Autoeficácia e o Desempenho de soldados da Polícia Militar
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6485Palavras-chave:
Autoeficácia; Ensino profissional policial; Formação policial; Ensino.Resumo
A temática acerca da formação policial no Brasil tem ocupado lugar nas discussões sobre novos modelos de segurança pública e perfil profissional adequado para atividade policial ostensiva. Neste sentido, buscou-se avaliar a percepção de autoeficácia de desempenho na formação dos soldados da Polícia Militar. Para isto, realizou-se uma pesquisa de campo, utilizando formulários, a fim conhecer aspectos específicos dos mesmos. Participaram da pesquisa 284 recém-formados no Curso de Formação de Praças 2018/2019. Os resultados mostraram que 63% participantes estão apresentam-se acima do grau de escolaridade exigido pelo concurso. Quanto à avaliação do curso, segundo a percepção dos mesmos, as notas com maior expressão foram 1 (0,4%) e 8,0 (33,2%). Ao considerar a formação para capacidades de compor sindicância policial e capacidade de interagir com órgãos da justiça, 75,6% possuem nível superior completo, 70,8% possuem ensino superior incompleto e 55,2% possuem ensino médio, os quais responderam se sentir capazes para o item, corroborando a ideia de que os mesmos apresentam níveis de autoeficácia. Sugere-se que estudos futuros possam abranger novos polos de formação, a fim de compreender outras localidades.
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