Serviço de Atendimento Móvel de Urgência: caracterização dos agravos clínicos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.7545

Palavras-chave:

Serviços médicos de emergência; Enfermagem; Atenção à saúde; Ambulâncias; Socorro de urgência.

Resumo

O objetivo do trabalho foi caracterizar os agravos clínicos atendidos por um Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e os fatores associados com os destinos dos atendimentos realizados. Foi realizado levantamento documental retrospectivo nos boletins de atendimento prestados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, de um município do sul do Brasil, no período de novembro de 2015 a maio de 2016. Para a coleta de dados utilizou-se roteiro estruturado, que contemplavam as informações dos boletins. A análise de regressão de Poisson foi utilizada para avaliar o risco dos agravos clínicos nos destinos dos atendimentos. Foram realizados 1.748 atendimentos para agravos clínicos. Os agravos neurológicos foram os mais atendidos. Pacientes com agravos clínicos tem 731% maior risco de permanecer no local após atendimento. O maior risco de permanecer no local após atendimento de agravos clínicos, indica que apesar de ser um serviço destinado a atenção das urgências e emergências, por muitas vezes, é acionado pelo fato de disponibilizar médicos e medicamentos, demonstrando que a população desconhece a real função desse serviço.

Referências

Almeida, P. M. V., Dell’Acqua, M. C. Q., Cyrino, C. M. S., Juliani, C. M. C. M., Palhares, V. C. & Pavelqueires, S. (2016). Analysis of services provided by SAMU 192: mobile component of the urgency and emergency care network. Esc Anna Nery., 20 (2), 289-295. DOI: http://dx.doi.org/10.5935/1414-8145.20160039

Bachini, N & Chicarino, T. S. (2018). Os métodos quantitativos, por cientistas sociais brasileiros: entrevistas com Nelson do Valle Silva e Jerônimo Muniz. Revista Sociedade e Estado, 33(1). DOI: 10.1590/s0102-699220183301010

Brasil. Ministério da Saúde. (2018). Portaria nº 288 de 12 de março de 2018. Redefine a operacionalização do cadastramento de serviços de atendimento pré-hospitalar móvel de urgência e o elenco de profissionais que compõem as equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Recuperado de http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2018/prt0288_29_03_2018.html

Cortes, L. F., Padoin, S. M. M., Vieira, L. B., Landerdahl, M. C. & Arboit, J. (2015). Care for women victims of violence: empowering nurses in the pursuit of gender equity. Rev Gaúcha Enferm., 36 (esp), 77-84. DOI: https://doi.org/10.1590/1983-1447.2015.esp.57162

Dias, J. M. C., Lima, M. S. M., Dantas, R. A. N., Costa, I. K. F., Leite, J. E. L. & Dantas, D. V. (2016). Profile of state prehospital mobile emergency care service. Cogitare Enferm., 21 (1), 01-9.

Faria, T.L.M.; Nascimento, D.M.; Farias Filho, M.C. & Nunes, S.F. (2017). A Política Nacional de Urgência e Emergência sob a Coordenação Federativa em Municípios Paraenses. Saúde soc., 26(3): 726-737. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/s0104-12902017170063.

Galvão, J.; Lima, D.D. & Haas, L.J. (2020). Prevalência de aneurismas cerebrais incidentais entre homens e mulheres. Saude e pesqui., 13(2): 309-316. DOI: 10.17765/2176-9206.2020v13n2p309-316

Ghussn, L., & Souza, R. (2016). Análise de desempenho do SAMU-Bauru/SP em períodos de pico de demanda. GEPROS, 11(3), 75-103. DOI: 10.15675/gepros.v11i3.1460

Haddad, P.C.M.B & Calamita, Z. Aspectos sociodemograficos, qualidade de vida e saúde do idoso institucionalizado. Rev enferm UFPE on line. 2020;14(n.e243416). Acesso em: 10 jun 2020. Doi: https://doi.org/10.5205/1981-8963.2020.243416

Hanauer, M. C.; Moser, G. A. S; Souza, S.S.; Oliveira, D.; Celich, K.L.S. & Paz, M et al. (2018). Caracterização dos atendimentos realizados pelo SAMU. Rev enferm UFPE, 12(12):3476-83. DOI: https://doi.org/10.5205/1981-8963-v12i12a231418p3476-3483-2018

Hora, R.S.; Paiva, E.F.; Sampaio, E.S.; Oliveira, J.A.; Souza, V.R.S. & Brandão, P.C. (2019). Caracterização do atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) às emergências clínicas. Rev Min Enferm., 23:e-1256. DOI: 10.5935/1415-2762.20190104

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2020). Censo Demográfico e Estimativa da População. [acesso 2020 set 18]. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/rio-grande/panorama.

Junior, I. J. F, Schlindwein, V. L. D. C. & Calheiros, P. R. V. (2016). A relação entre o uso de drogas e o trabalho: uma revisão de literatura PSI. Estud pesqui psicol., 16 (1), 104-122.

Luchtemberg, M. N. & Pires, D. E. P. (2015). What do nurses of the samu (mobile emergency care service) think about their work process. Cogitare Enferm., 20 (3), 457-466.

Marques, G.Q., Lima, M.A.D.S., & Ciconet, R.M. (2011). Conditions treated in the Mobile Medical Emergency Services in Porto Alegre - RS. Acta Paul Enferm., 24 (2), 185-191. DOI: 10.1590/S0103-21002011000200005

O’Dwyer, G.; Konder, M.T.; Reciputti, L.P.; Macedo, C. & Lopes, M.G.M. (2017). O processo de implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência no Brasil: estratégias de ação e dimensões estruturais. Cad. Saúde Pública, 33(7):e00043716. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311X00043716

Pittet, V., Burnard, B., Yersin, B. & Carron, P.-N. (2014). Trends of pre-hospital emergency medical services activity over 10 years: a population-based registry analysis. BMC Health Services Research., 14 (380): 1-8. DOI: 10.1186/1472-6963-14-380

Purrucker, J. C., Härtig, F., Richter, H., Engelbrecht, A., Hartmann, J., Auer, J., Hametner, C., Popp, E., Ringleb, P. A., Nagel, S. & Poli, S. (2017). Design and validation of a clinical scale for prehospital stroke recognition, severity grading and prediction of large vessel occlusion: the shortened NIH stroke scale for emergency medical services. BMJ Open, 2017, (7), e016893. DOI: 10.1136/bmjopen-2017-016893

Sarmento, S. D. G., Dantas, R. A. N., Dantas, D. V., Oliveira, S. P., Henriques, L. M. N. & Costa, I. B. (2017). Profile of individuals with neurological disorders assisted by a prehospital mobile emergency care service. Cogitare Enferm., 22 (2), e49698.

Seyboth, M. P., Assada, V. K. & Danielli, V. R. (2016). Delineamento do perfil epidemiológico dos atendimentos do sistema de atendimento móvel de urgência (SAMU) Maringá-PR. Revista Uningá, 48, 51-55.

Shibukawa, BMC, Rissi, GP, Moura, MB de, Baldissera, VDA, Higarashi, IH, e Merino, M. de FGL (2020). Serviço de Atendimento Móvel de Urgência: perfil do atendimento a crianças e adolescentes. Research, Society and Development, 9(7), e505974666. DOI: https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4666

Silva, A.M. & Invenção, A. S. (2018). A atuação do enfermeiro no atendimento de urgência e emergência. Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, 15(39). DOI: http://revista.unilus.edu.br/index.php/ruep/article/view/1015/u2018v15n39e1015

Silva, H. C., Pessoa, R. L. & Menezes, R. M. P. (2016). Trauma in elderly people: access to the health system through pre-hospital care. Rev Latino-Am Enfermagem., 24, e2690. DOI: https://doi.org/10.1590/1518-8345.0959.2690

Silveira, S.C. & Taneda, M. (2015). Análise do preenchimento das fichas de atendimento sistematizado do SAMU-192 realizados pela equipe de enfermagem de Juína/MT. SAJES - Rev Saúde AJES,1(1):1-18. [acesso 17 set 2020]. Disponível em: http://www.revista.ajes.edu.br/index.php/SAJES/article/view/32/pdf.

World Health Organization. (2018). Global Reference List of 100 Core Health Indicators (plus health-related SDGs). Recuperado de https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/259951/WHO-HIS-IER-GPM-2018.1-eng.pdf;jsessionid=CAB7F1158AD62E326510ECE622F4E037?sequence=1

Downloads

Publicado

21/09/2020

Como Citar

MARTINS, C. F.; BONOW, C. A. .; XAVIER, D. M. .; SANT’ANNA, C. F.; CARDOSO, L. S.; CEZAR-VAZ, M. R. . Serviço de Atendimento Móvel de Urgência: caracterização dos agravos clínicos. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 10, p. e1649107545, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i10.7545. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/7545. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde