Compreensão da prevalência do uso do leite artificial para recém-nascidos a partir das indicações: um diagnóstico para prevenção

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7320

Palavras-chave:

Aleitamento materno; Desmame precoce; Recém-nascido; Enfermagem.

Resumo

Objetivo: Identificar a prevalência do uso do leite artificial em recém-nascidos atendidos em um projeto de extensão universitária; analisar as indicações para o uso do leite artificial; discutir os cuidados necessários ao incentivo, apoio e promoção do aleitamento materno que se aplicam às indicações de uso de leite artificial encontradas. Metodologia: Estudo quantitativo, exploratório, descritivo, realizado de setembro de 2015 a novembro de 2016, por meio da análise dos registros de atendimento prévio sobre amamentação e dos prontuários de 137 binômios internados em um hospital público localizado na cidade do Rio de Janeiro/RJ. A organização e análise foram feitas no software Excel, com o embasamento teórico de artigos e manuais de recomendações do Ministério da Saúde, da Organização Pan-Americana da Saúde e Organização Mundial da Saúde. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, sob nº 1.241.895. Resultados: Foram detectados 28 recém-nascidos em uso de complemento sem proscrição por HIV-positivo, em Unidade Intermediária ou Unidade de Terapia Intensiva. A prevalência do uso do complemento foi de 20,43%. Os motivos das indicações foram: 10,71% condições maternas; 10,71% sem sorologia anti-HIV; 64,28% condições do recém-nascido; e 14,28% por outras condições. Observou-se que, em alguns casos, o uso do leite artificial seria evitável caso a intervenção, na orientação e detecção precoce dos problemas, fosse mais intensa. Conclusão: Com a identificação dos problemas, em tempo oportuno, pode-se traçar um plano de cuidados para a prevenção do uso do leite artificial.

Biografia do Autor

Isabeli Fragoso da Conceição, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Enfermeira pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (EEAP/UNIRIO). Residente em Enfermagem Pediátrica no Instituto Fernandes Figueira (IFF/FIOCRUZ). 

Cristiane Rodrigues da Rocha, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Doutora em enfermagem. Especialista em Obstetrícia. Professora Associada do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.

Leila Rangel da Silva, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Doutora. Professora Associada do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil da EEAP/UNIRIO.

Inês Maria Meneses dos Santos, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Professora Associada do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil, Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO.

Érica Cruzeiro Moreira, Hospital Infantil Ismélia da Silveira

Médica especialista em pediatria pela SOPERJ e especialista em endocrinologia e metabologia pela SBEM. Médica responsável pelo setor de endocrinologia e metabologia pediátrica no Hospital Infantil Ismélia da Silveira - Duque de Caxias/RJ.

Selma Villas Boas Teixeira, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Doutora em Enfermagem. Enfermeira Obstétrica. Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem Materno Infantil da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO.

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Publicado

29/08/2020

Como Citar

CONCEIÇÃO, I. F. da; ROCHA, C. R. da; SILVA, L. R. da; SANTOS, I. M. M. dos; MOREIRA, Érica C.; TEIXEIRA, S. V. B. Compreensão da prevalência do uso do leite artificial para recém-nascidos a partir das indicações: um diagnóstico para prevenção. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 9, p. e524997320, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i9.7320. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/7320. Acesso em: 2 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde