Qualidade de vida de idosos com doenças crônicas e suas representações sociais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.6470Palavras-chave:
Doença crônica; Idoso; Qualidade de vida; Percepção social; Políticas públicas de saúde.Resumo
O objetivo deste estudo foi propor uma tecnologia educacional em forma de oficina, a partir das representações sociais dos idosos acerca de qualidade de vida e de dados objetivos da escala SF-36. Pesquisa metodológica com abordagem quanti-qualitativa, apoiada no referencial das representações sociais, segundo Serge Moscovici. Utilizou-se a escala SF-36, a técnica de discussão de grupo e a entrevista semiestruturada junto aos 30 participantes da pesquisa no Centro de Atenção à Saúde do Idoso e Cuidador, em Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. Utilizou-se o programa Microsoft Excel. A análise quantitativa estatística dos dados foi realizada pelo programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences), versão 22.0, e os qualitativos pela análise de conteúdo de Bardin. A escala SF-36 demonstrou doenças crônicas mais frequentes: hipertensão com 80,0% e problemas osteoarticulares/musculares com 76,7%. Emergiram três categorias desvelando as representações sociais dos idosos participantes: 1ª- Qualidade de vida, aspectos inter-relacionais e estilo de vida do próprio idoso; 2ª- Qualidade de vida, aspectos espirituais; 3ª- Qualidade de vida, dimensões sociopolíticas e econômicas. Concluiu-se que as falas dos idosos expressaram suas representações referentes à qualidade de vida, conforme a temática emergida das respostas da escala SF-36 e da entrevista realizada. Percebeu-se ainda, a importância das representações sociais do idoso centrada na família e necessidade de políticas públicas eficazes, contribuindo para a enfermagem geriátrica, saúde coletiva e sociedade, visando melhorar a qualidade de vida dos idosos com doenças crônicas não transmissíveis.
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