Avaliação dos recém nascidos da Unidade de Terapia Intensiva neonatal do hospital municipal de Governador Valadares, Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.6523Palavras-chave:
Neonatal; mortalidade; internação; prematuroResumo
Os recém nascidos pré-termo são aqueles neonatos com idade gestacional inferior a 37 semanas de gestação e representam a principal população atendida nas unidades neonatais. Esse grupo é variável e possui características fisiológicas diversificadas. Este trabalho teve como objetivo avaliar as informações dos recém-nascidos pré-termo em Governador Valadares, Minas Gerais. Foi realizado um estudo descritivo baseado em dados primários dos recém-nascidos coletados nos prontuários de 279 pacientes da Unidade de Terapia Intensiva neonatal e Unidade de Cuidados Progressivos no período de setembro/2010 a agosto/2011 no hospital público de Governador Valadares. A maioria dos recém nascidos estiveram internados de 1 a 20 dias (62,4%). Dos recém-nascidos pré-termo de 23/24 semanas de idade gestacional 100% evoluíram para óbito. Os recém nascidos de 25/26 semanas de idade gestacional apresentaram taxa de óbito de 85,7% e de 27/28 semanas, 44,4%. A taxa de mortalidade reduziu para 14,3% entre os recém-nascidos de 39/40 semanas de idade gestacional, aumentando para 23,1% nos recém nascidos de 41/42 semanas. Em relação ao peso ao nascer, a maior taxa de óbito foi registrado em recém nascidos com peso inferior a 1.000 gramas (73,4%). Dos 279 pacientes, 184 tiveram o peso ao nascer inferior a 2.500 gramas, demonstrando que o baixo peso ao nascer caracterizou a maioria da população estudada. 78% dos recém-nascidos internados na UTI neonatal permaneceram por até 30 dias com predominância de crianças entre 1.500 e 2.500 gramas ao nascer. Não foram observadas correlações significativas entre idade gestacional, peso ao nascer e dias de internação.
Referências
Almeida, M.F.B.; Guinsburg, R.; Martinez, F.E.; Procianoy, R.S.; Leone, C.R.; Marba, S.T.M.; Rugolo, L.M.S.S.; Luz, J.H.; Lopes, J.M.A.(2008). Fatores perinatais associados ao óbito precoce em prematuros nascidos nos centros da rede brasileira de pesquisas neonatais. Jornal de Pediatria. 84(4): 300-307.
Ananth, C.V.; Vintzileos, A.M. (2006). Epidemiology of preterm birth and its clinical subtypes. Journal of maternal-fetal and neonatal medicine,19:773-782.
Brasil.(1994). Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. CoordenaçãoMaterno-infantil. Manual de assistência ao recém-nascido. Brasília.
Brasil. (2002). Ministério da Saúde. Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Brasília.
Brasil. (2011). Ministério da Saúde. Manual de Instruções para o preenchimento da Declaração de Nascido Vivo. Brasília, 2010. Disponível em:
portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/declaracao_nasc_vivo.pdf Acesso em: 10 mai. 2020.
Brasil. (2012). Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde. Brasília.
Canadian Pediatric Society. Nutrition Committee. (1995). Nutrient needs and feeding of premature infants. Canadian Medical Association Journal.152(11):1765–1785.
Cloherty, J.P.; Stark, A.R. (2000). Manual de neonatologia. 4ª Ed. Rio de Janeiro. Ed. Medsi.
Cotten, C.M.; Oh, W.; McDonald, S.; Carlo, W.; Fanaroff, A.A.; Duara, S.; Stoll, B.; Laptook, A.; Poole, K.; Wright, L.L.; Goldberg, R.N. (2005). Prolonged hospital stay for extremely premature infants: risk factors, center differences, and the impact of mortality on selecting a best-performing center. Journal of Perinatology. 25(10):650-655.
Datasus. (2011). Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde.
Ehrenkranz, R.A.; Dusick, A.M.; Vohr, B.R.; Wright, L.L.; Wrage, L.A.; Poole, W.K. (2006). Growth in the neonatal intensive care unit influences neurodevelopmental and growth outcomes of extremely low birth weight infants. .117(4):1253 -1261.
Jadcherla, S.R.; Wang, M.; Vijayapal, A.S.; Leuthner, S.R. (2010). Impact of prematurity and co-morbidities on feeding milestones in neonates: a retrospective study. Journal of perinatology. 30:201–208.
Kopelman, B. (2004). Diagnóstico e tratamento em neonatologia. São Paulo. Ed. Atheneu.
Matijasevich, A.S.; Iná, S.; Barros, A.J.D.; Menezes, A.M.B.; Albernaz, E.P.; Barros, F.C.; Timm, I. K.; Victora, C.G. (2008). Mortalidade perinatal em três coortes de base populacional no sul do Brasil: tendências e diferenças. Cadernos de Saúde Pública. 24(3):S399-S408.
Minas Gerais. (2020). Secretaria de Estado da Saúde. Plano de Diretor de Regionalização. Belo Horizonte. Disponível em http://www.saude.mg.gov.br/politicas_de_saude/plano-diretor-de-regionalizacao-pdr Acesso em: 20 abril 2020.
Mussi-Pinhata, M.M.; Nascimento, S.D. (2001). Infecções neonatais hospitalares. Jornal de pediatria, 77(1):81-96.
Mussi-Pinhata, M.M.; Bissani, C. (2012). Recém-nascido de baixo peso. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.
http://www.fmrp.usp.br/rpp/downloads/rotinas/rn_baixo_peso.pdf Acesso em 20 dez. 2019.
Nader, P. (2011).Projeto Diretrizes: recém-nascido macrossômico. Sociedade Brasileira de Pediatria Sociedade Brasileira de Genética Médica, Federação Brasileira de Associações de, Ginecologia e Obstetrícia. Disponível em:
http://www.projetodiretrizes.org.br/diretrizes11/recem_nascido_macrossomico.pdf Acesso em 25 mar. 2020.
Nascimento, L.F.C.; Rizol, M.S.R.; Abiuzi, L.B. (2009). Establishing the risk of neonatal mortality using a fuzzy predictive model. Cadernos de Saúde Pública. 25(9):2043-2052.
Polin, R.A.; Denson, S.; Brady, M.T. (2012) Epidemiology and diagnosis of health care-associated infections in the NICU. Pediatrics. 129(4):1104-1109.
Rouquayrol, M.Z.; Almeida Filho, N. (2003). Epidemiologia e saúde. 6ª. ed. Rio de Janeiro: MEDSI.
Sucena, L.P.; Furlan, M.F. (2008). Incidência da utilização de leite materno ordenhado em uma unidade de terapia intensiva neonatal e caracterização dos recém-nascidos. Arquivos de Ciências da Saúde.15(2):82-89.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Alexandre Sylvio Vieira da Costa, Claudine Meneses pereira Santos
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.