Rotas inflamatórias envolvidas na hipertrofia no tecido adiposo e o efeito do Açaí (Euterpe oleracea Martius) na modulação desse processo: uma revisão

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.6813

Palavras-chave:

Inflamação; Açaí; Doenças Crônicas; Euterpe oleracea martius

Resumo

O tecido adiposo desempenha um papel importante na inflamação crônica e a presença de compostos bioativos nos alimentos tem sido amplamente discutida como um meio de prevenção e tratamento de várias condições patológicas. O objetivo desta revisão é promover uma visão geral e elucidar as vias envolvidas no processo inflamatório crônico desencadeado pela hipertrofia do tecido adiposo e discutir dados relacionados ao uso do Açaí na modulação da inflamação. Inicialmente, foi realizada uma revisão narrativa das vias metabólicas e moleculares envolvidas no processo de inflamação crônica subclínica (NF-κB, AP-1, crosstalk entre macrófagos e adipócitos, aumento de LPS e via do Nrf2). Em seguida, uma revisão integrativa foi realizada sobre o efeito do Açaí nos processos de inflamação subclínica crônica em humanos. O banco de dados consultado foi o PubMed, no qual o nome da fruta foi cruzado com os descritores "inflamação" e "doenças crônicas", priorizando estudos in vivo e in vitro relacionados à espécie humana, realizados nos últimos dez anos. Observou-se que os efeitos imunomoduladores do Açaí são cada vez mais claros, no entanto, não são suficientes para classificar o fruto como uma ferramenta no tratamento e prevenção de doenças metabólicas. Para possibilitar inferências mais abrangentes, é necessário que estudos futuros incluam a avaliação da biodisponibilidade dos compostos bioativos presentes, além de serem realizados utilizando-se métodos mais adequados, com seres humanos, contendo cálculo do tamanho da amostra, grupo controle e placebo.

Biografia do Autor

Tamires Cássia de Melo Souza, Universidade Federal de Minas Gerais

Nutricionista

Doutoranda do PPGCA da Faculdade de Farmácia da UFMG

Referências

Akira, S.; Taga, T & Kishimoto, T. (1993). Interleukin-6 in biology and medicine. Advances in immunology. 54: 1-78. https://doi.org/10.1016/s0065-2776(08)60532-5.

Albertoni, G. & Schor, N. (2015). Resveratrol plays important role in protective mechanisms in renal disease-mini-review. Jornal Brasileiro de Nefrologia. 37(1): 106-114. https://doi.org/10.5935/0101-2800.20150015.

Alqurashi, R. M. et al. (2016). Consumption of a flavonoid-rich ac¸ ai meal is associated with acute improvements in vascular function and a reduction in total oxidative status in healthy overweight men. The American Journal of Clinical Nutrition. 104(5):1227-1235. https://doi.org/10.3945/ajcn.115.128728.

Barbieri, A. F. & Mello R. A. (2012). As causas da obesidade: uma análise sob a perspectiva materialista histórica. Revista da Faculdade de Educação Física da UNICAMP. 10: 133-153. https://doi.org/10.20396/conex.v10i1.8637693.

Barbosa, P. O. et al. (2016). Açai (Euterpe oleracea Mart.) pulp dietary intake improves cellular antioxidant enzymes and biomarkers of serum in healthy women. Nutrition. 32(6): 674-680. https://doi.org/10.1016/j.nut.2015.12.030.

Basho, S. M. & Bin, M. C. (2010). Propriedades dos alimentos funcionais e seu papel na prevenção e controle da hipertensão e diabetes. Interbio. 4(1): 48-58. https://docplayer.com.br/3691732-Propriedades-dos-alimentos-funcionais-e-seu-papel-na-prevencao-e-controle-da-hipertensao-e-diabetes.html

Bastos, D. H. M., Rogero, M. M. & Arêas, J. A. G. (2009). Mecanismos de ação de compostos bioativos dos alimentos no contexto de processos inflamatórios relacionados à obesidade. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia. 53(5): 646-656. https://doi.org/10.1590/S0004-27302009000500017.

Bezerra, A. P. M. & Oliveira, D. M. (2013). Metabolic syndrome: molecular basis and reasons for interaction with obesity. Demetra: Food, Nutrition and Health. 8(1): 63-91. https://doi.org/10.12957/demetra.2013.7989.

Bielemann, R. M. et al. (2015) Consumo de alimentos ultraprocessados e impacto na dieta de adultos jovens. Revista de Saúde Pública. 49:28. https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049005572.

Caballero-Gutiérrez, L. & Gonzáles, G. F. (2016). Alimentos com efecto anti-inflamatorio. Acta Médica Peruana. 33(1): 50-64. http://www.scielo.org.pe/pdf/amp/v33n1/a09v33n1.pdf.

Cardoso, L. M., Leite, J. P. V. & Peluzio, M. C. G. (2011). Efeitos biológicos das antocianinas no processo aterosclerótico. Revista Colombiana de Ciências Químico Farmacêuticas. 40(1): 116-138. http://www.scielo.org.co/pdf/rccqf/v40n1/v40n1a07.pdf.

Carvalho, M. H. C., Colaço, A. L. & Fortes, Z. B. (2006). Citocinas, disfunção endotelial e resistência à insulina. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia. 50(2): 304-312. https://doi.org/10.1590/S0004-27302006000200016.

Costa, J. V. & Duarte, J. S. (2006). Tecido adiposo e adipocinas. Acta Médica Portuguesa. 19(3): 251-256. http://files.dermatofuncional.webnode.com.br/200000176-9f931a08d1/adipocinas.pdf.

Costa, Z. G. et al. (2015). Estudo da estabilidade de antocianinas extraídas dos frutos de açaí (Euterpea oleracea Mart.). Blucher Chemical Engineering Proceedings. 1(3): 2177-2182. https://doi.org/10.5151/chemeng-cobeqic2015-365-33974-260982.

Dias, M. M. et al. (2015). Anti-inflammatory activity of polyphenolics from acai (Euterpe oleracea Martius) in intestinal myofibroblasts CCD-18Co cells. Food and function. 6(10): 3249-3256. https://doi.org/10.1039/C5FO00278H.

Esser, N., S. et al. (2014). Inflammation as a link between obesity, metabolic syndrome and type 2 diabetes. Diabetes Research and Clinical Practice. 105(2): 141-150. https://doi.org/10.1016/j.diabres.2014.04.006.

Fan, X. et al. (2015). Trilobatin attenuates the LPS-mediated inflammatory response by Suppressing the NF-jB signaling pathway. Food chemistry. 166: 609-615. https://doi.org/10.1016/j.foodchem.2014.06.022.

Ford, C. T. et al. (2016). Identification of (poly)phenol treatments that modulate the release of pro-inflammatory cytokines by human lymphocytes. The British Journal of Nutrition. 115(10): 1699-710. https://doi.org/10.1017/S0007114516000805.

Geraldo, J.M. & Alfenas, R. C. G. (2008). Papel da dieta na prevenção e no controle da inflamação crônica – evidências. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia. 52(6):951-67. https://doi.org/10.1590/S0004-27302008000600006.

Godoy-Matos, A. F.et al. (2014). Adipocinas: uma visão geral dos seus efeitos metabólicos. Revista HUPE. 13: 54-60. doi:10.12957/rhupe.2014.9806.

Gomes, S.F. et al. (2016). What is the role of inflammatory mediators on energy metabolism?. Inflammation and Cell Signaling. doi: 10.14800/ics.1189.

Gottlieb, M. G. V., Morassutt, A. L. & Cruz, I. B. M. (2011). Transição epidemiológica, estresse oxidativo e doenças crônicas não transmissíveis sob uma perspectiva evolutiva. Scientia Medica. 21 (2): 68-80. https://pdfs.semanticscholar.org/e7df/bdef27634c15f31ebfa0817098b9ab415942.pdf.

Grenha, A. I., F. et al. (2013). Obesidade e imunodepressão – factos e números. Arquivos de Medicina. 27(5): 192-202. http://www.scielo.mec.pt/pdf/am/v27n5/v27n5a02.pdf.

Kim, H., S. Y. et al. (2018). Acai (Euterpe oleracea Mart.) beverage consumption improves biomarkers for inflammation but not glucose- or lipid-metabolism in individuals with metabolic syndrome in a randomized, double-blinded, placebo-controlled clinical trial. Food and function. 20;9(6):3097-3103. https://doi.org/10.1039/C8FO00595H.

Leite, L. D. et al. (2009). Obesidade: uma doença inflamatória. 2(2): 85-95. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3995644/mod_resource/content/0/Debate%20obesidade%205%20inflamac%CC%A7a%CC%83o%20.pdf.

Li, F. Y. et al. (2011). Cross-talk between adipose tissue and vasculature: role of adiponectin. Acta Physiologica (Oxford, England). 203: 167-80. https://doi.org/10.1111/j.1748-1716.2010.02216.x.

Lopes, T., M. F. et al. (2007). Antocianinas: uma breve revisão das características estruturais e da estabilidade. Revista Brasileira de Agrociência. 13(3): 291-297. http://www2.ufpel.edu.br/faem/agrociencia/v13n3/artigo02.pdf.

Ma, Q. (2013). Role of Nrf2 in oxidative stress and Toxicity. Annual Review of Pharmacology and Toxicology. 53: 401-426. https://doi.org/10.1146/annurev-pharmtox-011112-140320.

Malta, D. C. et al. (2015). A vigilância e o monitoramento das principais doenças crônicas não transmissíveis no Brasil - Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Revista Brasileira de Epidemiologia. 18(2):3-16. https://doi.org/10.1590/1980-5497201500060002.

Markakis, P. (1982). Stability of Anthocyanins in foods. In: Markasis P. Anthocyanins in color foods. Academic Press. 163-180. https://doi.org/10.1590/S0101-20612011000300033.

Minighin, E. C. et al. (2020). Açai (Euterpe oleracea) e suas contribuições para alcance da ingestão diária aceitável de ácidos graxos essenciais. Research, Society and Development, 9(8):1-26. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6116.

Miranda, V. P. N. et al. (2014). Marcadores inflamatórios na avaliação nutricional: relação com parâmetros antropométricos, composição corporal e níveis de atividade física. RASBRAN - Revista da Associação Brasileira de Nutrição. 6: 61-72. https://www.rasbran.com.br/rasbran/article/view/165.

Nguyen, T., Nioi, P & Pickett, C. B. (2009). The Nrf2-antioxidant response element signaling pathway and its activation by oxidative stress. Journal of Biological Chemistry. 284(20): 13291-13295. doi: 10.1074/jbc.R900010200.

Oliboni, L., Casarin, J. N. & Chielle, E. O. (2016). Correlação entre a concentração sérica de IL-6 e biomarcadores de resistência insulínica em adultos jovens obesos. Clinical and Biomedical Research. 36(3): 148-155. https://seer.ufrgs.br/hcpa/article/view/65335.

Oliveira, A. G., Costa, M. C. D & Rocha, S. M. B. M. (2015). Benefícios Funcionais do Açaí na Prevenção de Doenças Cardiovasculares. Journal of Amazon Health Science. 1(1): 1-10.

Oliveira, D. M. D. & Bastos, D. H. M. (2011). Biodisponibilidade de ácidos fenólicos. Química Nova, 34(6): 1051-1056. http://producao.usp.br/handle/BDPI/12831.

Oliveira, M. L. M. & Nunes-Pinheiro, D. C. S. (2013). Biomarcadores celulares e moleculares envolvidos na resposta imune-inflamatória modulada por ácidos graxos insaturados. Acta Veterinaria Brasilica. 7(2): 113-124. https://doi.org/10.21708/avb.2013.7.2.2999.

Omran, A. B. (2005). The epidemiological transition: a theory of the epidemiology of population change. The Milbank Quarterly. 83 (4): 731–57.

Pala, D. et al. (2017). Açai (Euterpe oleracea Mart.) dietary intake affects plasma lipids, apolipoproteins, cholesteryl ester transfer to high-density lipoprotein and redox metabolism: A prospective study in women. Clinical Nutrition. 37(2):618-623. https://doi.org/10.1016/j.clnu.2017.02.001.

Pereira, I. S. et al. (2015). The consumption of acai pulp changes the concentrations of plasminogen activator inhibitor-1 and epidermal growth factor (EGF) in apparently healthy women. Nutricion Hospitalaria. 32(2): 931-945. doi:10.3305/nh.2015.32.2.9135.

Portinho, J. A., Zimmermann, L. M. & Bruck, M. R. (2012). Efeitos benéficos do Açaí. International Journal of Nutrology. 5(1): 15-20. doi: 10.1055/s-0040-1701423.

Poulose, S. M. et al. (2012). Anthocyanin-rich açai (Euterpe oleracea Mart.) fruit pulp fractions attenuate inflammatory stress signaling in mouse brain BV-2 microglial cells. Journal of agricultural and food chemistry. 60(4): 1084-1093. https://doi.org/10.1021/jf203989k.

Reginato, F. Z., Silva, A. R. H. & Bauermann, L. F. (2015). Avaliação do uso de flavonoides no tratamento da inflamação. Revista Cubana de Farmacia. 49(3): 569-582. https://www.medigraphic.com/pdfs/revcubfar/rcf-2015/rcf153p.pdf.

Rêgo Júnior, N. O., L. G. et al. (2011). Compostos bioativos e atividade antioxidante de extratos brutos de espécies vegetais da caatinga. Brazilian Journal of Food Technology. 14(1): 50-57. doi: 10.4260/BJFT2011140100007.

Rowe, C. A. et al. (2011). Regular consumption of concord grape juice benefits human immunity. Journal of Medicinal Food. 14(1-2):69-78. https://doi.org/10.1089/jmf.2010.0055.

Sena, D. N. et al. (2015). Farinha de resíduos de processamento de frutas tropicais: determinação dos seus potenciais antioxidante. Blucher Chemical Engineering Proceedings. 1(2): 4856-4861. doi: 10.5151/chemeng-cobeq2014-1671-18131-183203.

Serra, D. et al. (2013). Cyanidin-3-Glucoside suppresses cytokine-induced inflammatory response in human intestinal cells: comparison with 5-aminosalicylic acid. Plos one 9(8): 1-9. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0073001.

Silva, J. V. F. et al. (2015). A relação entre o envelhecimento populacional e as doenças crônicas não transmissíveis: sério desafio de saúde pública. Ciências Biológicas e da Saúde. 2(3): 91-100. https://periodicos.set.edu.br/index.php/fitsbiosaude/article/view/2079/1268.

Silveira, M. R. et al. (2009). Correlação entre obesidade, adipocinas e sistema imunológico. Revista Brasileira de Cineantropomometria e Desempenho Humano. 11(4): 466-472. https://periodicos.ufsc.br/index.php/rbcdh/article/viewFile/1980-0037.2009v11n4p466/16524.

Silveira, P. P. et al. (2007). Developmental origins of health and diseases (DOHaD). Jornal de Pediatria. 83(6): 494-504. https://www.scielo.br/pdf/jped/v83n6/v83n6a04.pdf.

Soares, E. R. et al. (2015). Compostos bioativos em alimentos, estresse oxidativo e inflamação: uma visão molecular da nutrição. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto. 14(3): 64-72. https://doi.org/10.12957/rhupe.2015.19942.

Souza, E. B. (2010) Transição nutricional no Brasil: análise dos principais fatores. 2010. Cadernos UniFOA. 13: 49-53. http://web.unifoa.edu.br/cadernos/edicao/13/49.pdf.

Souza, M. O. et al. (2010). Diet supplementation with acai (Euterpe oleracea Mart.) pulp improves biomarkers of oxidative stress and the serum lipid profile in rats. Nutrition. 26(7): 804-810. https://doi.org/10.1016/j.nut.2009.09.007.

Stull, A. J. et al. (2010). Bioactives in blueberries improve insulin sensitivity in obese, insulin-resistant men and women. Journal of Nutrition. 140 (10):1764-8. https://doi.org/10.3945/jn.110.125336.

Tomé-Carneiro, J. et al. (2012). One-year consumption of a grape nutraceutical containing resveratrol improves the inflammatory and fibrinolytic status of patients in primary prevention of cardiovascular disease. The American Journal of cardiology. 110 (3): 356-363. https://doi.org/10.1016/j.amjcard.2012.03.030.

Udani, J. K. et al. (2011). Effects of Acai (Euterpe oleracea Mart.) berry preparation on metabolic parameters in a healthy overweight population: a pilot study. Nutrition Journal. 10(45):1-7. http://www.nutritionj.com/content/10/1/45.

Valente, M. A. S. et al. (2014). Nutrigenômica/nutrigenética na elucidação das doenças crônicas. HU Revista. 40(3): 239-248. https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/2479.

Vizzoto, M. (2012). Propriedades funcionais das pequenas frutas. Informe Agropecuário. 33(268): 84-88. https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/69753/1/Marcia-Vizzotto-p84-88.pdf.

Wensveen, F. M.S. et al. (2015). The “Big Bang” in obese fat: events initiating obesity-induced adipose tissue inflammation. Europian Journal of Immunology. 45(9):2446-56. https://doi.org/10.1002/eji.201545502.

Weseler, A. R. et al. (2011). Pleiotropic benefit of monomeric and oligomeric flavanols on vascular health--a randomized controlled clinical pilot study. Plos One. 6(12):e28460.

Wood, I. S. et al. (2009). Cellular hypoxia and adipose tissue dysfunction in obesity. The Proceedings of Nutrition Society. 68(4): 370-377. https://doi.org/10.1017/S0029665109990206.

Downloads

Publicado

11/08/2020

Como Citar

SOUZA, T. C. de M.; SOUZA, G. V. de M.; VOLP, A. C. P. Rotas inflamatórias envolvidas na hipertrofia no tecido adiposo e o efeito do Açaí (Euterpe oleracea Martius) na modulação desse processo: uma revisão. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 9, p. e62996813, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i9.6813. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/6813. Acesso em: 3 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde