Mortalidade materna no município do Rio de Janeiro entre os anos de 2015 e 2019: um estudo retrospectivo
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.6815Palavras-chave:
Mortalidade materna; Saúde da mulher; Sistema de informação.Resumo
Introdução: a mortalidade materna é um problema de saúde pública em todo o mundo. Objetivo: descrever o perfil epidemiológico da mortalidade materna no município do Rio de Janeiro entre os anos de 2015 a 2019. Metodologia: estudo descritivo e retrospectivo realizado mediante da coleta de dados secundários do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc), disponíveis por meio do site de acesso público do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus). Foram calculadas a razão de mortalidade materna e as proporções das variáveis sociodemográficas e das causas básicas dos óbitos. Os dados foram alocados e analisados nos softwares tabwin e Microsoft Excel. Resultados: ocorreram 571 óbitos maternos de residentes do município do Rio de Janeiro, sendo excluídos neste estudo 46% (N=263) dos óbitos classificados como tardios, sendo analisados assim 308 óbitos maternos. A razão de mortalidade materna foi maior na área programática (AP) 5.3, seguida da AP 3.3. Os óbitos maternos predominaram em mulheres solteiras (65,3%), na faixa etária de 30 a 39 anos (40,6%), cor parda (47,1%), com 4 a 7 anos de escolaridade (41,6%) e “do lar” (40,9%). A maior proporção dos óbitos analisados foi por causas diretas (60,4%). Dentre esse tipo de causa, as mais evidentes foram as síndromes hemorrágicas, transtornos hipertensivos, infecção puerperal, embolia e aborto. Conclusão: os resultados deste estudo evidenciaram um cenário caracterizado por elevada mortalidade materna no município do Rio de Janeiro, atingindo gestantes e puérperas das áreas mais carentes.
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