Produção láctea de mães de recém-nascidos internados em Unidade de Terapia Intensiva
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7911Palavras-chave:
Lactação; Extração de leite; Unidades de terapia intensiva neonatal; Ansiedade; SonoResumo
Objetivo: analisar a produção láctea e a qualidade do sono e ansiedade de mães de recém-nascidos internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal em uma maternidade. Metodologia: trata-se de estudo quantitativo, do tipo transversal. A amostra foi constituída por 107 mães de recém-nascidos internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Foi utilizado os questionários Índice da Qualidade de Sono de Pittsburgh e o Inventário de Ansiedade Traço-Estado, respectivamente. Para a análise do volume lácteo das mães que pariram prematuros considerou-se o aceitável na literatura, mínimo de 500 ml. Resultados: a média de idade das mães foi de 26,69±6,70, a maioria (74,8%) possuía companheiro como estado marital, tinha o ensino médio completo (45,8%), renda familiar de até um salário mínimo (63,3%) e não trabalha fora de casa (67,3%). O volume das extrações lácteas realizadas pelas mães variou de 142,33 ml a 156,77 ml de leite materno durante 4 dias (p<0,0001). De acordo com índice de Pittsburg a maioria (62,7%) possuía a qualidade do sono ruim. Quanto as classificações do ansiedade-Traço e ansiedade-Estado, as mães obtiveram nível moderado de ansiedade sendo 57,9% e 67,3% respectivamente. Conclusão: o volume lácteo produzido e extraído pelas mães com filhos recém-nascidos internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal mostrou-se baixo. As mulheres apresentaram níveis moderados de ansiedade e má qualidade do sono, interferindo no volume de leite extraído no Posto de Coleta de Leite Humano.
Referências
Al Maghaireh, DF.; Abdullah, KL.; Chong, MC.; Chua, YP. E Al Kawafha, MM. (2017). Stress, anxiety, depression and sleep disorders among Jordanian mothers and fathers of babies admitted to a neonatal intensive care unit: a preliminary study. J. pediatr. nurs., 36 (2017), 132-140. Recuperado em 18 junho, 2020, de https://doi.org/10.1016/j.pedn.2017.06.007.
Aragaki, IMM.; Silva, IA. e Santos, JLF. (2006). Traço e estado de ansiedade de nutrizes com indicadores de hipogalactia e nutrizes com galactia normal. Rev. Esc. Enferm. USP. 40 (3), 396-403. Recuperado em 14 junho, 2020, de https://www.scielo.br/pdf/reeusp/v40n3/v40n3a11.pdf.
Baptista SS.; Alves, VH.; Souza, RMP.; Rodrigues, DP.; Cruz AFN. e Branco, MBLR. (2015). Manejo clínico da amamentação: atuação do enfermeiro na unidade de terapia intensiva neonatal. Rev. enferm. UFSM., 5 (1), 23-31. Recuperado em 20 junho, 2020, de https://periodicos.ufsm.br/reufsm/article/view/14687/pdf.
Blomqvist, YT.; Nyqvist, KH.; Rubertsson, C. e Funkquist E-L. (2017). Parents need support to find ways to optimize their own sleep without seeing the premature baby's sleep patterns as a problem. Acta. paediatr. 106 (2), 223-228. Recuperado em 22 junho, 2020, de https://doi.org/10.1111/apa.13660.
BRASIL. Secretaria de Atenção à Saúde. Saúde da criança: Aleitamento Materno e Alimentação Complementar. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde (2015). Recuperado em 22 de junho, 2020, de https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf.
Caparros-Gonzalez, RA.; Romero-Gonzalez, B.; Gonzalez-Perez, R.; Lara-Cinisomo, S.; Martin-Tortosa, PL.; Oliver-Roig, A.; Peralta-Ramirez, MI. (2019). Maternal and Neonatal Hair Cortisol Levels and Psychological Stress Are Associated With Onset of Secretory Activation of Human Milk Production. Adv. neonatal care., 19 (6), 11-20. Recuperado em 18 junho, 2020, de https://doi.org/10.1097/ANC.0000000000000660.
Ciampo, LAD e Ciampo, IRLD (2018). Breastfeeding and the Benefits of Lactation for Women’s Health. Rev. bras. ginecol. obstet., 40(6), 354-359. Recuperado em 09 junho, 2020, de https://www.scielo.br/pdf/rbgo/v40n6/0100-7203-rbgo-40-06-00354.pdf.
Fontura, FC. (2018). Avaliação da ansiedade de mães de recém-nascidos com malformações congênitas internados na unidade neonatal. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 26:e3080. Recuperado em 14 junho 2020, de https://www.scielo.br/pdf/rlae/v26/pt_0104-1169-rlae-26-e3080.pdf.
Froh, E.; Dahlmeier, K. e Spatz, DL. (2017). NICU Nurses and Lactation - Support and Care Based. Adv. neonatal care., 17 (3), 203-208. Recuperado em 24 junho, 2020, de https://doi.org/10.1097/ANC.0000000000000370.
Gonçalves, VSS.; Silva, AS.; Andrade, RCS., Spaniol AM.; Nilson EAF. e Moura IF. (2019). Marcadores de consumo alimentar e baixo peso em crianças menores de 6 meses acompanhadas no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, Brasil, 2015. Epidemiol. Serv. Saúde., 28 (2), 1-11. Recuperado em 09 junho, 2020, de https://www.scielo.br/pdf/ress/v28n2/2237-9622-ress-28-02-e2018358.pdf.
Geddes, D.; Hartmann, P. e Jones, E. (2013). Preterm birth: Strategies for establishing adequate milk production and successful lactation. Seminars in fetal & neonatal medicine, 18 (3), 155–159. Recuperado em 4 setembro, 2020, de https://doi.org/10.1016/j.siny.2013.04.001.
Gross, S. J.; David, R. J.; Bauman, L. e Tomarelli, R. M. (1980). Nutritional composition of milk produced by mothers delivering preterm. The Journal of pediatrics, 96(4), 641–644. Recuperado em 3 setembro, 2020, de https://doi.org/10.1016/s0022-3476(80)80729-3.
Hill, PD; Aldag, JC e Chatterton, RT (1999). Effects of pumping style on milk production in mothers of non-nursing preterm infants. Journal of human lactation : official journal of International Lactation Consultant Association, 15(3), 209–216. Recuperado em 3 setembro, 2020, de https://doi.org/10.1177/089033449901500310.
Hill, PD; Aldag , JC; Chatterton, RT e Zinaman, M (2005). Comparison of milk production between mothers of premature and full-term babies: the first 6 weeks after birth. J. hum. lact., 21 (1), 22-30. Recuperado em 18 junho, 2020, de https://doi.org/10.1177/0890334404272407.
Kim, EJ.; Lee, NM. e Chung, SH. (2017). A retrospective study on the effects of exclusive donor human milk feeding in a short period after birth on morbidity and growth of preterm infants during hospitalization. Medicine (Baltimore), 96 (35), 1-7. Recuperado em 18 abril, 2020, de https://doi.org/10.1097/MD.0000000000007970.
Liu, Y.; Yao, J.; Liu, X.; Luo, B. e Zhao, X. (2018). A randomized interventional study to promote milk secretion during mother–baby separation based on the health belief model. Medicine (Baltimore), 97 (42), e12921. Recuperado em 18 junho, 2020, de http://dx.doi.org/10.1097/MD.0000000000012921.
Meneses, TMX; Oliveira, MIC; e Boccoline, CS. (2017). Prevalência e fatores associados à doação de leite para postos de recebimento de leite humano de unidades básicas de saúde. J. pediatr. (Rio J.), 93 (4), 382-388. Recuperado em 18 abril, 2018, de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0021-75572017000400382&lng=pt&nrm=iso.
Montenegro, CAB. e Rezende Filho, J. de (2014). Obstetrícia Fundamental. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
Murase, M; Nommesen-Rivers, L; Hatsuno, M,; Taki, M; Nakano, Y e Itabashi K. (2014). Predictors of Low Milk Volume among Mothers Who Delivered Preterm. J. hum. lact., 30 (4), 425-435. Recuperado em 20 junho, 2020, de https://doi.org/10.1177/0890334414543951.
Órfão, A. e Golveia, C. (2009). Apontamentos de anatomia e fisiologia da lactação. Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, 25 (3), 347-354. Recuperado em 3 setembro, 2020, de https://www.rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/10631/10367.
Palmeira, P. e Carneiro-Sampaio, M. (2016). Imunologia do leite materno. Revista da Associação Médica Brasileira , 62 (6), 584-593. Recuperado em 3 setembro, 2020, de https://doi.org/10.1590/1806-9282.62.06.584.
Pereira, MCR.; Rodrigues, BMRD.; Pacheco, STA.; Peres, PLP.; Rosas, AMMTF. e Antonio S. (2018). O significado da realização da auto-ordenha do leite para as mães dos recém-nascidos prematuros. Rev. gaúcha enferm., 39 (1), 1-5. Recuperado em 19 junho, 2019, de http://www.scielo.br/pdf/rgenf/v39/1983-1447-rgenf-39-e2017-0245.pdf.
Pinheiro, JMF; Menêzes, TB; Brito, KMF; Melo, ANL; Queiroz, DJM e Sureira, TM (2016). Prevalência e fatores associados à prescrição/solicitação de suplementação alimentar em recém-nascidos. Rev. Nutr. (Online), 29 (3), 367-375. Recuperado em 14 abril, 2018, de http://www.scielo.br/pdf/rn/v29n3/1415-5273-rn-29-03-00367.pdf.
Pizon, MP; Marques, FO e Nicolleto, BB (2018). Utilização de leite materno em lactário por bebês internados em unidades de terapia intensiva. Rev. bras. promoç. saúde, 31 (2), 1-7. Recuperado em 20 junho, 2019, de https://periodicos.unifor.br/RBPS/article/view/7252/pdf.
Quigley, M; Embleton, ND e McGuire, W. (2018). Formula versus donor breast milk for feeding preterm or low birth weight infants. Cochrane database syst. rev. (online), 6 (6), 1-73. Recuperado em 10 julho, 2019, de https://doi.org/10.1002/14651858.CD002971.pub4.
Underwood, M.A. (2013). Human milk for the premature infant. Pediatric clinics of North America , 60 (1), 189–207. Recuperado em: 4 setembro, 2020, de https://doi.org/10.1016/j.pcl.2012.09.008.
Zugaib M. (2016). Zugaib Obstetrícia. Barueri, São Paulo: Manole.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Ana Gabriela Lucena Brito; Raquel Faria da Silva Lima; Marialda Moreira Christoffel; Maísa Silva de Castro; Andressa Menescal Coelho Azevedo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.