Predisposição à eventos adversos em Unidade de Terapia Intensiva

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6627

Palavras-chave:

Segurança do paciente; Eventos adversos; Unidade de Terapia Intensiva; Estrutura; Processo; Erros.

Resumo

Este estudo objetivou identificar a predisposição à ocorrência de eventos adversos em unidades de terapia intensiva. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem quantitativa, transversal, do tipo survey. O estudo foi realizado no Centro de Terapia Intensiva de um hospital de referência do estado do Ceará. A população do estudo foi composta pelos enfermeiros que atuavam na assistência das três UTI adulto. A coleta de dados foi realizada por meio de um instrumento que avalia a predisposição da unidade à eventos adversos por meio da percepção de enfermeiros. O domínio Estrutura obteve uma média percepção de aspectos que podem predispor a ocorrência de eventos adversos. Já o domínio Processo obteve uma baixa percepção de aspectos que podem predispor a ocorrência de eventos adversos. Espera-se que em ambos os domínios obtenham uma baixa percepção de aspectos que possam predispor à ocorrência de eventos adversos. A assistência encontra-se comprometida quanto ao domínio Estrutura, tendo como destaque algumas fragilidades específicas, como a capacitação continuada da equipe de enfermagem, que deve ser reforçada, assim como é necessário a comissão de educação continuada se fazer presente no ambiente da assistência, principalmente no CTI. Quanto aos aspectos de processo presentes na assistência, de um modo geral, os enfermeiros mostraram uma baixa percepção da presença de tais aspectos que pudessem predispor à ocorrência de eventos adversos. Desta forma, deve-se fortalecer aspectos de processo.

Biografia do Autor

Káren Maria Borges Nascimento, Hospital Geral de Fortaleza

Enfermeira com Residência em Terapia Intensiva pelo Hospital Geral de Fortaleza. Fortaleza, CE, Brasil.

Rhanna Emanuela Fontenele Lima de Carvalho, Universidade Estadual do Ceará

Enfermeira, Doutora em Enfermagem Fundamental. Professora Adjunta da Universidade Estadual do Ceará. Fortaleza, CE, Brasil.

Ana Lívia Araújo Girão, Universidade Estadual do Ceará

Enfermeira, Mestre em Cuidados Clínicos em Saúde. Enfermeira do Instituto Dr. José Frota. Fortaleza, CE, Brasil.

Gislene Holanda de Freitas, Hospital Geral de Fortaleza

Enfermeira Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual do Ceará, coordenadora da UTI do Hospital Geral de Fortaleza, Brasil.

Referências

Brasil (2012). Resolução CNS n.º 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União, Brasília. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html

Brasil. (2013). Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa – RDC n°. 36, de 25 de julho de 2013. Institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2013/rdc0036_25_07_2013.html

Costa, T. D., Salvador, P. T. C. O., Rodrigues, C. C. F. M., Alves, K. Y. A., Tourinho, F. S. V., & Santos, V. E. P. (2016). Percepção de profissionais de enfermagem acerca de segurança do paciente em unidades de terapia intensiva. Rev Gaúcha Enferm., 37(3), e61145. doi:10.1590/1983-1447.2016.03.61145

Couto, R. C., Pedrosa, T. M. G., Roberto, B. A. D., Daibert, P. B., Abreu, A. C. C., & Leão, M. L. (2018). II Anuário da segurança assistencial hospitalar no Brasil [Internet]. Belo Horizonte: Instituto de Estudos de Saúde Suplementar. Recuperado de: http://www.iess.org.br/cms/rep/Anuario2018.pdf

Gil, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas.

Hochman, B., Nahas, F. X., Oliveira Filho R. S., Ferreira, L. M. (2005). Desenhos de pesquisa. Acta Cirurgica Brasileira, 20(Suppl. 2) 2-9. doi:10.1590/S0102-86502005000800002

Kohn, L. T., Corrigan, J. M., Donaldson, M. S., Mckay, T., & Pike, K. C. (2000). To err is human. Washington, DC: National Academy Press.

Leitão, I. M. T. A., Sousa, F. S. P., Santiago, J. C. S., Bezerra, I. C., & Morais, J. B. (2017). Absenteeism, turnover, and indicators of quality control in nursing care: a transversal study. Online braz j nurs [internet]. 16 (1), 119-129. doi:10.17665/1676-4285.20175623

Lima, K. P., Barbosa, I. V., Martins, F. L. M., Alencar, S. R. M., & Cestari, V. R. F. (2017). Fatores contribuintes para ocorrência de eventos adversos em unidade de terapia intensiva: perspectiva do enfermeiro. Rev. enferm. UFPE on line, 11(3), 1234-1243. Recuperado de: http://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/download/13499/16230

Lobão, W. M. (2012). Construção, validação e normatização da escala de predisposição à ocorrência de eventos adversos (EPEA). [Dissertação de mestrado, Universidade Federal da Bahia, Escola de Enfermagem]. http://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/12269/1/ DISSER_PGENF_WILLIAN_302.pdf

Lobão, W. M., & Menezes, I. G. (2017). Atitude dos enfermeiros e predisposição da ocorrência de eventos adversos em Unidade de Terapia Intensiva. Rev. enferm. UFPE on line, 11(supl.5), 1971-1979. Recuperado de: http://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem /article/viewFile /23350/18963

Matsuba, C. S. T., & Ciosak, S. I. (2017). Movimento pela segurança na terapia nutricional enteral: o que há de novo com os dispositivos? BRASPEN J., 32 (2), 175-182. Recuperado de: http://www.braspen.com.br/home/wp-content/uploads/2017/08/15-AA-Movimento-pela-seguran%C3%A7a.pdf.

Miot, H. A. (2018). Análise de correlação em estudos clínicos e experimentais. Jornal Vascular Brasileiro, 17(4), 275-279. doi:10.1590/1677-5449.174118

Miralha, M. A. P., & Cruz, I. C. F. (2016). Patient safety catheter infection prevention of venous central: systematized review of literature for clinical protocol. Journal of Specialized Nursing Care, [S.l.], 8 (1). Retrieved from: http://www.jsncare.uff.br/index.php/jsncare /article/view/2820/691.

Novaretti, M. C. Z., Santos, E. V., Quitério, L. M., & Daud-Gallotti, R. M. (2014). Sobrecarga de trabalho da Enfermagem e incidentes e eventos adversos em pacientes internados em UTI. Revista Brasileira de Enfermagem, 67(5), 692-699. doi:10.1590/0034-7167.2014670504

Polit, D. F., & Beck, C. T. (2012). Nursing research: generating and assessing evidence for nursing practice. 9. ed. Philadelphia: Wolters Kluwer Health/Lippincott Williams & Wilkins.

Rezende, R., Oliveira, J. E. E., & Friestino, J. K. O. (2017). A educação permanente em enfermagem e o uso das tecnologias: uma revisão integrativa. R. Interd., 10 (1), 190-199. Recuperado de: http://revistainterdisciplinar.uninovafapi.edu.br/index.php/revinter/ article/view/946.

Sales, C. B., Bernardes, A., Gabriel, C. S., Brito, M. F. P., Moura, A. A., & Zanetti, A. C. B. (2018). Protocolos Operacionais Padrão na prática profissional da enfermagem: utilização, fragilidades e potencialidades. Revista Brasileira de Enfermagem, 71(1), 126-134. doi:10.1590/0034-7167-2016-0621

Siman, A. G., & Brito, M. J. M. (2016). Mudanças na prática de enfermagem para melhorar a segurança do paciente. Rev Gaúcha Enferm., 37 (esp):e68271. doi:10.1590/1983-1447.2016. esp.68271

Sinésio, M. C. T., Magro, M. C. S., Carneiro, T. A., & Silva, K. G. N. (2018). Fatores de risco às infecções relacionadas à assistência em unidades de terapia intensiva. Cogitare Enferm., 23 (2), e53826. doi:10.5380/ce.v23i2.53826

Tomazoni, A., Rocha, P. K., Ribeiro, M. B., Serapião, L. S., Souza, S., & Manzo, B. F. (2017). Segurança do paciente na percepção da enfermagem e medicina em unidades de terapia intensiva neonatal. Revista Gaúcha de Enfermagem, 38(1), e64996. doi:10.1590/1983-1447.2017.01.64996

Trettene, A. S., Ferreira, J. A. F., Mutro, M. E. G., Tabaquim, M. L. M., & Razera, A. P. R. (2016). Estresse em profissionais de enfermagem atuantes em Unidades de Pronto Atendimento. Boletim - Academia Paulista de Psicologia, 36(91), 243-261. Recuperado de: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-711X2016000200002 &lng=pt&tlng=pt.

WHO. (2009). Patient Safety. The conceptual framework for the International Classification for Patient Safety v1.1. Final technical report and technical annexes [Internet]. World Health Organization. Geneva. Retrieved from: http://www.who.int/patientsafety/implementation/ taxonomy /publications/en/.

Downloads

Publicado

30/07/2020

Como Citar

NASCIMENTO, K. M. B.; CARVALHO, R. E. F. L. de; GIRÃO, A. L. A.; FREITAS, G. H. de. Predisposição à eventos adversos em Unidade de Terapia Intensiva. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 8, p. e829986627, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i8.6627. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/6627. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde