A fundação de bibliotecas públicas em alagoas: reivindicações e denúncias da educadora maria mariá (1953-1954)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7186Palavras-chave:
Bibliotecas públicas alagoanas; Formação de leitores; Maria Mariá.Resumo
Este texto dispõe resultados iniciais de uma pesquisa atenta a trajetória da professora, jornalista e ativista cultural Maria Mariá de Castros Sarmento, atentando, sobretudo, a fundação da biblioteca pública de uma cidade do interior de Alagoas: União dos Palmares. O recorte temporal indicado, corresponde aos anos que datam as publicações que a mestra fizera sobre à temática indicada, especificamente no Jornal de Alagoas (1953-1954). Considera-se as orientações da Nova História, desde a escolha do objeto até a seleção e utilização das fontes. Sendo estas últimas os jornais, por longa data invisibilizados na historiografia. Dadas as especificidades, é analisada a interferência da fundação de bibliotecas no processo de formação de leitores, em período marcado pela tentativa de redemocratização do Brasil recém liberto da ditadura do Estado Novo. As reinvindicações por implantação de tais instituições, têm início nos anos de 1930, com o protagonismo de Amanda Álvaro Alberto e Cecília Meireles, por interferência da concepção educacional pragmatista defendida pela Escola Nova, e se reinventa a luz de outras interferências filosófico-pedagógicas nascidas na década de 1950. A educadora que inspira este estudo, coloca-se como personagem que, diante da peculiar inquietude intelectual, fora esquecida pela historiografia tradicional.
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