Associação entre infecção por Chlamydia trachomatis e parto prematuro: um artigo de revisão

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7105

Palavras-chave:

Chlamydia trachomatis; Prematuro; Gestante.

Resumo

A Chlamydia trachomatis (CT) é a mais comum das infecções sexualmente transmissíveis (IST) por bactérias em todo o mundo. No Brasil são raros os serviços de saúde que oferecem sistematicamente a pesquisa dessa bactéria como parte de uma consulta ginecológica ou de pré-natal. O objetivo deste trabalho foi verificar a relação da Chlamydia trachomatis como um fator de risco para o parto prematuro, mediante as alterações apresentadas durante o período gravídico, e ressaltando a necessidade de medidas preventivas durante o pré-natal. Este estudo faz parte de uma revisão de literatura voltada para a possível correlação entre a infecção por CT em gestantes e o parto prematuro. Ao fazer um levantamento do perfil do estudo foi verificado que a prevalência está dentro da faixa relatada em todo o mundo. O acompanhamento no pré-natal é de grande importância para detecção e tratamento dessa IST tanto para o neonato quando para a mãe, um dos fatores que ainda implicam para esse diagnóstico precoce e de suma importância é a realização do exame como forma de rastreio que não é disponibilizado pelo SUS. Mediante os principais achados nos estudos, a infecção por CT percebe-se uma associação positiva da prematuridade.

Referências

Ahmadi, A., Khodabandehloo, M., Ramazanzadeh, R., Farhadifar, F., Roshani, D., Ghaderi, E., & Farhangi, N. (2016). The relationship between Chlamydia trachomatis genital infection and spontaneous abortion. Journal of reproduction & infertility, 17(2), 110.

Angelova, M., Kovachev, E., Tsankova, V., Koleva, I., & Mangarova, S. (2016). Role and importance of Chlamydia trachomatis in pregnant patients. Open access Macedonian journal of medical sciences, 4(3), 410.

Baer, R. J., Chambers, C. D., Ryckman, K. K., Oltman, S. P., Rand, L., & Jelliffe-Pawlowski, L. L. (2019). An evaluation of sexually transmitted infection and odds of preterm or early-term birth using propensity score matching. Sexually transmitted diseases, 46(6), 389.

Brasil. (2015). Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas infecções sexualmente transmissíveis. Min. Saúde, & Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS.

Burton, A. E., & Thomas, S. (2019). Sexually transmitted infections and preterm birth among indigenous women of the Northern Territory, Australia: A case-control study. The Australian & New Zealand journal of obstetrics & gynaecology, 59(1), 147.

Falasinnu, T., Gilbert, M., Hottes, TS, Gustafson, P., Ogilvie, G. e Shoveller, J. (2015). Preditores que identificam aqueles com maior risco de DST: uma revisão guiada pela teoria da literatura empírica e diretrizes clínicas. International Journal of STD & AIDS, 26 (12), 839.

Folger A. T. (2014). Maternal Chlamydia trachomatis infections and preterm birth:the impact of early detection and eradication during pregnancy. Maternal and child health journal, 18(8), 1795.

Hill, M. G., Menon, S., Smith, S., Zhang, H., Tong, X., & Browne, P. C. (2015). Screening for Chlamydia and Gonorrhea cervicitis and implications for pregnancy outcome. Are we testing and treating at the right time?. The Journal of reproductive medicine, 60(7-8), 301–308.

Jalil, Emilia Moreira, Pinto, Valdir Monteiro, Benzaken, Adele Schwartz, Ribeiro, Denis, Oliveira, Eduardo Campos de, Garcia, Enrique Galban, Moherdaui, Fábio, & Barbosa, Marcelo Joaquim. (2008). Prevalência da infecção por clamídia e gonococo em gestantes de seis cidades brasileiras. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 30(12), 614.

López-Hurtado, M., García-Romero, S., Escobedo-Guerra, M. R., Bustos-López, D., & Guerra-Infante, F. M. (2018). Prevalencia de la infección genital por Chlamydia trachomatis en mujeres que asisten al Instituto Nacional de Perinatología de la Ciudad de México Revista chilena de infectologia: organo oficial de la Sociedad Chilena de Infectologia, 35(4), 371.

Moodley, D., Sartorius, B., Madurai, S., Chetty, V., & Maman, S. (2017). Pregnancy outcomes in association with STDs including genital HSV-2 shedding in a South African Cohort Study. Sexually transmitted infections, 93(7), 460.

Musilova, I., Andrys, C., Drahosova, M., Zednikova, B., Hornychova, H., Pliskova, L., Zemlickova, H., Jacobsson, B., & Kacerovsky, M. (2018). Late preterm prelabor rupture of fetal membranes: fetal inflammatory response and neonatal outcome. Pediatric research, 83(3), 630.

Nakubulwa, S., Kaye, D. K., Bwanga, F., Tumwesigye, N. M., & Mirembe, F. M. (2015). Genital infections and risk of premature rupture of membranes in Mulago Hospital, Uganda: a case control study. BMC research notes, 8, 573.

Nelson, H. D., & Helfand, M. (2001). Screening for chlamydial infection. American journal of preventive medicine, 20(3 Suppl), 95.

Pereira AS et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book free]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.

Piazzetta, Regina Celi Passagnolo Sérgio, Carvalho, Newton Sérgio de, Andrade, Rosires Pereira de, Piazzetta, Giovana, Piazzetta, Silvia Regina, & Carneiro, Rosangela. (2011). Prevalência da infecção por Chlamydia Trachomatis e Neisseria Gonorrhoea em mulheres jovens sexualmente ativas em uma cidade do Sul do Brasil. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 33(11), 328

Rahimkhani, M., Mordadi, A., & Gilanpour, M. (2018). Detection of urinary Chlamydia trachomatis, Mycoplasma genitalium and human papilloma virus in the first trimester of pregnancy by PCR method. Annals of clinical microbiology and antimicrobials, 17(1), 25.

Reekie, J., Roberts, C., Preen, D., Hocking, J. S., Donovan, B., Ward, J., Mak, D. B., Liu, B., & Chlamydia and reproductive health outcome investigators (2018). Chlamydia trachomatis and the risk of spontaneous preterm birth, babies who are born small for gestational age, and stillbirth: a population-based cohort study. The Lancet. Infectious diseases, 18(4), 452.

Reid, F., Oakeshott, P., Kerry, S. R., Hay, P. E., & Jensen, J. S. (2017). Chlamydia related bacteria (Chlamydiales) in early pregnancy: community-based cohort study. Clinical microbiology and infection: the official publication of the European Society of Clinical Microbiology and Infectious Diseases, 23(2), 119.

Reis-Góes, F. da S., Lima, F. L. O., Amorim, C. F., & Santa Izabel, T. dos S. (2020). Prevalence of Chlamydia trachomatis infection in the brazilian female population: a review article. Research, Society and Development, 9(7)

Schmidt, R., Muniz, R. R., Cola, E., Stauffert, D., Silveira, M. F., & Miranda, A. E. (2015). Maternal Chlamydia trachomatis infections and preterm births in a University Hospital in Vitoria, Brazil. PloS one, 10.

Silveira, Mariângela Freitas da, Sclowitz, Iândora Krolow Timm, Entiauspe, Ludmila Gonçalves, Mesenburg, Marilia Arndt, Stauffert, Dulce, Bicca, Guilherme Lucas de Oliveira, Pieniz, Carine, & Manta, Adriane Brod. (2017). Chlamydia trachomatis infection in young pregnant women in Southern Brazil: a cross-sectional study. Cadernos de Saúde Pública, 33.

Sisakht, A. J., Omidifar, N., Mohamadkhani, N., Karimpoorfard, M., Kargar, M., & Shokripour, M. (2017). Assessing the presence of Chlamydia trachomatis genome in pregnant women with spontaneous abortion using polymerase chain reaction method in Yasuj: First report from Southwest of Iran. Journal of education and health promotion, 6, 45.

World Health Organization (WHO). (2016). Global health sector strategy on sexually transmitted infections, 2016–2021. Disponivel em: https://www.who.int/publications/i/item/WHO-RHR-16.09

Downloads

Publicado

20/08/2020

Como Citar

SANTOS, J. M. S.; GONZAGA, N. S. de S.; OLIVEIRA, W. N. F. . Associação entre infecção por Chlamydia trachomatis e parto prematuro: um artigo de revisão. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 9, p. e337997105, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i9.7105. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/7105. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde