Florística e síndrome de dispersão de espécies de Cerrado na Chapada do Araripe, Nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7934Palavras-chave:
Cerrado; Conservação; Levantamento rápido; Abundância de espécies; Tipos de frutos.Resumo
Através deste estudo, objetivou-se contribuir para o conhecimento sobre a composição florística, classificação e estado de conservação das espécies vegetais estudadas, bem como as síndromes de dispersão da flora encontradas em uma área disjunta de Cerrado na Chapada do Araripe, Crato-CE. Para o desenvolvimento da pesquisa foi adotado o método Rapid Survey, aplicado em três linhas de caminhada (Linha 1, Linha 2 e Linha 3). Foram coletados ramos floríferos, frutos e sementes de espécies da área de estudo, a fim de identificá-los e caracterizar seus diásporos, visando adequá-los às síndromes de dispersão correspondentes.Foram identificadas 103 espécies, distribuídas em 84 gêneros e 40 famílias botânicas. Os taxa que apresentaram maior riqueza de espécies foram: Fabaceae, Apocynaceae, Euphorbiaceae, Malpighiaceae, Myrtaceae. As espécies mais abundantes na área estudada foram: Cordiera myrciifolia (bola/café bravo), Miconia albicans (candeeiro-de-pelo), Caryocar coriaceum (pequi) e Copaifera langsdorffii (pau d´óleo). Foram registradas, também, três novas ocorrências para o estado do Ceará: Eriope tumidicaulis, Myrciaria cf. tenella e Stachytapheta cf. crassifolia. A síndrome de dispersão de maior ocorrência foi a zoocoria, seguida de anemocoria, autocoria e autocoria/zoocoria. Considerando que a maioria das espécies ocorrentes na área do estudo têm seus diásporos de dispersão transportados por algum elemento da fauna, comprova-se a importância destes para a manutenção da riqueza florística observada. Sendo assim, é evidente e necessário que ambos sejam conservados para manutenção dos processos ecológicos locais.
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