Impacto epidemiológico da Sífilis gestacional e congênita e sua relação com a mortalidade infantil no Estado do Piauí, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6539Palavras-chave:
Sífilis; Mortalidade; Epidemiologia; Saúde pública.Resumo
Este trabalho objetivou identificar e avaliar o perfil epidemiológico de casos de sífilis materna, congênita e consequentes óbitos infantis decorrentes desta infecção, no Estado do Piauí, notificados no período entre 2010 e 2018. Realizou-se um estudo retrospectivo, a partir de dados secundários do Núcleo de Informação e Análise em Saúde (DATASUS), através do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) e no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (SESAPI). Foram correlacionados vários indicadores importantes para a doença, sendo observado um número crescente de casos ao longo dos anos, sendo observado o aumento concomitante com a taxa de incidência de sífilis gestacional e congênita. A quantidade de óbito se mostrou elevada, o pré-natal apresentou um bom percentual ao longo dos anos embora as evidências constatam a baixa qualidade desta assistência nos aspectos: diagnóstico especialmente tardio durante a gestação e do tratamento em boa parte dos casos realizado de forma inadequada . Todos esses fatores culminam para aumento de sífilis adquirida, com a possibilidade de relação com o aumento da mortalidade infantil. Diante disso, percebe-se que mesmo com os avanços na prevenção da sífilis, essa doença ainda acomete muitas mulheres, causando tanto sequelas como o aumento da mortalidade infantil.
Referências
Balcı, S. Y., Vural, E. T., & Özçalışkan, Ş. (2019). Intermediate Uveitis as the Initial and Only Presentation of Syphilis. Turkish journal of ophthalmology, 49(5), 297-299.
Benhaddou-Mihoubi, N., Grange, P., & Dupin, N. (2019). Syphilis congénitale. Revue Francophone des Laboratoires, 2019(509), 60-66.
Brasil. Ministério da Saúde (2019). Boletim Epidemiológico: Sífilis. Brasília,5,1. Disponível em: http://www.aids.gov.br/publicacao/2019/boletim-epidemiologico-de-sifilis. Acesso em: 04 nov. 2019.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais(2015). Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para atenção integral às pessoas com infecções sexualmente transmissíveis. Brasília.
Cavalcante, P. A. D. M., Pereira, R. B. D. L., & Castro, J. G. D. (2017). Sífilis gestacional e congênita em Palmas, Tocantins, 2007-2014. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 26, 255-264.
Cooper, JM & Sánchez, PJ (2018, abril). Sífilis congênita. In Seminars in perinatology (Vol. 42, No. 3, pp. 176-184). WB Saunders.
Costa CC, Freitas LV, Sousa DMN, Oliveira LL, Chagas ACMA, Lopes MVO, et al. Sífilis congênita no Ceará: análise epidemiológica de uma década. Rev Esc Enferm USP 2013; 47(1): 152‐59.
Domingues RM, Saraceni V, Hartz ZM, Leal MdoC. Congenital syphilis: a sentinel event in antenatal care quality. Rev Saúde Pública 2013; 47(1): 147‐56.
Domingues, R. M. S. M., Leal, M. D. C., Pereira, A. P. E., Ayres, B., Sánchez, A. R., & Larouzé, B. (2017). Prevalence of syphilis and HIV infection during pregnancy in incarcerated women and the incidence of congenital syphilis in births in prison in Brazil. Cadernos de saude publica, 33(11), 183-616.
Feldman, J., & Mishra, S. (2019). What could re-infection tell us about R0? a modeling case-study of syphilis transmission. arXiv preprint arXiv:1903.05984.
Ferreira AG, Gomes LA, Medeiros RCT, et al. Perfil dos Casos de Sífilis Congênita no Município de Natal /RN no Período de 2007 a 2015. Saúde em Foco 2018; 5 (1):3-27.
Forrestel, AK, Kovarik, CL & Katz, KA (2019). Sífilis sexualmente adquirida. Parte 1: Aspectos históricos, microbiologia, epidemiologia e manifestações clínicas. Jornal da Academia Americana de Dermatologia.
Guinsburg, R., & Santos, A. M. N. D. (2010). Critérios diagnósticos e tratamento da sífilis congênita. Documento Científico–Departamento de Neonatologia. Sociedade Brasileira de Pediatria, 20.
Heston, S., & Arnold, S. (2018). Sífilis em crianças. Clinicas de Doenças Infecciosas , 32 (1), 129-144.
Manolescu, LSC, Boeru, C., Ubuntu, C., Dragomirescu, CC, Goldis, M., Jugulete, G., ... & Popa, MI (2019). Uma experiência romena de sífilis na gravidez e no parto. Obstetrícia , 78 , 58-63.
Nonato, S. M., Melo, A. P. S., & Guimarães, M. D. C. (2015). Sífilis na gestação e fatores associados à sífilis congênita em Belo Horizonte-MG, 2010-2013. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 24, 681-694.
Nonato, S. M., Melo, A. P. S., & Guimarães, M. D. C. (2015). Sífilis na gestação e fatores associados à sífilis congênita em Belo Horizonte-MG, 2010-2013. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 24, 681-694.
Oliveira, EH, da Silveira, JAV, de Castro Sampaio, SS, Verde, RMCL, Soares, LF e Costa, SCR (2020). Análise de casos notificados de sífilis em gestantes no estado da Paraíba. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento , 9 (1), 1-13.
Padovani, C., Oliveira, R. R. D., & Pelloso, S. M. (2018). Sífilis na gestação: associação das características maternas e perinatais em região do sul do Brasil. Rev Latino-Am Enfermagem, 26, 1-10.
Pan American Health Organization. (2017). Elimination of mother-to-child transmission of HIV and syphilis in the Americas. Update 2016.
Parker, L. A., Deschutter, E. J., Bornay-Llinares, F. J., Hernandez-Aguado, I., Silva, G., del Carmen Piragine, R., & Lumbreras, B. (2012). Clinical and socioeconomic determinants of congenital syphilis in Posadas, Argentina. International Journal of Infectious Diseases, 16(4), 256-261.
Rac, M. W., Revell, P. A., & Eppes, C. S. (2017). Syphilis during pregnancy: a preventable threat to maternal-fetal health. American journal of obstetrics and gynecology, 216(4), 352-363.
Schmidt, R., Carson, P. J., & Jansen, R. J. (2019). Resurgence of Syphilis in the United States: An Assessment of Contributing Factors. Infectious Diseases: Research and Treatment, 12, 1-9.
World Health Organization. Global health sector strategy on sexually transmitted infections 2016–2021. Towards ending STIs. Report. Geneva 2016 June. Report No. WHO/RHR/16.09.
Wu, Y., Gao, J., Qin, J., He, J., Wang, A., Wang, H., ... & Wang, Z. (2019). Mother-to-child transmission prevention of human immunodeficiency virus, syphilis and hepatitis B virus. Women and Birth, 32(6), 570-578.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Evaldo Hipólito de Oliveira
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.