Anemia ferropriva e o hábito alimentar e a sua associação com o perfil da saúde das crianças ribeirinhas nas comunidades da ilha do Combu, Pará/Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8023Palavras-chave:
Anemia ferropriva; Alimentação; Criança ribeirinha; Hábito alimentar.Resumo
O presente estudo objetivou caracterizar na população infantil ribeirinha da Ilha do Combu, de zero (0) a 12 anos de idade, a ocorrência de anemia ferropriva, identificando a prevalência e a possível interferência dos hábitos alimentares das crianças nesta condição clínica de saúde. Os critérios foram avaliados por três medidas antropométricas: peso, idade e estatura, utilizando-se a referência antropométrica do WHO/MS, e o diagnóstico da anemia, que foi realizado em duas etapas: 1) coleta de hemoglobina de polpa digital, 2) por determinação da concentração de hemoglobina, concentração de ferro sérico e ferritina sérica. Trata-se de um estudo qualitativo e quantitativo de natureza descritiva epidemiológica, realizado na Estratégia de Saúde da Família (ESF) na Ilha do Combu com as comunidades igarapé Combu e igarapé Piriquitaquara, realizado no período de outubro de 2018 a fevereiro de 2019, e incluiu 153 crianças. A prevalência de anemia ferropriva encontrada foi de apenas 10%, sendo que a classificação dos anêmicos ficou entre leve (Hb=9,5g/dl) e moderada (Hb=7,2g/dl), e nenhum caso de anemia grave (Hb < 7g/dl) nem muito grave (Hb <4g/dl). Ressalta-se que 44% das crianças avaliadas recebiam suplementação na Unidade Básica de Saúde, com sais de ferro no momento da pesquisa, o que pode justificar a baixa incidência de casos de anemia nas crianças pesquisadas.
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