Estratégia multimodal para adesão dos profissionais às boas práticas de higienização de mãos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v8i3.774

Palavras-chave:

Segurança do Paciente; Higiene das Mãos; Educação Permanente; Infecção Hospitalar.

Resumo

As mãos dos profissionais de saúde são os principais meios de transmissão de microrganismos e, portanto, se faz necessário reduzir essa contaminação por meio da higienização de mãos. Nesta perspectiva, o presente estudo tem como objetivo mensurar a adesão dos profissionais de saúde do Hospital Metropolitano Oeste Pelópidas Silveira às práticas de higienização de mãos, por meio da Estratégia Multimodal da OMS e elaborar um plano de ação com o intuito de prevenir a transmissão de microrganismos e infecções relacionadas à assistência à saúde. Estudo observacional do tipo pesquisa-ação. Identificou-se uma adesão à higienização de mãos de 63,7% dos profissionais observados e, desses, os técnicos de enfermagem foram os que menos aderiram a esse procedimento (54,3%) enquanto que os enfermeiros, médicos e outros apresentaram um percentual aproximado (71,8% a 79,6%). Quanto aos produtos mais utilizados nas ações de higienização de mãos, água e sabão obteve 89% de adesão, seguido de álcool gel com 11%. Conclui-se que a adesão dos profissionais à prática de higienização das mãos não foi satisfatória e, portanto, há necessidade de educação continuada para a equipe que integra o serviço. O plano de ação, quando implementado, poderá contribuir na tomada de decisão das próximas ações realizadas pela instituição no que se refere ao controle de infecções relacionadas à assistência à saúde.

Referências

AL-KHAWALDEH, O.A.; AL-HUSSAMI, M.; DARAWAD, M. Influence of Nursing Students Handwashing Knowledge, Beliefs, and Attitudes on Their Handwashing Compliance. Health, v. 7, p. 572–579, 2015.

ANDRADE, L.E.L. et al. Cultura de segurança do paciente em três hospitais brasileiros com diferentes tipos de gestão. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, n. 1, p. 161–172, 2018.

ARAÚJO, D.D. et al. A importância da higienização das mãos no controle das infecções em serviços de saúde. Revista de Enfermagem UFPE Online, v. 10, n. 6, p. 4880–4884, 2016.

BATHKE, J. et al. Infraestrutura e adesão à higienização das mãos: desafios à segurança do paciente. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 34, n. 2, p. 75–85, 2013.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente em Serviços de Saúde: Higienização das Mãos. Brasília, 2009. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/seguranca_paciente_servicos_saude_higienizacao_maos.pdf >. Acesso em: 21 ago. 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria No 529, de 1o de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2013a.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria No 1.377, de 9 de julho de 2013. Aprova os Protocolos de Segurança do Paciente. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2013b.

BRASIL. Ministério da Saúde. Anexo 01: Protocolo integrante do Programa Nacional de Segurança do Paciente. 2013c. Disponível em: <http://www.hospitalsantalucinda.com.br/downloads/prot_higiene_das_maos.pdf>. Acesso em: 9 nov. 2018.

CHEN, J. et al. Impact of implementation of the World Health Organization multimodal hand hygiene improvement strategy in a teaching hospital in Taiwan. American Journal of Infection Control, v. 44, n. 2, p. 222–227, 2016.

DERHUN, F.M. et al. Conhecimento de profissionais de enfermagem sobre higienização das mãos. Cogitare Enfermagem, v. 21, n. 3, p. 01–08, 2016.

HAMADAH, R. et al. Hand Hygiene: Knowledge and Attitudes of Fourth-Year Clerkship Medical Students at Alfaisal University, College of Medicine, Riyadh, Saudi Arabia. Cureus, v. 7, n. 8, 2015.

JACOBS, C.; ALVES, I.A. Identificação de microrganismos veiculados por vetores mecânicos no ambiente hospitalar em uma cidade da região noroeste do estado Rio Grande do Sul. Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, v. 4, n. 4, p. 238–242, 2014.

MULLER, M.P. et al. Hand Hygiene Compliance in an Emergency Department: The Effect of Crowding. Academic Emergency Medicine, v. 22, n. 10, p. 1218–1221, 2015.

MUMFORD, V. et al. Disentangling quality and safety indicator data: a longitudinal, comparative study of hand hygiene compliance and accreditation outcomes in 96 Australian hospitals. BMJ Open, v. 4, 2014.

OLIVEIRA, A.C. et al. Adesão à higiene de mãos entre profissionais de um serviço de pronto atendimento. Revista de Medicina, v. 95, n. 4, p. 162–167, 2016.

OPAS; ANVISA. MANUAL PARA OBSERVADORES Estratégia Multimodal da OMS para a Melhoria da Higienização das Mãos. Brasília, 2008. Disponível em: <http://www.saude.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2018/02/2.4.1.pdf>. Acesso em: 9 nov. 2018.

REIS, A.T.; SILVA, C.R.A. Segurança do paciente. Cadernos de Saúde Pública, v. 32, n. 3, 2016.

ROSSATO, F.; BOLIGON, J.A.R.; MEDEIROS, F.S.B.M. Estratégias para a implantação do programa 5S em uma cooperativa. Latin American Journal of Business Management, v. 7, n. 2, p. 27–49, 2016.

SANTOS, T.C.R. et al. Higienização das mãos em ambiente hospitalar: uso de indicadores de conformidade. Revista Gaúcha de Enfermagem, n. 35, p. 1, 2014.

SIQUEIRA, S.M.C. Higienização das mãos: medida de prevenção da infecção hospitalar. Revista Saúde.com, v. 9, n. 4, p. 341–347, 2013.

SOUZA, L.M. et al. Adesão dos profissionais de terapia intensiva aos cinco momentos da higienização das mãos. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 36, n. 4, p. 21–28, 2015.

VITA, V. et al. Conocimiento actitudes y prácticas del personal de salud relacionados con el lavado de manos clínico en una unidad de cuidados intensivos. Revista Medica de Rosario, v. 80, p. 105–116, 2014.

WATANABE, E.M. et al. Impacto das infecções relacionadas à assistência à saúde em pacientes acometidos por trauma. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, v. 36, n. 1, p. 89–98, 2015.

Downloads

Publicado

01/01/2019

Como Citar

NUNES, V. M. de A.; DE ARAÚJO, I. D. T.; NOBRE, T. T. X.; ALCÂNTARA, M. S.; LEITE, A. de C. C. da S.; MACIEL, F. C. S.; SODRÉ, L. L.; ARAÚJO, T. da S. Estratégia multimodal para adesão dos profissionais às boas práticas de higienização de mãos. Research, Society and Development, [S. l.], v. 8, n. 3, p. e1183774, 2019. DOI: 10.33448/rsd-v8i3.774. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/774. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde