Processamento e esterilização da pele de rã-touro utlizada como leito para curativo no tratamento de feridas infecciosas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.6902Palavras-chave:
Curativos; Pele de rã-touro; Coberturas eficazes; Inovação tecnológica; Biomateriais.Resumo
A incidência e a prevalência do tratamento de feridas agudas ou mesmo as crônicas demonstram que o impacto psíquico, social e econômico da cronificação de lesões, em especial as úlceras infectadas, representa à segunda causa de afastamento do trabalho, indicando a necessidade de desenvolver tecnologias mais simples e de menor custo de materiais utilizados como bases eficazes de curativos para torná-los acessíveis a maior número de pessoas, pois um dos desafios para o gestor público é o elevado custo operacional, uma vez que a maioria dos componentes utilizados nas coberturas de ferimentos é importada e com tecnologia patenteada por empresas multinacionais. Neste sentido, o presente trabalho objetivou reduzir custos nas técnicas de preparo e assepsia da pele de rã-touro (Lithobates catesbeianus) para viabilizar sua utilização como biomaterial em leito de curativo devido a presença de peptídeos com ação antibiótica. O método de processamento, de descontaminação e de esterilização da pele da rã-touro foi realizado pela autoclavagem. Os resultados das análises microbiológicas na pele de rã-touro pulverizada e autoclavada permitiram verificar que este tipo de esterilização do material foi satisfatório, não registrando a presença de agentes microbianos que inviabilizasse sua utilização como leito de curativo.
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