Perfil dos pacientes com feridas tumorais malignas atendidos em um hospital universitário: estudo descritivo
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6825Palavras-chave:
Enfermagem oncológica; Ferimentos e lesões; Cuidados paliativos.Resumo
Objetivo: Caracterizar o perfil clínico e sociodemográfico dos pacientes com feridas tumorais malignas atendidos em hospital universitário. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa realizado no Hospital Universitário Antonio Pedro entre o período de 2014 e 2016. Aplicou-se um formulário semiestruturado para registro de dados clínicos e sociodemográficos de prontuários para análise documental e durante acompanhamento das consultas de enfermagem, sendo analisados pela média de tendência central. Resultados: A amostra foi composta por 13 pacientes, sendo (76,92%) do sexo feminino e (23,08%) masculino com idade entre 29 e 75 anos, com média de 59 anos. Maior parte encontrava-se em cuidados paliativos (53,83%) com predominância de Karnofsky Performance Status de 40% (23,08%). Apresentou-se câncer de mama em (53,85%) da amostra, com etiologia carcinoma ductal infiltrante (46,15%). As lesões localizaram-se predominante em mama (53,85%), do tipo ferida ulcerativa maligna (53,85%) em estadiamento III (46,15%), com desenvolvimento após a cirurgia de ressecção do tumor (30,77%) e espontaneamente (30,77%). Registraram-se os seguintes sintomas: dor (92,30%), exsudato (84,62%), sangramento (53,85%) e odor (38,46%), com predomínio de utilização dos seguintes produtos de cobertura de feridas: óleo mineral (69,23%) e Metronidazol (23,08%). Conclusão: Os pacientes com câncer de mama e do sexo feminino apresentam maior prevalência de feridas tumorais malignas e sintomas. Compreender o perfil dos pacientes com essas lesões subsidia ações de cuidado personalizadas às demandas dessa clientela.
Referências
Aguiar, R., & Silva G. (2014). Os cuidados de enfermagem em feridas neoplásicas na assistência paliativa. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto. 11(2), 82-88.
Alexander S. (2009). Malignant fungating wounds: epidemiology, aetiology, presentation and assessment. Journal of wound care, 18(7), 273–280.
Alexander S. (2009). Malignant fungating wounds: key symptoms and psychosocial issues. Journal of wound care, 18(8), 325–329.
Beretta, L., Santos, M., Dos Santos, W., Fuly, P., & Berardinelli L. (2020). Resilience in the process of care in patients with malignant tumor wounds: integrative review. Research, Society and Development, 9(4), e117942922.
Brito, D. T. F., Macêdo, E. L., Agra G, Andrade, F. L. M., Formiga, N. S., & Costa, M. M. L. (2017). Perfil sociodemográfico, clínico e terapêutico de pacientes com feridas neoplásicas. Revista Enfermagem Atual In Derme, 3(18), 88-97.
Castro, M. C. F., Santos, W. A. S., Fuly. P. S. F., Santos,M. L. S. C., & Garcia, T. R. (2017). Intervenções de enfermagem para pacientes oncológicos com odor fétido em ferida tumoral. Aquichan, 17(3), 243-256.
Di Giacomo, D., Cannita, K., Renieri, J., Cocciolone, V., Passafiume, D., & Ficorella, C. (2016). Breast cancer and psychological resilience among young women. J. Psychopathol: 3, 191–195.
Firmino F. (2005). Pacientes portadores de feridas neoplásicas em Serviços de Cuidados Paliativos: contribuições para a elaboração de protocolos de intervenções de enfermagem. Revista Brasileira de Cancerologia, 51(4), 347-359.
Gethin, G., Grocott, P., & Probst S. (2013). Malignant wound management in advanced illness: new insights. Current opinion in supportive and palliative care, 7(1), 101–105.
Gibson, S., & Green, J. (2013). Review of patients' experiences with fungating wounds and associated quality of life. Journal of wound care, 22(5), 265-275.
Gomes, C., & Jesus, C. (2013). Feridas crônicas em cuidados paliativos: revisão bibliográfica. Journal of Aging and Innovation, 2(2).
Gozzo, T., Tahan, F. P., Andrade, M., Nascimento, T. G., & Prado, M. A. S. (2014). Ocorrência e manejo de feridas neoplásicas em mulheres com câncer de mama avançado. Escola Anna Nery, 18(2), 270-276.
Grocott P. (2007). Care of patients with fungating malignant wounds. Nursing standard (Royal College of Nursing (Great Britain), 21(24), 57-62.
Lisboa, I. N. D., & Valença, M. P. (2016). Caracterização de pacientes com feridas neoplásicas. Estima,14(1), 21-28.
Lo, S., Hayter, M., Hu, W., Tai, C., Hsu, M., & Li, Y. F. (2012). Symptom burden and quality of life in patients with malignant fungating wounds. Journal of advanced nursing, 68(6), 1312–1321.
Lo, S., Hayter, M., Hu, W., Tai, C., Hsu, M., & Li, Y. (2008). Experiences of living with a malignant fungating wound: a qualitative study. Journal of clinical nursing, 17(20), 2699–2708.
Lund-Nielsen, B., Adamsen, L., Gottrup, F., Rorth, M., Tolver, A., & Kolmos, H. J. (2011). Qualitative bacteriology in malignant wounds--a prospective, randomized, clinical study to compare the effect of honey and silver dressings. Ostomy Wound Manage, 57(7), 28-36.
Maida, V., Ennis, M., Kuziemsky, C., & Trozzolo, L. (2009). Symptoms associated with malignant wounds: a prospective case series. Journal of pain and symptom management, 37(2), 206–11.
Brito, D. T. F., Nogueira, W. P., Agra, G., Formiga, N. S., & Costa, M. M. L. (2017). Perfil sociodemográfico, clínico e terapêutico de pacientes com feridas neoplásicas. Sociodemographic, clinical and therapeutic profile of patients with neoplastic wounds. Rev enferm UFPE, 11(8), 3039-49.
Pereira, A. S., et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Recuperado de https://repositorio.ufsm.br/bitstream/ handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.
Ponte, D., Ferreira, K., & Costa, N. (2012). O controlo do odor na ferida maligna. Journal of Tissue Regeneration Healing, (1), 38-43.
Probst, S., Arber, A., & Faithfull, S. (2013). Malignant fungating wounds: the meaning of living in an unbounded body. European journal of oncology nursing : the official journal of European Oncology Nursing Society, 17(1), 38–45.
Probst, S., Arber, A., Trojan, A., & Faithfull, S. (2012). Caring for a loved one with a malignant fungating wound. Supportive care in cancer: official journal of the Multinational Association of Supportive Care in Cancer, 20(12), 3065–70.
Probst, S., Arber, A., Trojan, A., & Faithfull S. (2009). Malignant fungating wounds: a survey of nurses' clinical practice in Switzerland. European journal of oncology nursing: the official journal of European Oncology Nursing Society, 13(4), 295–8.
Sacramento, C. J., Reis, P. E. D., Simino, G. P. Z., & Vasques, C. I. (2015). Manejo de sinais e sintomas em feridas tumorais: revisão integrativa. Revista de enfermagem do Centro Oeste Mineiro, 5(1), 1514-27.
Santos, W. A., Fuly, P. S. C., Souto, M. D., Santos, M. L. S. C., & Beretta, L. L. (2019). Association between odor and social isolation in patients with malignant tumor wounds: pilot study. Enfermería Global, 18(53), 19-65.
Santos, W. A. (2016). Associação entre odor, exsudato e isolamento social em pacientes com feridas neoplásicas: um estudo transversal. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Ciências do Cuidado em Saúde) - Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.
Souza, M. A. O., Souza, N, R., Melo, J. T. S., Xavier, M. A. C. A., Almeida, G. L., & Santos, I. C. R. V. (2018). Escalas de avaliação de odor em feridas neoplásicas: uma revisão integrativa. Revista Brasileira de Enfermagem, 71(5), 2552-60.
Tilley, C., Lipson, J., & Ramos M. (2016). Palliative Wound Care for Malignant Fungating Wounds: Holistic Considerations at End-of-Life. The Nursing clinics of North America, 51(3), 513–31.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Willian Alves Dos Santos, PATRÍCIA Dos Santos Claro Fuly, Mauro Leonardo Salvador Caldeira Dos Santos, Marise Dutra Souto, Luiza De Lima Beretta, Maria Cristina Freitas De castro
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.