Perfil epidemiológico do trauma maxilofacial pediátrico: estudo retrospectivo de 20 anos de pacientes atendidos por serviço de pós-graduação universitária de Araçatuba, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6722Palavras-chave:
Pediatria; Traumatologia; Epidemiologia.Resumo
O objetivo deste estudo é apresentar uma análise retrospectiva de 20 anos dos casos de pacientes pediátricos acometidos por traumas facias, atendidos pela equipe de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial da Faculdade de Odontologia de Araçatuba UNESP, Brazil, e mostrar a incidência desses tipos de trauma, assim como fatores etiológicos mais comuns, idade e sexo de pacientes pediátricos que sofreram algum tipo de fratura e mostrar como as característcas socias e culturais da papulação alteram diretamente a epidemiologia dessas moléstias em determinada região. Para tanto, foi realizado levantamento retrospectivo nos registros médicos de pacientes com até 12 anos de idade, de acordo com os critérios de elegibilidade adotados pelo estudo, em um período de 20 anos. O teste do qui-quadrado foi utilizado para comparar os grupos e a correlação de Pearson para verificar a associação entre as variáveis. Dos 312 prontuários analisados, as fraturas faciais foram registradas em 263 (84%), evidenciando uma alta incidência de fraturas na população estudada, sendo que a maioria delas ocorreu no sexo masculino e a principal fonte de trauma foi relacionada a eventos de alto impacto, como acidentes de trânsito, que causaram a prevalência de fraturas no terço médio da face. Dessa forma, é possível concluir que a morbimortalidade infantil por trauma maxilofacial foi alta em nosso estudo, mas vale ressaltar que esses números podem ser reduzidos com medidas de educação e segurança no trânsito, tanto para crianças quanto para adultos, os verdadeiros responsáveis por essa casuística.
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