Espécies vegetais utilizadas em áreas degradadas pela mineração
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v8i3.710Palavras-chave:
Recuperação de Áreas Degradadas; Revegetação; Restauração Ambiental; Fechamento de Mina; Banco de Semente.Resumo
As atividades de explotação mineral são de grande importância e contribuição para a economia brasileira. A exigência do PRAD e cuidados ambientais durante o fechamento de minas, conforme descritos nos processos de EIA/RIMA, são garantias de que o ambiente será devolvido com qualidade e biodiversidade semelhante ao que foi previamente encontrado no início do empreendimento. Transposição do solo, banco de sementes, transposição de galharias, poleiros naturais e artificiais, nucleação e o plantio de mudas são técnicas ambientais comumente utilizadas visando à restauração ambiental. Esta pesquisa busca apresentar as espécies e famílias vegetais mais utilizadas na recuperação de áreas degradadas nas atividades de explotação de minério de ferro. Foi utilizada uma revisão bibliográfica em artigos científicos, teses de doutorados e pesquisa em sites e plataformas científicas digitais com a utilização das palavras chaves: mineração, revegetação, sucessão vegetal, fechamento de mina e espécies arbóreas nos últimos 10 anos. Após análise dos documentos, as espécies arbustivas mais citadas pelos autores foram: M. calodendron, L. pinaster e S. glabra, encontradas em áreas de recuperação ambiental inicial, e Lychnophora pinaster, Symphyopappus brasiliensis, Baccharis serrulata, Chromolaena sp., Trichogonia sp. e Trixis vauthieri, árvores de recuperação intermediária. Pelos artigos recentemente publicados, nota-se que as famílias Asteraceae, Podaceae e Orchidaceae são as que possuem maior número de representantes em áreas de recuperação após a explotação mineral, devido às facilidades de adaptação ao solo exposto ou com baixo recurso nutricional. A maioria dos autores ainda cita o feijão-guandu, capim-gordura, pau-brasil e eucalipto como espécies chaves no reestabelecimento de áreas degradadas. Faz-se necessário a elaboração de um banco de sementes rico e uma catalogação das espécies ambientais das regiões antes da atividade degradadora, garantindo o sucesso da recuperação e manutenção de espécies próprias regionais.
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