capital and Restructuring Hegemony: neo-liberalism and the unmaking of the post-war order. In: OVERBEEK, H. (ed.). Restructuring Hegemony in the Global Political Economy: the rise of transnational neo-liberalism in the 1980’s. New York: Routledge, 1993.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.