Currículo, diversidade sexual e de gênero: tecendo reflexões sobre a formação docente

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.7573

Palavras-chave:

Currículo; Diversidade sexual; Gênero; Formação docente.

Resumo

O artigo tece reflexões acerca das práticas de currículo e formação de professores, nas questões inerentes as relações de gênero, sexualidade e diversidade sexual, por considera-las temáticas pertinentes à constituição das subjetividades humanas na contemporaneidade. Partindo desse pressuposto o presente estudo tem por objetivo analisar quais práticas de currículo concernentes às questões de gênero e diversidade sexual permeiam os cursos de formação docente, nas instituições públicas de ensino superior do Território de Identidade do Piemonte Norte do Itapicuru, no Estado da Bahia. Quanto aos procedimentos metodológicos optamos pelas narrativas por compreendermos que tais procedimentos nos possibilitaria maior capacidade de análise no que tange ao objetivo da pesquisa. A partir das narrativas é possível evidenciar que a diversidade acaba por questionar o currículo, a escola e sua prática pedagógica, fomentando a necessidade de que as temáticas que contemplem a diversidade sejam asseguradas nos distintos tempos e espaços do fazer educação. No campo da formação docente compreendemos a necessidade de uma revisão das propostas de currículo para os cursos de licenciatura do referido Território, objetivando assegurar maior espaço no currículo.

Biografia do Autor

Alfrancio Ferreira Dias, Universidade Federal de Sergipe

Universidade Federal de Sergipe

Referências

Abrahão, M. H. M. B. (2004). Pesquisa (Auto) Biográfica – Tempo, Memória e Narrativas. In: Abrahão, M. H. M. B. (Org.). A aventura (auto) biográfica: teoria & empiria. Porto Alegre: EDIPUCRS, 201-224

Almeida, R. R., & Araújo J. C. A. F. (2013). O Uso de Dispositivos Móveis no Contexto Educativo: Análise de Teses e Dissertações Nacionais. Revista Tempos e Espaços em Educação, 6(11), 25-36. Recuperado de https://pontadelanca.revistas.ufs.br/inde x.php/revtee/article/view/2538

Bahia. (2020). Secretaria de Planejamento – SEPLAN. Territórios de Identidade. Salvador, 2018. Recuperado de http://www.seplan.ba.gov.br/modules/conteudo/cont eudo.php?conteudo=17.

Caetano, M. R. V. (2016). Performatividades reguladas: heteronormatividade, narrativas biográficas e educação. Curitiba: Appris Editora, 2016.

Cruz, M. H. S. (2014). A Crítica Feminista à Ciência e Contribuição à Pesquisa nas Ciências Humanas. Revista Tempos e Espaços em Educação, 7(12), 15-28. Recuperado de https://seer.ufs.br/index.php/revtee/article/view/2949

Demo, P. (2006). Pesquisa: princípio científico e educativo. (12a ed.), São Paulo: Cortez.

Derrida, J. (2002). A Escritura e a Diferença. Trad. Maria Beatriz Marques Nizza da Silva. São Paulo: Perspectiva.

Dias, A. F. (2014). Como as escolas educam corpos nas práticas pedagógicas?. Revista Tempos e Espaços em Educação, 7(12), 103-112. Recuperado de https://seer.ufs.br/index.php/revtee/article/view/2958

Dias, A. F., & Menezes, C. A. A. (2017). Que inovação pedagógica a pedagogia queer propõe ao currículo escolar? Revista Tempos e Espaços em Educação, São Cristóvão, 10(23), 37-48, 2017. Recuperado de https://seer.ufs.br/index.php/revtee/article/view/7443

Fino, C. N. (2016). Inovação Pedagógica e Ortodoxia Curricular. Revista Tempos e Espaços em Educação, São Cristóvão, 9(18), 13-22. Recuperado de <https://seer.ufs.br/i ndex.php/revtee/article/view/4959>.

Gatti, B. A., & Barreto, E. S. S. (2009). Professores do Brasil: impasses e desafios. Brasília: UNESCO. Representações do Brasil. Recuperado de www.unesco.unesco.org/images/0018/0 01846/184682por.pdf.

Gatti, B. A. (2013). Por uma política nacional de formação de professores. São Paulo: EDUNESP.

Gomes-da-Silva, P. N. (2014). Pedagogia da corporeidade: o decifrar e o subjetivar na educação. Revista Tempos e Espaços em Educação, 7(13), 15-30. Recuperado de https://seer.ufs.br/index.php/revtee/article/view/3255

Houaiss, A., & Villar, M. de S. (2001). Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro. Objetiva.

Hovdenak, S. S., & Wiese, E. F. (2016). Teacher Professionalism and Curricular Change - the Tension between Governance, Control and Professionalism in School. Revista Tempos e Espaços em Educação, 9(18), 23-34. Recuperado de https://seer.ufs.br/index. php/revtee/article/view/4960.

Kovacs, H., & Tinoca, L. (2017). Unfreeze the pedagogies: introduction of a new innovative measure in Portugal. Revista Tempos e Espaços em Educação, 10(23), 73-86. Recuperado de https://seer.ufs.br/index.php/revtee/article/view/7446

Ifbaiano. (2020). Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano. Graduação Campus Senhor do Bonfim. Recuperado de https://www.ifbaiano.edu.br/unid ades/bonfim/graduacao/.

Junqueira, R. D. (2007). O reconhecimento da diversidade sexual e a problematização da homofobia no contexto escolar. In: Seminário: Corpo, gênero e sexualidade: discutindo práticas educativas. Rio Grande. Anais. Rio Grande, RS: FURG.

Junqueira, R. D. (2013). Pedagogia do armário: a normatividade em ação. Revista Retratos da Escola, Brasília, 7(13), 481-498. Recuperado de http://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde.

Lopes, A. C. (2010). Currículo, política, cultura. In Lucíola Santos, Angela Dalben, Julio Diniz, & Leiva Leal (Orgs.), Convergências e tensões no campo da formação e do trabalho docente. 23-37. Belo Horizonte: Autêntica.

Louro, G. L. (2007). (Org.). O corpo educado. Pedagogias das sexualidades. Belo Horizonte: Autêntica.

Louro, G. L. (2007). Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica.

Louro, G. L. (2008). Gênero e sexualidade: pedagogias contemporâneas. Pro-Posições, 19(2) (56). Recuperado de https://www.scielo.br/pdf/pp/v19n2/a03v19n2.pdf

Lüdke, M., & André, M. E. D. A. (1986). Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária.

Macedo, R. S., & Guerra, D. (2016). Instituintes Culturais da Experiência Curricular-Formativa: Bases Teóricas para um Etnocurrículo. Revista Tempos e Espaços em Educação, 9(18), 35-44. Recuperado de https://seer.ufs.br/index.php/revtee/article/view/4961.

Moreira, A. F., & Silva J. P. M. (2016). Currículo, Transgressão e Diálogo: quando Outras Possibilidades se Tornam Necessárias. Revista Tempos e Espaços em Educação, 9(18), 45-54, 2016. Recuperado de https://seer.ufs.br/index.php/revtee/article/view/4962.

Morgado, J. C. (2016). O professor como decisor curricular: de ortodoxo a cosmopolita. Revista Tempos e Espaços em Educação, São Cristóvão, 9(18), 55-64. Recuperado de <https://seer.ufs.br/index.php/revtee/article/view/4964>.

Oliveira, A. M., Gerevini, A. M., & Strohschoen, A. A. G. (2017). Diário de bordo: uma ferramenta metodológica para o desenvolvimento da alfabetização científica. Revista Tempos e Espaços em Educação, 10(22), 119-132. Recuperado de https://seer.ufs.br/index.php/re vtee/article/view/6429.

Pacheco, J. A., & Sousa, J. (2016). O (pós) crítico na Desconstrução Curricular. Revista Tempos e Espaços em Educação, São Cristóvão, 9(18), 65-74, 2016. Recuperado de <https://seer.ufs.br/index.php/revtee/article/view/4971>.

Paraskeva, J. M. (2016). “Brutti, Sporchi & Cattivi”: Towards a Non-Abyssal Curriculum. Revista Tempos e Espaços em Educação, 9(18), 75-90. Recuperado de https://seer.ufs.br/index.php/revtee/article/view/4966.

Paraíso, M. A. (2016). Currículo e relações de gênero: entre o que se ensina e o que se pode aprender. Revista Linhas. Florianópolis, 17(33), 206-237. Recuperado de http://www.revistas.udesc.br/index.php/linhas/article/view/1984723817332016206.

Pedro, N. (2017). Ambientes educativos inovadores: o estudo do fator espaço nas ‘salas de aula do futuro’ portuguesas. Revista Tempos e Espaços em Educação, 10(23), 99-108. Recuperado de https://seer.ufs.br/index.php/revtee/article/view/7448

Pinto, É. J. S., Carvalho, M. E. P., & Rabay, G. (2017). As relações de gênero nas escolhas de cursos superiores. Revista Tempos e Espaços em Educação, 10(22), 47-58. Recuperado de https://seer.ufs.br/index.php/revtee/article/view/6173

Pimentel, A. (2001). O método da análise documental: seu uso numa pesquisa histórica. Cadernos de Pesquisa, (114), 179-195. Recuperado de https://www.scielo.br/pdf /cp/n114/a08n114.pdf.

Ramos, M. da C. P. (2012). Ambiente, Educação e Interculturalidade. Revista Tempos e Espaços em Educação, 5(8). Recuperado de https://seer.ufs.br/index.php/revtee/article/ view/2284

Rios, P. P., Cardoso, H., & Dias, A. (2018). Concepções de gênero e sexualidade d@s docentes do curso de licenciatura em pedagogia: por um currículo Queer. Educação & Formação, 3(2), 98-117. Recuperado de https://revistas.uece.br/index.php/redufor/art icle/view/272

Rios, P. P. S., Barros, E. R., & Vieira, A. R. (2017). Narrativas de vida e formação de professores gays: (auto)biográficas acerca do estranho que habita em mim. Revista Educação Santa Maria, 42(1), 227-240. Recuperado de https://periodicos.ufsm.br/reve ducacao/article/view/24915.

Rios, P. P. S. (2019). O estranho que habita em mim: narrativas de vida e formação de professores gays no semiárido baiano. Tese doutorado. Orientador: Alfrancio Ferreira Dias. Universidade Federal de Sergipe. São Cristóvão.

Rios, P. P. S., & Dias, A. F. (2019). “Então me classificavam como estranho”: entre narrativas na construção do estranho no corpo de professores gays. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, 4, 539-557. Recuperado de https://www.revistas.uneb.br/index.php/rbpab/ar ticle/view/6130/pdf.

Rios, P. P. S., Dias, A. F., & Brazão, J. P. G. (2019). “Lembro-me de querer andar durinho, como se diz que homem deve ser”: a construção do corpo gay na escola. Revista Exitus, 9, 775-804. Recuperado de http://www.ufopa.edu.br/portaldeperiodicos/index.php/revistae xitus/article/view/1033.

Rios, P. P. S., & Dias, A. F. (2020). “Nossa história de vida é construída a partir do nosso corpo”: a produção do corpo viado na docência. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, 15(3), 1265-1283. Recuperado de https://periodicos.fclar.un esp.br/iberoamericana/article/view/13574/9166.

Rodrigues, L. (2016). Transgredir para empoderar: o empoderamento das jovens mulheres pela educação. Revista Tempos e Espaços em Educação, São Cristóvão, 9(18), 91-98, 2016. Recuperado de <https://seer.ufs.br/index.php/revtee/article/view/4967>.

Rudd, T., & Goodson, I. F. (2016). Refraction as a tool for understanding action and educational orthodoxy and transgression. Revista Tempos e Espaços em Educação, São Cristóvão, 9(18), 99-110, 2016. Recuperado de <https://seer.ufs.br/index.php/revtee/arti cle/view/4968>.

Sarat, M., & Campos, M. I. (2014). Gênero, sexualidade e infância: (Con)formando meninas. Revista Tempos e Espaços em Educação, 7(12), 45-56, 2014. Recuperado de https://seer.ufs.br/index.php/revtee/article/view/2951.

Seffner F. (2009). Sexualidade: isso é mesmo matéria escolar? Rev. Teoria e Prática da Educação, 17(2), 67-81. Recuperado de http://periodicos.uem.br/ojs/index.p hp/TeorPratEduc/article/view/27750/pdf_55.

Silva, T. T. da. (2010). O currículo como fetiche: a poética e a política do texto curricular. Belo Horizonte: Autêntica.

Silva, T. T. da. (2011). Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica.

Silva, T. T. (2014). da. Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Tomaz Tadeu da Silva (org). Stuart Hall, Kathryn Woodward. Trad. Sob a direção de Tomaz Tadeu da Slva. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2014.

Souza, E. C. de. (2007). O Conhecimento de si – Estágio e narrativas de formação de professores. Salvador, BA, UNEB.

Souza, E. C. de. (2014). Diálogos cruzados sobre pesquisa (auto)biográfica: análise compreensiva-interpretativa e política do sentido. Revista de Educação, Santa Maria, 39(1), 39-50. Recuperado de https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/11344/pdf.

Sousa, J. M. (2016). Repensar o Currículo como Emancipador. Revista Tempos e Espaços em Educação, 9(18), 111-120. Recuperado de https://seer.ufs.br/index.php/revtee/articl e/view/4969.

Trevisan, J. S. (2000). Devassos no paraíso: a homossexualidade no Brasil, da colônia à atualidade. Max Limonad.

Univasf. (2020). Cursos Oferecidos pela UNIVASF. Recuperado de http://portais.univasf.ed u.br/estudante/informacoes-ao-estudante/cursos.

Uljens, M. (2016). Non-Affirmative curriculum theory in a cosmopolitan era?. Revista Tempos e Espaços em Educação, São Cristóvão, 9(18), 121-132. Recuperado de <https://seer.ufs.br/index.php/revtee/article/view/4970>. DOI: https://doi.org/10.20952 /revtee.v9i18.4970.

Downloads

Publicado

23/09/2020

Como Citar

RIOS, P. P. S. .; DIAS, A. F. . Currículo, diversidade sexual e de gênero: tecendo reflexões sobre a formação docente. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 10, p. e1999107573, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i10.7573. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/7573. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Educacionais