Avaliação epidemiológica da sífilis congênita na região Nordeste do Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6541

Palavras-chave:

Infecção sexualmente transmissível; Cuidado no pré-natal; Saúde materno-infantil.

Resumo

O presente estudo tem por objetivo estudar a prevalência de sífilis congênita no Nordeste do Brasil de 2009-2018. Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo e descritivo de cunho populacional, utilizando-se dados secundários, no qual foi realizada uma pesquisa de casos de Sífilis congênita, obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).  Avaliando aspectos relacionados ao ano de diagnóstico de sífilis congênita no recém-nascidos, na idade gestacional, em informação sobre realização de pré-natal da mãe, escolaridade, faixa etária da gestante e o momento do diagnóstico. Os dados foram Tabulados, utilizando os programas TABNET e Microsoft Office Excel 2019. No período em estudo foram confirmados 56985 casos de recém-nascidos com sífilis na Região Nordeste do Brasil, com média de 5.698,5casos por ano. Em 2018, foi registrado o maior número de casos novos (n=14705), e em 2009, o menor número (n=1983) e apontou-se um aumento na frequência de casos de sífilis congênita a partir de 2009 até 2018. O maior número de casos de sífilis ocorreu em gestantes com fundamental incompleto e de 20 a 39 anos com 3.278 e 14.109   em 2018 respectivamente. A identificação dos casos de sífilis materna foi realizada principalmente no momento do parto (53,2%). Destacou-se ainda a crescente prevalência de pré-natal de 2009 a 2017, com maior ano de 2017, com 5640 notificações.  Assim, o aumento da incidência no período gestacional e a consequente elevação de casos de sífilis congênita só poderá ser minimizada e controlada quando as medidas de prevenção e controle forem satisfatoriamente aplicadas.

Biografia do Autor

Evaldo Hipólito de Oliveira, Universidade Federal do Piauí

Centro de Ciências da Saúde
Curso de Farmácia

Disciplinas de Microbiologia Clínica e Imunologia Clínica

Referências

Cazarin, K. T. L. & Maciel, M. E. D. (2018). Incidência de Sífilis Congênita no Brasil. Revista Saúde e Desenvolvimento. 12(10): 160-172.

Dantas, L. A., Jerônimo, S. H. N. M., Teixeira, G. A., Lopes, T. R. G., Cassiano, A. N., Carvalho, J. B. L. (2017). Perfil epidemiológico de sífilis adquirida diagnosticada e notificada em hospital universitário materno infantil. Revista eletrônica Trimestral de Enfermagem. 46: 227-236, Abr.

Domingues, R. M. S. M. & Leal, M. C. (2016). Incidência de sífilis congênita e fatores associados à transmissão vertical da sífilis: dados do estudo Nascer no Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 32(6): e00082415, jun.

Feitosa, J. A. S., Rocha, C. H. R., Costa, F. S. (2016). Artigo de Revisão: Sífilis congênita. Rev Med Saude Brasilia ; 5(2): 286-97.

Guimarães, T. A., Alencar, L. C. R., Fonseca, L. M. B., Gonçalves, M. M. C., Silva, M. P. (2018). Sífilis em gestantes e sífilis congênita no Maranhão. Arq. Ciênc. Saúde. 25(2): 24-30, abr-jun.

Holzmann, A. P. F., Barros, S. M. O., Silva, C. S. O., Barbosa, D. A. (2018). Sífilis materna e sífilis congênita: avaliação da assistência hospitalar.Temas em Saúde. João Pessoa. 18(3):148-177.

Motta, I. A. et al. (2018). Sífilis congênita: por que sua prevalência continua tão alta?. Rev Med Minas Gerais; 28 (Supl.6): e-S280610.

Nonato, S. M., Melo, A. P. S., Guimarães, M. D. C. (2015). Sífilis na gestação e fatores associados à sífilis congênita em Belo Horizonte-MG, 2010-2013. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 24(4), 681-694.

Ramos, M. G. & Boni, S. M. (2018). Prevalência da sífilis gestacional e congênita na população do município de Maringá – PR. Revista Saúde e Pesquisa,11(3):517-526, set.,-dez.

Silva, G. C. B. & Rodrigues, F. F. (2018). Fisiopatologia da sífilis congênita. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento.10 (04): 122-136, Out.

Silva, I. M. D., Leal, E. M., Pacheco, H. F., Júnior, J. G. S., Silva, F. S. (2019). Perfil epidemiológico da sífilis congênita. Rev enferm., UFPE, Recife, 13(3):604-13, mar.

Sonda, E. C., Richter, F. F., Boschetti, G., Casasola, M. P., Krumel, C. F., Machado, C. P. H. (2013). Sífilis Congênita: uma revisão da literatura. Rev Epidemiol Control Infect. 3(1): 28-30.

Souza, B. O. S. O., Rodrigues, R. M., Gomes, R, M, L. (2018). Análise epidemiológica de casos notificados de sífilis. Rev Soc Bras Clin Med. 16(2): 94-8.

Souza, L. A., Oliveira, I. S. B., Lenza, N. F. B., Rosa, W. A. G., Carvalho, V. V., Zeferino, M. G. M. (2018a). Ações de enfermagem para prevenção da sífilis congênita: uma revisão bibliográfica. Revista de Iniciação Científica da Libertas, 8(1): 108-120, ago.

Downloads

Publicado

02/08/2020

Como Citar

HOLANDA, E. C.; SILVA, L. C. da .; BRITO, M. C. de S.; SOUSA, P. C. M. de .; OLIVEIRA, E. H. de . Avaliação epidemiológica da sífilis congênita na região Nordeste do Brasil. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 8, p. e914986541, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i8.6541. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/6541. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde