Atividades aquáticas: contribuições no tratamento de pessoas com doenças crônicas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.6927Palavras-chave:
Envelhecimento; Doença crônica; Osteoartrite; Hidroterapia.Resumo
Trata-se de um estudo de método misto, avaliativo-interpretativo na transversalidade com a pesquisa-ação, realizado no interior da Bahia, no período de setembro-novembro/2015, cujo objetivo foi avaliar o impacto da hidroterapia na percepção dolorosa e funcionalidade de pessoas com Osteoartrite cadastradas em um programa interdisciplinar de cuidados à saúde e averiguar os impactos desta terapia sobre os marcadores de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM) do grupo assistido. As participantes oito idosas, média de idade 63 anos, acompanhadas segundo o questionário Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis Index (WOMAC); questionário Algofuncional de Lequesne; Escala Visual Analógica (EVA); ficha clínica de avaliação da pressão arterial e glicemia capilar; e roteiro sistemático de observação em equipe. Os resultados apontaram evolução do quadro clínico das participantes, expresso por 40,8% de melhora na dor, 46,5% na rigidez e 37,3% no grau de dificuldade para realizar tarefas do cotidiano segundo o WOMAC, refletindo em maior capacidade funcional e diminuição da dor e da rigidez no joelho, reforçada pela redução do acometimento funcional articular em 71%, segundo o índice de Lequesne. Na EVA a percepção de dor, antes 5,3 foi para 3,95 ao término do programa hidroterápico. A HAS mostrou-se dentro dos padrões limítrofes e a DM apresentou redução em um dos três casos existentes. Conclui-se que a hidroterapia auxiliou potencialmente na capacidade funcional, diminuição da dor e no controle dos níveis pressóricos das participantes, ratificando essa terapia nos cuidados à saúde.
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