Caracterização físico-química dos óleos do fruto seco de coco (Cocos nucifera L.)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7211Palavras-chave:
Óleos vegetais; Bligh & Dyer; Coco seco; Peróxido; Oxidação.Resumo
O óleo do fruto seco do coco (Cocos nucifera L.) tem origem vegetal extraído do coqueiro, pertencente à família Arecaceae e a subfamília Cocoideae. Possui grande potencial de uso industrial por ter aplicações em diversas áreas produtivas. A constante busca por produtos que possam agregar valor e trazer benefícios à humanidade tem levado ao crescimento do uso do óleo de coco em processos industriais, por ser um óleo considerado estável devido ao seu alto nível de saturação em comparação aos outros óleos comestíveis. O objetivo desta pesquisa foi avaliar as características oleoquímicas do óleo de coco dos processos de extração fria e dos óleos industrializados, verificando-se as análises dos parâmetros indicativos da qualidade desses óleos, que foram os seguintes: índices de acidez, de peróxido, de iodo e porcentagens de ácidos graxos livres. Realizou-se uma análise comparativa do óleo de coco comercial e do óleo de coco adaptado pelo método de Bligh & Dyer. As amostras nos dois tratamentos foram obtidas do comércio local e foram analisadas em triplicatas. Os parâmetros analisados foram semelhantes para ambos os óleos tratados, encontrou-se dentro dos padrões exigidos pela legislação RDC n° 270 e CODEX alimentarius, indicando boa qualidade para consumo. Somente os dados para o índice de iodo nos dois tratamentos apresentaram-se elevados, podendo ter sido influenciados pela sazonalidade do fruto, pelo método de extração ou pelos processos industriais.
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